segunda-feira, maio 25, 2009

Namoradas do planeta

(video com 2min 28seg)

Levanta o mouse quem nunca se apaixonou por um astro do cinema ou da TV!
Acredito que desde que o cinema e posteriormente a televisão se tornaram meios de comunicação de massa, atores e atrizes passaram a ter um efeito hipnotizante, apaixonante sobre pessoas de todo o mundo. Quem, quando jovem, não se viu subitamente amando perdidamente alguém que nunca viu em carne e osso, apenas visualizou na telona ou na telinha?
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Lembro que uma jovem Judy Garland cantou no filme “Melodia da Broadway” uma canção chamada “Dear Mr. Gable: You Made Me Love You” (que ela já tinha cantado na festa de aniversário que a Metro Goldwyn-Mayer fez para Clark Gable, em 1937, mas Louis B. Mayer gostou tanto que mandou ela repetir no musical que ele estava produzindo), onde era um personagem declarando sua paixão por um ator.



Querido Mr. Gable,
Eu estou escrevendo isto para você,
E eu espero que você vá ler isso e entender,
Meu coração bate como um martelo
E eu gaguejo e gaguejo
Toda hora eu te vejo na fotografia.
Eu penso que sou só mais uma de suas fãs.
E eu penso que irei escrever
E te dizer então.
Você me faz amar você...

*

Imagino que quando fomos jovens, cada um de nós gostaria de ter escrito uma carta assim para quem fazia nosso coração bater como um martelo somente por aparecer numa tela, diante de nós.
Coisa curiosa... A gente se apaixonava na verdade por uma figura inexistente, hoje diríamos, virtual. Não víamos defeitos nos astros, nem queríamos saber haviam pecados em nossos ídolos. No filme de Blake Edwards, “S.O.B”, em que Julie Andrews faz o papel de uma estrela de cinema que ficara famosa em musicais adolescentes (numa paródia de si mesma), um personagem se refere a ela dizendo: “os seus fãs acham que você nem vai ao banheiro!”. Para nós, aquelas mulheres, aqueles homens representavam o supra-sumo da beleza, da virtude. Era um susto quando descobríamos que muitos se drogavam, viviam bêbados de juntar cachorro em volta, batiam nas mulheres, trocavam de marido como eu troco de cueca...
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Entretanto, a juventude nos fazia apaixonados por aquelas pessoas belas, mágicas, perfeitas que víamos na matinê ou na sessão da tarde. Eu também tive minhas “paixões”... E não foram poucas! Gostaria de um dia poder encontrá-las e dizer na lata o que elas significaram para mim nos meus 13, 14, 15 anos... e até em anos posteriores. Na verdade, para uma eu disse. Certa vez, eu estava num dos famosos jantares que a minha saudosíssima amiga, a comediante Nádia Maria, organizava com veteranos artistas de Rádio. Ela sempre me convidava e eu nunca deixava de ir. Era uma maravilha encontrar artistas que fizeram parte da minha infância, quando eu os ouvia pelas ondas do Rádio... Mas certa vez eu fui num dos jantares da Nádia e ela me colocou na mesma mesa que... Neyde Aparecida!
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Ah, como foi maravilhoso passar parte da noite conversando com ela, ouvindo suas histórias... Num certo momento, timidamente, confessei que tinha sido apaixonado por ela quando novinho. (Claro que não disse para ela que eu chamava a minha mão direita de “Neyde Aparecida”, mas isso é outra história...). Ela riu aquele riso franco, lindo, que a gente conhecia desde o tempo dos comerciais da Tonelux, dos brinquedos Estrela e das perucas Lady. Hoje ela está com setenta e lá vai pedrada, mas ainda continua uma mulher muito, muito interessante... olha... Não sei não! Rá! Rá! Rá!...
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Mas as atrizes de cinema que me machucaram o coração, estas não me ouviram confessar minha paixão adolescente. A primeira que eu lembro foi a Olivia Hussey. Quando eu a vi em “Romeu e Julieta” quase tive um troço! Eu dizia para todo mundo que queria me casar com ela! Como era linda... Hoje, está irreconhecível (veja como era antes e como está hoje).

Lembro de Kitty Swan (na foto acima. Era maravilhosa! Eu a vi em “Gungala – A pantera nua” e fiquei louco!. Tem nome de filme pornô, mas era uma espécie de Tarzan que menstruava), de Brigitte Bardot em “Viva Maria!”, de Natalie Wood em qualquer coisa que passasse com ela no cinema ou na TV, de Doris Day, de Claudia Cardinale... Da explosão de hormônios que a visão de Rachael Welch me proporcionava...
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Na TV, eu era caidinho pela Susan Dey, da série “Família Dó-Ré-Mi” (Parêntesis: li certa vez que um cara encontrou a Susan num mercado e disse: “Eu era apaixonado por você!” e ela respondeu: “Puxa... E só agora você me diz isso...”). Também tive uma queda pela Lidia Brondi, quando eu a vi na série “Os problemas de Marcia”.
A lista é imensa. Sim, eu era volúvel. Mas todos nós éramos, não é verdade?
Acho que as minhas “paixões da tela” gostariam de me ouvir dizer que era “apaixonado” por elas, que mulher não gostaria de ouvir algo assim, especialmente quando as areias da ampulheta já caíram em grande parte...
*
Será que elas lembram que foram uma espécie de namoradas do planeta? Que despertavam paixões nos lugares mais ermos, em recantos do globo em que nunca pensavam serem conhecidas?
Bem sei que ainda hoje astros e estrelas ainda causam furor. Ainda gosto de ver e admirar algumas divas do cinema e da TV. Mas não é a mesma coisa que antes. A mim, me falta a antiga inocência para olhar com “paixão” aquelas criaturas feitas de luz. Minha paixão de hoje é real. Eu a conheço e ela me conhece.











Acho linda a Jennifer Connely (a esquerda), a Tea Leoni (a direita), a Teri Hatcher, a Juliana Paes... Mas deixo os sonhos para adolescentes. Aqueles que reinventam coragem, vencem a timidez para escrever para sua estrela favorita dizendo:
Meu coração bate como um martelo
E eu gaguejo e gaguejo
Toda hora eu te vejo na fotografia
.
M.S.
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Na TV Antigas Ternuras, você vê as atrizes mais lindas do globo, desde o século 20, em sequencia maravilhosa. E de quebra, ainda vê o clip da Judy Garland cantando “Dear Mr. Gable: You Made Me Love You”.

20 comentários:

Moacy Cirne disse...

Também fui um homem de múltiplas paixões ciematográficas: quando criança, por Esther Williams; quando pré-adolescente (embora não houvesse esse conceito na época); por Ava Gardner; quando adolescente, por Brigitte Bardot; quando adulto, por Monica Vitti e Claudia Cardinale, Hoje, por todas elas e mais umas quatro ou cinco.

Um abraço.

MARCOS DHOTTA disse...

Caríssimo Marco !!! Você se superou hoje... Quantas estrelas contidas numa só. Delícia de vídeo... Ah! Quantas paixões adolescentes, desejos inconfessáveis,tietagens e idolatrias por astros e estrelas de um tempo de glamour. Também amei descaradamente a Olívia Hussey... Era muito pequeno quando o filme "Romeu e Julieta" passou na minha cidade natal... Lembro dela também em "Jesus de Nazaré" e "Muito além do Horizonte". Para mim não importa o quão envelheceram, pois ainda os guardo eternizados em minha mente. Amei esse post! Quem vai adorar também, é o Armando Maynard... Um grande abraço meu caro.

Dilberto L. Rosa disse...

Rapaz, e quem não era volúvel aos 13?! Brigitte Bardot rebolando em cima da mesa, Michelle Pfeiffer em Suzie e os Baker Boys, Barbara Eden em Jeannie... Depois, cresci, e as mulheres continuaram bonitas, só que gostosas e apelativas... Faltava aquele desejo latente da adolescência, da insinuação... Bons tempos que não voltam mais... Mas essa da mão direita foi de lascar, meu caro primo!!! Abração, post com os devidos links amanhã!

Dilberto L. Rosa disse...

Esqueci de Monnica Bellucci... Como eu poderia esquecer de Monnica Bellucci?!...

DO disse...

Vou confessar uma coisa,MARCO: eu era apaixonado pelo BRAD PIRR,rsss.
Lembro-me que ,qdo ele despontou em Telma e Louise,eu fiquei mexido,rss. Desde então assistia a todos os filmes dele,comprava revistas,recortava fotos,comprava VHS... que coisa,viu,rss
Abração!!

Claudinha ੴ disse...

Olá Marco!
Quantas estrelas! Meu pai é descaradamente apaixonado pela Sophia Loren, que eu acho linda até hoje. Ele me mostrou um disco em que colou a foto dela no final dos anos 60 e quase rendeu uma surra da baixinha dele. Eu também me apaixonei por vários atores. Tenho uma queda especial pelos mais velhos. Primeiro, na Sessão da Tarde Tyrone Power, Burt Lancaster e seus músculos, ai, ai, ai...Sean Connery (lindo coroa em Highlander), Elvis no Hawai e coisas assim. Depois que fiquei adolescente, foi Mark Hamill (Luke Skywalker)que duelava em meu coração com o Harrison Ford (Hans Solo), mas afinal quem ganhou meu coração definitivamente foi... o grande vilão da capa preta... Darth Vader! (Se é desvio de conduta, não sei, mas eu góstio dele) (Acho que sou Geek)
Eu sonhava em ser glamourosa como Rita Hayworth e seus vestidos de noite e cabelos longos. Achava-a o máximo. De Romeu e Julieta, é claro, eu preferia o Romeu.
Seu post definitvamente vai mexer com o imaginário e as saudades de todos os leitores!
Ótimas ternuras.
Beijo procê!

DO disse...

Grande MARCO

Estamos mesmo em sintonia,rsss. Posso te afirmar,em primeira mão ,que a TUMBA de amanhã já está pronta, e é mesmo a Susana.
Abração!!

Evelize disse...

Quando pequena fui apaixonada pelo Elvis, agora confesso que ficaria sem ar e muito emocionada se ficasse cara a cara com o Fagner, amo ele , amo a voz dele, acho ele o cara. Deixo as mulherses para vc....

Beijos

Francisco Sobreira disse...

Caro Marco,
Essa sua postagem mexeu com o coração de pessoas da minha geração, que é do cinema. Ah, como amei e continuo amando tantas atrizes (mesmo as que morreram). Não vou citar todas, porque o comentário ficaria gigantesco. Você falou que teve a sorte de se sentar à mesa com Neide Aparecida, de quem me lembro das chanchadas de Atlântida, sem dúvida uma bela mulher. Eu tive um contato muito rápido com Glauce Rocha em Fortaleza, depois de uma apresentação dela, que me rendeu um autógrafo dessa grande atriz. Um abraço.

Luma Rosa disse...

Poxa, acho que não me apaixonei por ninguém da tela. E até hoje não consigo me deslumbrar. Pessoalmente e que achei bonitos foram poucos, a maior parte decepção porque a primeira vista não se enxerga toda a produção e são normaizinhos. Dois foram bonitos e quando vi admirei: Claudia Raia e Maurício Mattar - são mais bonitos pessoalmento do que na tela. Mas pasme, um ator me balançou e é feio, metido, chato, porém inteligente, articulado e ohohoh senti um certo sex appeal (não ria) José Wilker. E como não quero me decepcionar prefiro guardar imagem antiga. Beijus

Lino disse...

Essa de nomear a mão direita, nunca fiz, não. Agora, paixões adolescentes- virtuais, como disse - todos nós tivemos. Então, acho que ninguém pode levantar o mouse, não.

Márcia(clarinha) disse...

Uau!
Quanta gente bela por aqui e quantas recordações...
Nunca me apaixonei por artistas, mas tremia perna ao escutar Roberto Carlos e chorava sem parar "sentada a beira do caminho" na voz do Erasmo, rss
Richard Gere mexia comigo sempre que apertava os olhinhos e hoje seus cabelos brancos me enternecem.
Que maravilha de post amigopratodavida, eu jurava que já tinha comentado, aff!
Ando sem tempo, com pc ruim das pernas mas jamais esquecida de você.
Como vai sua mamãe? carinho nela viu?

lindos dias queridoamigopratodavida
beijos

Anônimo disse...

Marco,
Acredito que todo mundo em alguma fase da vida se apaixonou por algum ídolo seja cinema ou tv.
Big Beijos

Karol Prates disse...

Você não tem noção de como amei um astro de FOTONOVELA, ele chamava se Alex Damiani e lembro me que fazia fotonovelas semanais. Eu amava !
Parabéns pelo post.Prazer!

Alice disse...

Nossa! Eu tenho de confessar que várias de suas paixões eu desconheço... Eu acho que as minhas paixões não são tanto pelo ator, mas pelo personagem. Os atores são chatos, na maioria das vezes, mas os personagens tem um q de 'contato pessoal de alma'. (!). Eu já sonhei em ter em casa o Dr. Chase, do Seriado House MD, o Sayid, do Lost, o Leopold, de Kate & Leopold,o Sr Smith, de Sr e Sra Smith, o personagem do Brad Pitt em Lendas da Paixão... Acho que o Brad é minha paixão (rsrs). Ah, eu recomentei o seu comentário... E quando vc estiver a toa, passa no meu outro blog, ele ultimamente anda mais inspirado. Adorei o post. Abraço, Marco!
Alice

Samara Angel disse...

oi Marco tudo bem, vim te ler e deixar meu carinho,e uma linda semana ,bjss

paulinho damascena disse...

Confesso já fui perdidamente apaixonado pela Cameron Dias, com quem ainda quero viveer uma aventura amorosa
huhauhaauhauahuha

espero uma visita sua ao meu Blog

http://souzapaulo.zip.net/

Tina disse...

Oi Marco!

Saudade daqui meu amigo.

Eu era apaixonada pelo Omar Sharif ( o filme Funny Girl me marcou demais) mas o tempo passou...

Hoje não sei dizer, mas uma coisa posso garantir: adoro filmes romanticos,dramas e afins.Sou assim.

beijos querido,

Julio Cesar Corrêa disse...

Paixão, não. Mas tesão, sim. Hollywood há décadas vem enfeitiçando platéias, criando ilusões. Nunca perdi muito tempo ardendo de paixão por estrelas da tela, tesão é mais rápido, passa depressa. Mas entendo os que são seduzidos pela magia da tela. É algo muito forte.
volterei depois para ler o post mais recente. Ainda estou atolado
abração

As Tertulías disse...

Que Blog maravilhoso!!!!!!!!!!!! Adorei MESMO passar por aqui... e voltarei!!!!!!!!! Lindo fim-de-semana Ricardo