quinta-feira, abril 29, 2010

Veredas de Brasília


Bem, amigos do Antigas Ternuras... Finalmente saiu o livro “Veredas de Brasília: as expedições geográficas em busca de um sonho” que tomou conta das minhas atenções por três meses.

Na empresa em que trabalho, a diretoria aceitou a sugestão dada por meu coordenador de produzir um livro sobre a criação de Brasília sob a ótica das expedições geográficas que, desde o Século XIX, foram ao Planalto Central para delimitar a área em que a nova capital seria construída.
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Mas você perguntaria: Ué? Mas Brasília não saiu da cabeça de Juscelino Kubitschek?
(Pausa para você ouvir a seleção musical que a Rádio Antigas Ternuras oferece, para acompanhar a leitura deste singelo post. Clique na setinha e pode voltar a ler, por favor)

Muita gente pensava isso. Eu próprio acreditei piamente nisso durante muito tempo. Só descobri que não era bem aquilo quando estava pesquisando para a minha dissertação de mestrado e vi, num Diário Oficial de 1919, um deputado pedindo providências para que fosse atendido o preceito constitucional de 1891, que dizia em seu Artigo 3º: Fica pertencendo à União, no planalto central da República, uma zona de 14.400 quilômetros quadrados, que será oportunamente demarcada para nela estabeIecer-se a futura Capital federal.
Parágrafo único - Efetuada a mudança da Capital, o atual Distrito Federal passará a constituir um Estado.

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Aliás, naquele mesmo D.O., eu descobri uma coisa interessantíssima: José Bonifácio de Andrada e Silva, que seria mais tarde celebrado como o “Patriarca da Independência”, recomendava que se construísse uma nova capital no Planalto Central, que deveria receber o nome de Brasília. É mole ou quer mais? Num texto dele, cujo título é "Lembranças e apontamentos do governo provisório da província de São Paulo para os seus deputados" (1821), ele recomenda que "se levante huma Cidade central no interior do Brasil para assento da Corte ou da Regência" e mais adiante, ele diz que assim, "se chama para as Províncias centraes o excesso da Povoação vadia das Cidades marítimas e mercantis (sic)". Repararam numa coisa interessante? A Constituição de 1891 diz que deveria se demarcar “uma zona” e o Bonifácio sugere que para lá sejam levados “os vadios”. O que acham disso? “Uma zona”... “Vadios”... “Brasília”... Vocês veem alguma ligação entre estes termos?
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O livro ficou muito bonito e com bastante conteúdo. Nele, encontram-se textos de treze pessoas, incluindo o modesto escriba que vos digita estas mal tecladas linhas. A mim coube a elaboração de sete perfis biográficos de pessoas envolvidas nas expedições geográficas que rumaram ao Planalto Central para definir onde seria construída a nova capital do País. Eu também cuidei da iconografia- seleção e inserção das imagens, da documentação visual da obra. E não é por estar na minha presença, não, mas o livro está “ricamente ilustrado”, como se costuma dizer. São 195 páginas e 160 ilustrações (todas as que fazem parte deste post estão na obra).
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A primeira expedição constituída para ir ao Planalto Central procurar o melhor lugar para a edificação da nova capital saiu do Rio de Janeiro, em 1892, e foi chefiada pelo astrônomo belga Louis Cruls, diretor do Observatório Nacional. Cruls reuniu vários cientistas (esses da foto), representantes de vários conhecimentos científicos, e, munido de uma enorme quantidade de aparelhos, rumou para o interiorzão de Goiás. Uma aventura para Indiana Jones nenhum botar defeito. Cruls voltaria ao Planalto dois anos depois, para novos estudos. As duas expedições geraram dois relatórios, sendo o primeiro o mais conhecido e publicado. Nele, os cientistas delimitaram uma área de 14.400 km2, em forma de retângulo, no coração do Brasil, escolhido por ter características necessárias para o surgimento de uma cidade: bom clima, manancial de águas, espaço para crescer, facilidade para construção de estradas e vias de comunicação e vai por aí.
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Mas o assunto transferência da capital ficaria em banho-maria por vários anos. Quando em 1919, o tal deputado que falei, deu uma pressionada no governo para saber o que se estava fazendo para cumprir a Constituição, pouco depois, no centenário da independência do Brasil, o então presidente Epitácio Pessoa mandou construir um marco comemorativo na área onde deveria ser construída Brasília. O tal marco está lá, até hoje, em Planaltina, para quem quiser ver.
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Mais anos se passaram, veio Getúlio Vargas, e a mudança da capital foi empurrada com a barriga. Com a Constituição de 1946, o preceito que determinava a construção do novo Distrito Federal voltou à baila. O presidente Eurico Dutra, o homem que seguia “o livrinho”, como ele chamava a Carta Magna, determinou que se fizesse novos estudos para atender à Constituição. O general Djalma Polli Coelho, então chefe do Serviço Geográfico Militar, foi designado para chefiar uma comissão para a localização da área para a nova capital. Ele foi ao Conselho Nacional de Geografia (um dos órgãos que constituía o IBGE) e determinou a organização de duas expedições geográficas para rumar ao Planalto Central e definir a melhor área.
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Por essa época, havia duas correntes políticas fortes para este assunto: a mineira e a goiana. A primeira, queria que a nova capital fosse instalada no Triângulo Mineiro, ali próximo a Uberaba e Uberlândia. A segunda, queria que fosse escolhida uma área no Retângulo Cruls, no interior de Goiás.
As duas expedições rumaram para lá: uma, chefiada pelo geógrafo francês Francis Ruellan; a outra, pelo geógrafo brasileiro Fábio de Macedo Soares Guimarães, com a consultoria do geógrafo alemão Leo Waibel.
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(Cruz tosca que Bernardo Sayão fincou na parte mais elevada do terreno onde se construiria Brasília)
(Cruzeiro erigido por ordem do marechal Pessoa, no mesmo lugar, tempos depois)
Foi uma aventura digna de um filme de Hollywood. Os caminhões com os técnicos enfrentaram estradas esburacadas, falta de estradas, atoleiros, acampavam onde era possível, comiam comida de campanha (apresuntado enlatado e pão borracha), mas pelo que os remanescentes contam, foi inesquecível para todos. Eu fiz o perfil destes chefes e consultores e foi maravilhoso conhecer esta epopéia a fundo.
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A Comissão Polli Coelho fez relatório, depois de muita discussão, e recomendou áreas que estavam inseridas no Retângulo Cruls, em Goiás. No Congresso, o pau comeu para se decidir em que área. Acabou prevalecendo a corrente goiana.
E, com a posse de Getúlio Vargas, mais uma vez o assunto ficou adormecido. No fim do governo dele, o seu chefe do Gabinete Militar, general Aguinaldo Caiado de Castro, foi escolhido para chefiar uma nova Comissão para fazer estudos no Planalto Central. Caiado contratou uma empresa brasileira de aerofotogrametria para fazer levantamentos no Planalto e, depois contratou a melhor empresa no mundo para estudos de aerofotogrametria, a norte-americana Donald J. Belcher. Quando o trabalho estava quase pronto, Vargas resolve dar um teco no próprio coração. Mais tarde, o vice-presidente tornado presidente Café Filho pediu para que Caiado continuasse à frente dos trabalhos. Mas por sua ligação com Getúlio, ele resolveu não prosseguir. Café escolheu o Marechal José Pessoa para assumir a Comissão e foi ele que pegou o touro à unha e tocou o trator para diante. Com o Relatório Belcher nas mãos, a Comissão escolheu cinco áreas favoráveis para a nova capital, deu a cada uma delas o nome de uma cor, e, mais tarde, na peneirada final, decidiram pelo Sítio Castanho. Curiosamente, a área escolhida estava dentro do Retângulo Cruls e era uma das escolhidas pela Comissão Polli Coelho.
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O livro tem muitas informações curiosas e uma delas é justamente o fato de que quando Juscelino assumiu, já se tinha a área escolhida, os terrenos já estavam desapropriados por decisão do governador de Goiás, José Ludovico, a pedido do Marechal Pessoa, enfim, tudo pronto para se levantar a capital no centro do Brasil. E a impressão que tenho é que Brasília surgiria com JK ou sem JK, embora, temos que reconhecer que sem JK iria demorar um pouco mais.
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Foi maravilhoso (embora super cansativo) sair do zero e colocar o livro pronto, à disposição do público, em apenas três meses.
Agora vocês já sabem porque eu tive que dar um tempo no Antigas Ternuras... E o Arruda não teve nada a ver com esse projeto. Graças a Deus!
O título do livro foi criado por mim e faz um jogo de palavras com a antiga aspiração que vinha desde muito tempo, e com o sonho de São João Bosco, aquele que sonhou, em 1883, com uma cidade construída entre os paralelos 15 e 20, vindo a ser o primeiro e único sonho com GPS na história da humanidade.
M.S.
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Na Rádio Antigas Ternuras, você ouve Juca Chaves e a sua “Presidente Bossa Nova”.

domingo, abril 18, 2010

Celebrando a Lusofonia na ilha da Magia


(Da esq. Para a dir., Marco Santos, Zelia Borges, o moderador Tiago Anacleto-Matias, Sergio Prosdócimo, José Gil e Sandra Makowiecky)

Entre 5 e 9 de abril, estive em Florianópolis, a ilha da magia, para participar do 13º. Encontro da Lusofonia/5º. Colóquio Açoriano a partir do convite feito pelo ilustre prof. Dr. Chrys Chrystello para apresentar trabalho sobre o meu livro “Popularíssimo: o ator Brandão e seu tempo”. Este grande artista, que biografei, era nascido em Lomba da Maia, na ilha de São Miguel, nos Açores (território insular de Portugal).

Os encontros de lusofonia foram criados pelo Dr. Chrystello para celebrar e divulgar o conjunto de identidades culturais existentes em países, regiões, estados ou cidades falantes da Língua Portuguesa. Para quem não sabe, o português é falado como língua oficial (ou uma das línguas predominantes) por cerca de 230 milhões de pessoas em todo o mundo, distribuídas em quatro continentes, nos seguintes países e regiões: Portugal, Brasil, Galiza (norte de Portugal e Espanha), Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, São Tomé e Príncipe, Angola, Moçambique, Goa, Malaca, Macau e Timor-Leste.

(Mesa em que eu estava e que foi filmada pela TV Portuguesa)

Mas antes de falar de minha modesta participação no encontro, que tal clicar na setinha para ouvirem, enquanto leem, uma joia preciosa do cancioneiro açoriano, em arranjo e execução da pianista professora maestrina Ana Paula Andrade (que filmei com minha modesta câmara digital)?

Bem, no ano passado, eu recebi o convite do Dr. Chrystello, que tinha visto lá nos Açores um exemplar de meu livro (este que está representado na coluna ao lado). Aceitei de pronto, muito honrado e preparei a palestra e o texto que agora faz parte dos anais do Encontro.

(Marco, participando dos debates com professores palestrantes)

Na segunda-feira, 5/4, entrei no jato com destino à Florianópolis, capital catarinense onde há marcante presença açoriana de colonos que ajudaram a fundá-la (por conta disso, naqueles dias seria considerada como “Açorianópolis”). Exatamente por essa influência, a ilha guarda diversas ligações culturais com os Açores, incluindo a crença em bruxas, feiticeiras, lobisomens, boitatás e outras figuras mitológicas.

Eu fiz parte de uma mesa onde falaram também a professora Luz Carpin, da Faculdade de Palhoça/SC, a profa. Zelia Borges, da Universidade Mackinzie/SP (eu dei a ela um exemplar do meu livro e ela, olha que gentil, já me escreveu dizendo que está adorando e que só larga o livro para se alimentar, o que está gerando protestos de seu esposo que disse “que esse livro deve ser muito bom, para você nem me dar atenção”...), o ator e produtor de Teatro Sergio Prosdócimo, do Grupo Gira Teatro, de Florianópolis, o ator e poeta português José Gil e a profa. Sandra Makowiecky, da UFSC. Todos fizeram palestras interessantíssimas, que me deixaram particularmente encantado!

(Prof. Evanildo Bechara ao lado de um simples palestrante)

Desde a abertura dos trabalhos eu já estava me sentindo no Paraíso, por estar assistindo palestras a respeito do acordo ortográfico da Língua Portuguesa, ministradas pelos eminentes professores Evanildo Bechara, imortal da ABL, e João Malaca Casteleiro, membro da Academia das Ciências de Lisboa. Ambos são os grandes fiadores e organizadores do Acordo Ortográfico. E depois de vê-los e ouvi-los, terem-nos na plateia nos ouvindo é de se sentir no céu com diamantes, que nem a Lucy. O professor Bechara é um príncipe da nossa língua, pessoa extremamente afável, eu tirei fotografias com ele, me dizendo honradíssimo por estar ao lado de um dos autores de minha adolescência, porque estudei nos livros de português do prof. Evanildo.

(Ana Paula, o Prof. João Malaca Casteleiro, um autor carioca e o prof. Luciano Pereira, do Instituto Politécnico de Setúbal-PORT)

Da mesma forma, tirei foto e conversei rapidamente com o professor Malaca Casteleiro, que, no último dia sentou-se à mesa do café onde eu estava com alguns amigos que fiz no Colóquio e, para minha extrema honra, ele riu e se encantou com minhas expressões “escutando cabelo crescer” e “dar uma geral no teclado” (escovar os dentes). Uau! Já pensou? Uma hora dessas, verei dicionarizada em Portugal minhas expressões e presenciarei portugueses dizendo que vão escutar cabelo crescer quando quiserem dizer que não vão fazer nada! E olha que ele nem ouviu as minhas expressões referentes ao ato sexual! Já pensou se ele me ouve falando “gratinar o caneloni”, “afogar a cobra caolha” etc? Eu ia virar verbete no Léxico da Língua Portuguesa!

(Da esq. Para a dir.: Ana Paula Andrade, José Carlos Teixeira, Anthony de Sá, Luciano Pereira, Estelita, Sandra e Marco)

Aqueles foram dias maravilhosos, onde conheci pessoas fantásticas, com destaque para o José Carlos Teixeira, açoriano atualmente radicado no Canadá, onde é professor na British Columbia University, e de quem virei amigo de infância. E também das professores gaúchas Sandra e Estelita, da profa. Ana Franco, da Universidade de Lisboa, do bonecreiro (é assim mesmo que se escreve) açoriano Roberto Medeiros, do autor premiado Anthony de Sá, filhos de açorianos de Lomba da Maia que migraram para Toronto, no Canadá.

(Da esq. Para a dir.: Roberto Medeiros, Ana Franco, o músico William e sua esposa a profa. Valeria Condé, da USP, Marco, Ana Paula, José Carlos e Sandra, no restaurante Açores, onde traçamos uma ótima sequência de camarão)

Lá, Anthony nasceu e é onde vive e onde lançou recentemente “Barnacle Love” (“Terra Nova” na versão portuguesa do livro), da violonista galega Isabel Rei, da citada maestrina Ana Paula Andrade, do Dr. Chrys Chrystello, um verdadeiro fidalgo e bravo lutador pela lusofonia (ele me deu uma bandeirinha de Lomba da Maia, terra do Brandão, gesto que me emocionou de verdade e que guardarei com carinho para sempre).

(Chrys Chrystello e Marco, com a bandeirinha de Lomba da Maia)

Não posso deixar de citar o pessoal da organização do evento em Florianópolis, Rosa Madruga, Cristina Vianna, Augusto de Abreu, que me cumularam de atenções e presentes... Enfim, uma plêiade de pessoas que passam a morar num triplex de luxo de frente para o mar no meu coração.

(Marco com a bandeira de Lomba da Maia, terra do ator Brandão, lugar que ele espera conhecer um dia...)

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Nesta semana que passou, eu fiquei afastado da blogosfera por conta dos preparativos para o lançamento do livro “Veredas de Brasília – as expedições geográficas em busca de um sonho”, em que trabalhei arduamente nestes últimos três meses e que será finalmente lançado na segunda-feira 19/4. No próximo post falarei sobre isso.
M.S.
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Na Rádio Antigas Ternuras, você ouve Ana Paula Andrade tocando música do cancioneiro açoriano com alunos da UFSC no Encontro da Lusofonia, em Florianópolis/SC. Agradeço muitíssimo à amiga e maestrina por ter me autorizado a divulgar esta apresentação em meu blog.

quinta-feira, abril 01, 2010

Viajar é cultura e (muito) prazer!


Bem sei que o ano mal começou, mas... você não se sente estressado?
Pois então eu recomendo aos amigos, clientes e fornecedores que me dão o prazer da leitura deste humilde blog: por que não uma viagem para espairecer, para desanuviar, recarregar as baterias?
E a Agência de Viagens Antigas Ternuras tem a sugestão certa para o interessado botar o pé no jato e esquecer as agruras da vida.
Certa vez eu recomendei o turismo em vários lugares do mundo. Lembram? Foi neste post aqui
Mas entendo que nem todos puderam aproveitar, pois o custo de férias internacionais é bem salgado e arde no bolso de quem não é o Eike Batista. Mas seus problemas acabaram! A Agência Antigas Ternuras agora te manda para tudo que é lugar, mas aqui no Brasil mesmo! Não é o máximo?
Mas antes... Vai uma musiquinha aí para acompanhar? A Rádio Antigas Ternuras, a Rádio que toca no seu coração, selecionou esta melodia como pano de fundo da sua leitura... Clique na seta e prossiga com a leitura.

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Para quem está muito estressado MESMO, eu sugiro um lugar onde se pode ficar bem relaxado, para gozar e aproveitar a vida. Creio que a pessoa irá amar a Serra da Piroca. Tem tudo a ver com os estressados. Já até consigo ver a criatura lá, sentada e sorrindo de satisfação, olhando tudo ao redor, como estas pessoas na foto.

Sentiu o visual? Não é o máximo?
Pois tudo isso fica ali, em Santarém, no Estado do Pará, ao alcance do orçamento de cada um. Mais informações? Clique aqui
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Depois de conhecer este aprazível lugar, por que não ir direto à Praia do Arrombado?. Tem tudo a ver! Lá, o sol é ameno e não vai deixar ninguém com assaduras que talvez tenha adquirido na Serra da Piroca. Além disso, sempre existe um Hypoglós à mão, não é mesmo? Esta ótima praia fica logo ali, no Piauí, no Município de Luís Correa.
Veja essa fotos e me diga se não está sentindo uma coceira para ir logo para este lugar tão especial!

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Pode ser que a pessoa não seja muito de praia, que prefira a montanha.
Então provavelmente ela vai gostar da Racha da Zilda. E quem não gostaria de se enfiar na Racha da Zilda? Sente só a entradinha da Racha da Zilda:

Toda molhadinha, está vendo? Uma delícia! Quem experimentou não quer saber de outra coisa! E onde está essa maravilha, meu Deus? Ora, em Minas Gerais, no Município de Carrancas. Lá, tem um complexo turístico maravilhoso. Tem até escorregador! O cidadão desce deitado e cai de cara na Racha da Zilda. Uma delícia!
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Huum... Talvez não seja do agrado de alguns, Claro, para os que não são chegados neste tipo de diversão há sempre uma alternativa. Que tal a Ilha do Veado? Aposto que tem gente afogueada para saber onde fica este paraíso? Ora... No Rio Grande do Sul! Onde mais poderia ser?
Já até pressinto gente enlouquecida, soltando gritinhos de prazer, doido para conhecer o lugar...
Veja a foto e en-lou-que-ça:

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Huum... Percebo que as moças podem não gostar desse lugar. E para mocinhas descoladas, alegres, solteiras, cheias de amor para dar, com muita gana de aproveitar a vida, o que podemos recomendar? A pedida é a Gruta das Perdidas, que fica ali, no Vale das Perdidas, onde vale tudo e um pouco mais. Onde é essa maravilha? Em Mato Grosso, na cidade de Jaciara. Está assim de homens querendo entrar na Gruta das Perdidas. Ela é um pouco úmida e às vezes escorregadia, mas não é apertada e quem entra ali fica freguês! E mais: Tem coisas para se ver lá dentro!
Veja a foto, que beleza de gruta:

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Tenho dicas ótimas para homens e mulheres que estejam prontos para botar a mochila nas costas e cair na vida. Para os rapazes, que tal estas duas:o Buraco da Raquel e a Ilha do Boquete. Ah, que eu conheci um senhor que quando fala no Buraco da Raquel ele chega a suspirar. Quantas vezes eu o ouvi dizer: “Ah, que saudades do Buraco da Raquel!” Ele nem se importava com o vai e vem, o entra e sai de pescadores, marinheiros e homens rudes do mar que estavam sempre por ali em busca de prazeres rápidos e diversão barata, não necessariamente nesta ordem. Dê uma boa olhada no Buraco da Raquel, que fica na ilha de Fernando de Noronha, e me diga se não é para tirar qualquer um do sério:

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Da Ilha do Boquete, que fica em Peruíbe, São Paulo, só tenho ouvido elogios. Os caras vão para lá estressadíssimos e acabam molinhos, com um sorriso besta no rosto... E nem é preciso se preocupar se a pessoa está ou não com dinheiro, pois já vi muito duro entrar ali e se dar bem. Quem tem boca vai a Roma, mas antes dá uma passadinha na ilha do Boquete. Veja a foto daquele paraíso:

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Para as moças descoladas, eu posso sugerir duas ótimas dicas: a Praia do Pinto ou a Ponta do Picão.
Esses dois lugares estão bombando para as mulheres. Na primeira, que fica em Ilha Bela, São Paulo, há mulheres que aderem ao naturismo e vão à Praia do Pinto inteiramente nuas, prontas para o que der e vier. Evidentemente, as mais recatadas não se entregam, assim, à natureza. Procuram conhecer de mansinho, vendo com cuidado onde colocam as mãos e onde vão sentar. Eis a foto do lugar:

Na Ponta do Picão, no Rio de Janeiro, elas querem escalar só para sentar lá em cima e atingir o cume do prazer vendo tudo em volta. Embora, não se sabe a razão, algumas quando chegam lá, reviram os olhinhos e não conseguem ver nada. Há as religiosas, que entram em transe espiritual e ficam repetindo: “Ai meu Deus!”, “Ai meu Deus” o tempo todo. Outras, preferem incentivar os que estão escalando e repetem com voz alta e clara: “Não pára! Não pára!”
Veja se não é de tirar o fôlego:

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Aí está, queridos leitores. Nas suas próximas férias, vocês não podem nunca dizer que não sabem para onde ir.
As dicas foram dadas. Quando vocês forem, me avisem, pois na volta eu faço questão de perguntar a cada um:
“Foi bom para você?”
M.S.
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Na Rádio Antigas Ternuras, você ouve Wilson Simonal, cantando “Na tonga da mironga do kabuletê”, de Toquinho e Vinícius.
Boa Páscoa, pessoal!