terça-feira, maio 05, 2009

Minha vida em palácios e poeiras


Fui convidado para ser entrevistado por um grupo de alunos do curso de Jornalismo da Faculdade Helio Alonso. Eles estão fazendo um trabalho final do curso,sobre antigos cinemas de rua aqui do Rio de Janeiro. E eu freqüentei trocentos deles quando a chamada “melhor diversão” ainda não tinha migrado para os shoppings. Alguém me indicou para eles e... bingo!
Sei que tem muita gente que deixou de ir a cinema depois que os antigos e majestosos “palácios” de outrora foram se desativando, com os filmes migrando para as redes assépticas e padronizadas dos shopping-centers no Brasil.
Eu não conseguiria deixar de ir a cinema. Sou cinéfilo assumidíssimo. Já disse aqui que fui 113 vezes ao cinema, só em 2008. Neste ano, até agora, já compareci 36 vezes.
Por força das circunstâncias, parei de jogar futebol ou pelo menos não tenho jogado. Senti muito por isso, mas sei que vou sentir muito mais quando não puder me enfiar naquela salinha escura para ver a mágica dos 24 fotogramas passando por segundo.
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Os alunos foram extremamente gentis e me senti plenamente à vontade entre eles. Fui perguntado desde quando vou a cinema e essa não soube responder, pois vou a cinema desde quando não me lembro de tê-lo feito pela primeira vez. O filme mais antigo que me recordo de ter assistido foi "Ben-Hur", mas tenho certeza de que esta não foi a primeira película que vi na vida. Mas quando me perguntaram se freqüentei os cinemas da Cinelândia, aqui no Rio, aaahhh... Claro que sim! Eu me recordo direitinho desde a primeira vez que fui ao Odeon – o único dos cinemas da Cinelândia que ainda resta – levado por meu tio, para vermos “O Mata Sete”, com Cantinflas. Lembro de ter ficado maravilhado com o tamanho daquele salão, seus balcões, seus muitos lugares, seu lustre...
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Mais tarde, quando fui morar no Centro do Rio, ia constantemente aos cinemas da Cinelândia. Eram meu playground particular! O que eu mais gostava era o Metro! Que tela! Que som! Que poltronas!
Pois um a um, os cinemas de lá foram fechando, virando igreja Universal, estacionamento, sendo demolidos... O mesmo fim tiveram os cinemas da Praça Saenz Peña, na Tijuca. Lá, tinha mais salas que na Cinelândia e todas foram sendo gradualmente abatidas pelo “progresso”. Nesses tempos de violência urbana, os espectadores não se sentem seguros para deixar o carro na rua, andar de ônibus ou metrô a noite, só para assistir a um filme em um cinema fora dos shoppings.
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(imagem gentilmente cedida por Armando Maynard)
Na entrevista, tive a oportunidade de relembrar dos cinemas da minha infância/adolescência. Ahhh... A gente os chamava de “poeiras”, de “pulgueiros”. Não tinham cadeira estofada, nem ar condicionado, nem som dolby... mas neles vi milhares de filmes que me transformaram num apreciador da chamada sétima arte. Passavam sempre dois filmes, mais um cinejornal chamado “Atualidades Atlântica”, mais o Canal 100, onde víamos jogadas maravilhosas, gols fantásticos em câmera lenta, mais trailers... Se alguém entrasse no meio da sessão poderia ficar depois até chegar na cena em que entrara na sala. Se tivesse a fim de ficar lá dentro da primeira até a última sessão, tudo bem. Aliás, foi o que eu fiz quando fui assistir a “Cantando na Chuva”, por exemplo.
Ao final de cada sessão as cortinas se fechavam e tocava pelos alto-falantes um disco geralmente de orquestras (Ray Conniff, Percy Faith, Mantovani...). De repente, soava um gongo. E outro. E mais outro. As cortinas se abriam e o espetáculo recomeçava. Quando era filme da distribuidora Condor Filmes, aparecia aquele famoso pássaro e a platéia entrava em histerismo, fazendo “shhhhh, shhhhh”, como se espantasse o bicho. Aí ele voava e escrevia na tela a palavra “apresenta”, debaixo do “Condor Filmes”. Antes de projetar qualquer trailer ou mesmo um dos filmes programados, aparecia o certificado de censura na tela. Eu gostava de ver aquilo, porque dava algumas informações que me interessavam. E então, vinha o filme.
(imagem gentilmente cedida por Armando Maynard)
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Naquela época, não existia celular, não se conversava dentro do cinema, não se fazia barulho, tinha lanterninha para zelar pelo conforto do público. O chato era ser surpreendido por aquele facho de luz quando se estava dando um malho na namorada. Amassos mais ousados eram proibidos. Tinha um lanterninha do Cine Paz que quando via um casal se agarrando, acendia o facho e mandava essa: “Ô! Isso aqui não é motel, não!” E o povo respeitava. (Mas quando ele não estava olhando, rolava um mão na mão, mão naquilo e às vezes até um aquilo na mão, ré, ré, ré...)
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O bilhete de cinema custava muito pouco, era uma diversão barata. Eu, vivendo de mesada, podia ir assistir a todos os filmes que quisesse, com meus caraminguás que ainda davam para comprar uma embalagem de pastilha Garoto (que na minha época era mais forte que Halls, ardia para caramba! A gente nem conseguia beber água gelada depois). Era comum eu assistir a todos os filmes em cartaz, mesmos os filmes ruins. Como disse certa vez o Sergio Britto, “cinema é tão bom que a gente gosta até quando o filme é ruim”.
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No meu bairro, ninguém ia tanto ao cinema quanto eu. Meus amigos vizinhos, em sua maioria, não tinham grana, nem pagando meia. Daí, eu juntava a rapaziada e narrava o filme para eles e, detalhe: representava cena por cena. Um dia encontrei um amigo meu daquela época e falei que tinha virado ator profissional. Ele disse não se surpreender com essa notícia e lembrou o tempo em que eu “encenava” os filmes que via.
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Uma vez, um amigo da família que trabalhava como projecionista num cinema de subúrbio, me levou para ver conhecer o seu ofício. Caraco! Sabe o filme “Cinema Paradiso”? Pois é. Eu vivenciei aquilo tudo naquela época. Ele me deixava enrolar os filmes, emendar quando se partiam, trocar o carvão, desligar um projetor quando ele acionava o outro ao fim de um rolo...
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A entrevista acabou, os estudantes agradeceram muito e eu também. Foi bom relembrar dos tempos dos cinemas de rua. Se juntasse todas as horas que eu passei dentro de um daqueles poeiras e dos palácios, talvez chegasse a anos inteiros de minha vida. Além dos muitos garotos e garotas que conviveram comigo, tive como companheiros de folguedos muitos tarzans, caubóis, macistes, gladiadores, vampiros, policiais, ladrões, agentes secretos... Minha vida real se confundiu muitas vezes com aquele mundo de luz e celulóide.
(Veja abaixo um You Tube com antigos cinemas de rua do Rio)


M.S.
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Na TV Antigas Ternuras, você vê uma montagem que fiz (tosca, tosca de marré, marré... mas, fazer o quê...Quem manda eu ser uma anta em informática, não é?) com fotos de alguns dos muitos cinemas de rua que freqüentei e que já não existem mais.
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Amigos queridos: sei que ando em falta com vocês. Ando em falta até mesmo com meu modesto blog. Mas estou mesmo MUITO ocupado, cuidando de zilhões de coisas, tudo ao mesmo tempo agora. Prometo que irei visitá-los assim que der. Tenham um pouquinho de paciência...

27 comentários:

Evelize disse...

Não é sóvc que anda em falta não, acho quie todos, belo texto, também adoro cinema. Bjos

Anônimo disse...

Adoro cinema, só não vou tanto qto gostaria por causa do preço do ingresso.
Big Beijos

Anônimo disse...

Querido Marco,
toda a paciência do mundo, meu amigo! Adorei esse post, me fez lembrar que eu também era macaca de cinema quando criança. A gente era pobre, mas dava pra assistir a um filminho. Hoje em dia,a pipoca custa mais caro que o ingresso, que já é caro! Eu me lembro que assisti ao King Kong com a Jessica Lange, linda e lânguida. Por esses dias eu a vi no programa da Ellen Degeneres, simplesmente sessentona! Mas continua bonita.
Boa sorte procê!

Tom disse...

Oh, puxa...
Eu ia muito ao Cine São Luiz, aqui no centro de Maceió... que fechou, se tornou mais uma filial da Igreja Universal e, anos depois, viria a se tornar filian das Lojas Insinuante (aquela em que a Ivete Sangalo aparecia cantando "aqui você manda").
Sinto saudades, muitas! Até porque as salas de shopping não são tão boas... nha...
Abraço!!!

Anônimo disse...

Quantas lembranças! Lembrei das pulgas já no início, mas você deu um refresh no meio do texto. Ah, tínhamos intervalo. Pelo menos em minha cidade. As pessoas iam para um lugar lanchar e o social era feito ali. Lembro das ameaças da minha mãe, dos beliscões e da promessa de levar um esparadrapo para colocar na minha boca. Tantas perguntas, não lia ainda e nao entendia o que se passava. Era um acontecimento, tal qual o teatro e existia uma cortina para proteger a tela. Na minha cidade, acho que nao tem mais cinema :( Boa semana! Beijus

Márcia(clarinha) disse...

Quantas lembranças deliciosas, eu pequena tinha medo do escurinho e os lanterninhas me assustavam,vagalumes eram, rss
Saí do suburbio onde um único cinema dominava para crescer na Saens Peña rodeada deles e festival Tom & Jerry aos domingos, maravilha!
Amigopratodavida, que seu tempo lhe renda mais ótimas entrevistas, parabéns!!

lindos dias
beijos

DO disse...

Realmente é de ficar impressionado com o numero de vezes que vc vai ao cinema,MARCO. SE fosse mais em conta,certamente eu tbem iria mais. O problema é que,além do ingresso,tem o estacionamento do shopping,as caras guloseimas,...enfim.
Grande abraço!!

Francisco Sobreira disse...

Caro Marco,
Você não sabe o bem que me fez essa sua postagem. Me fez voltar ao passado, estudando em Fortaleza, quando entrava naqueles tempos, hoje destruídos pelo progresso, que, se tem o seu lado bom, tem o seu lado ruim. Me lembro do logotipo da Condor e das pessoas emitindo som para espantar o pássaro. Bons tempos aqueles. Um abraço.

Palazzo disse...

Maravilha de post amigão,
Lembro-me que gostava muito do som do Metro, um dia teremos que voltar a freqüenta-los, pois caminhamos para um caminho com volta.
abração

ARMANDO MAYNARD disse...

Caro Marcos, que boas lembranças, que saudades dos cinemas de rua da minha cidade, Aracaju, todos transformados em lojas, estacionamentos e bingos. Eram cinemas grandes, com uma quantidade enorme de cadeiras, onde havia toda uma preparação antes de começar a sessão. Eu tinha o hábito de chegar cedo, para ficar ouvindo as músicas orquestradas, que tocavam antes do filme começar. Quando a sessão ia iniciar, havia todo um ritual, tocava a música do prefixo, as luzes da sala iam ficando mais fracas, outras começavam a ser apagadas, ficando somente as luzes do pequeno palco, onde tinha a grande tela cinemascope, coberta por uma cortina. Começavam as badaladas do gongo, juntamente com um jogo de luzes, em três cores, que iam mudando para cada tom, terminando com as luzes vermelhas. Quando as primeiras imagens apareciam na tela, geralmente era o certificado de censura, obrigatório em todo início dos filmes, apagavam-se as luzes vermelhas e a cortina começava a abrir lentamente, algo emocionante. Época de muitos filmes históricos (épicos), os quais faziam grande sucesso, todos considerados espetáculos cinematográficos, muitos com quase quatro horas de duração, como “Ben-Hur”, citado por você, “Doutor Jivago”, “Os Dez Mandamentos”, “El Cid”, “E o Vento Levou...” Todos estes filmes tinham uma característica: ao terminar os trailers, acendiam-se a luzes da sala. É que antes do início do filme propriamente dito, tinha a apresentação da música tema, que vinha na película somente com a trilha sonora e os fotogramas escurecidos, e no meio do filme havia outra interrupção, era o intervalo, onde acontecia a mesma coisa, pois ouvia-se a trilha sonora até o término do mesmo. Desses épicos, lembro do filme “Cleopatra” que tem mais de quatro horas de projeção, que assisti em um cinema que não tinha nem ventilador e as cadeiras eram de madeira, mas tinha uma tela cinemascope enorme e côncava. Para rever “Cleópatra” hoje, só na telinha, não é a mesma coisa. Bons tempos hein Marcos, verdadeiras “Antigas Ternuras”, que deixaram muitas saudades, pois nesta época os cinemas tinham identificação e importância, mesmo depois de tanto tempo, quando falamos de um filme logo fazemos a ligação com o cinema onde o assistimos. Hoje praticamente todas as salas de projeção são iguais, não tem mais o ritual de início de sessão, não tem mais cortina, gongo, jogo de luz, música prefixo, tudo é muito apressado, imediato e os cinemas são impessoais, uma pena. Um abraço, Armando.
[fetichedecinefilo.blogspot.com]

[Manú] disse...

Eu adoro ouvir estas histórias de cinema..me deixam tão nostálgica...A primeira ve que fui ao cinema foi para ver um filme dos trapalhões aos 3 anos,lembro que estava curtindo tudo, achando o maior barato e tal, mas a quando a luz apagou(eu que tinha medo do escuro) dei o maior escândalooo rsrsrsrs bons tempos, que não voltam mais...Mas enquanto houver um filme sendo exibido, ainda que em moldes mais tecnólogico-cibernéticos, haverá a magia.Um beijo, moço!

Dilberto L. Rosa disse...

Andas em falta, mesmo, especialmente por clamar pela volta dos seus primos morcegos e não oferecer um cafezinho para o seu retorno, rs! Mas, com um texto como este, melancólica e genialmente emocionate, está desculpado!

Apesar de termos alguma diferença de idade, ainda tive o prazer de ir aos últimos baluartes de cinemas de balcões e cortinas na minha infância... Viajei com as tuas lembranças, fazendo delas um antigo bilhetinho para as minhas... Perfeito!

Só pra constar: aqui havia os "palácios" Éden, Roxy E Monte Castelo, dentre outros... A maioria virou igreja, mas também loja, cine-pornô... Uma dor no peito de qualquer cinéfilo que se preze...

E como odeio os atuais multiplexes atendidos por robôs e visitados por acéfalos adolescentes devoradores de pipoca!

Grande abraço, primo!

claudia disse...

Você é uma belezinha. Nossa, tudo tão bonito, tão organizado.
Adoro seu jeito de ser.

Parabéns


Beijo no coração.


( também tenho andando tão enrolada e tão sem inspiração( mas isso passa né?) , mas aparece lá quando puder)

Marcos Dhotta disse...

Caríssimo Marco.... Me deu uma vontade louca de voltar no tempo e enfrentar as filas de estréia dos filmes em lançamento. Lembro que passava horas esperando a bilheteria abrir para comprar o ingresso e entrar. Na minha cidade, o único cinema preservado dentre tantos que foram invadidos por igrejas, supermercados e lojas de móveis, foi o São Luis do centro. Um colosso! Ele esta sendo restaurado. Lindo esse resgate nostálgico dos cinemas de outrora. Um Abraço Caríssimo!

Dora disse...

Marco! A minha sensação é a de que eu era sua sombra...rs Revivi tudo, tudo! nas suas palavras. Só que eu era de Guará...mas, "mutatis mutantis"...também era assim, doida por cinema, e frequentadora dos cinemas enormes e com "pulgas". E me lembro dos amassos, do lanterninha, do Condor e do pessoal expulsando-o.
Mas, a vida da gente é ligada ao cinema , mesmo, não?
Pelo menos, a da nossa geração...
Adorei ler você, como sempre, como sempre...
E sinto sua falta lá no pretensos, sim!!!!!!!!!!
Beijos, amigo!
Dora

Veronica Arteira disse...

Marco, que boa leitura! Cheguei até aqui através do REcomentários e vim reviver um pouco a minha adolescência , quando não perdia um filme no Cine Brasília, em Barra do Piraí/RJ. O cinema era um luxo, ir ao cinema era um evento, pois encontrávamos todos os amigos lá, e, principalmente, os paqueras. Ah... e ao apagar das luzes, eles sussuravam ao nosso ouvido: posso sentar com você? E era muito bom, porque ali eram trocados os primeiros beijos, os primeiros amassos, até que o lanterninha vinha acabar com a alegria deixando envergonhado quem fosse pego em flagrante.
Boas recordações!!!

Samara Angel disse...

meu querido Marco,lindas e boas lembranças,saudadessssss,bom voltar aqui ,eu tb estive ausentemas to de volta,brigaduuuuuuuuu por ser essa pessoa especial,te adoro,bjsssssssssss

Claudinha ੴ disse...

Olá Marco!
Que delícia de post! Me lembrou dos tempos em que eu ia com meu pai ao cinema. Ele era quem colocava as músicas e eu aproveitava esta chance para conhecer a salinha de projeção. Um pouco de Cine Paradiso que eu vivenciei. Imagino que seus entrevistadores tenham saído de sua companhia com, no mínimo, uma pontinha de inveja por não terem vivido esta magia. Magia assim como a minha reação diante dos efeitos mágicos de Star Wars. Fiquei uns três dias de boca aberta e maravilhada!
Tenho saudades do canal 100 e daquela eterna música, das balas Chita ou o Mentex que ganhávamos, coisas que só existem em nossas ternuras mesmo.
Você diz uma coisa com que me identifico: sobre a vida real se confundir com a da telona. Sabe que já me aconteceu várias vezes? Entendo você.

Espero que esta fase passe logo e que você possa voltar ao nosso convívio na blogosfera!
Beijo.

Márcia(clarinha) disse...

Amigopratodavida [sim, para sempre!] vim deixar carinho para sua mãezinha com desejo de um feliz domingo.

beijos

guiga disse...

Há muito que não vou ao cinema...
É a crise! LOL
*.*

Chellot disse...

Quando entro aqui parece que peguei uma carona numa daquelas máquinas do tempo. O incrível é que o corre-corre do dia a dia nos faz esquecer de como a vida era boa. Me vi assistindo a filmes num cinema há 20 anos atrás. Concordo com vc sobre a pastilha garoto (que hj não é lá essas coisas, mas ainda dá pro gasto). O cinema está no seu sangue e a arte em sua alma. Sucesso na vida.

Beijos doces de seu sabor preferido.

Dilberto L. Rosa disse...

Vendo que o primo amigo continua MUITO ocupado... Uma pena... Mas aproveito para reler suas antigas ternuras sempre tão boas e convidá-lo para depois, com alma, dar uma passadas nos morcegos! Abração!

J.F. disse...

Marcão, meu amigo!
Você sabe levar a gente pelo Túnel do Tempo! Que beleza de post! Também passei por tudo isso, embora sem ter ido tantas vezes ao cinema, como você.
Já não é a mesma coisa. Não vou a um cinema há uns quinze anos. A última vez, em Sampa, fui ao Shopping Iguatemi, com a Nina, assistir a um desenho animado com Os Jetsons. Lógico que só havia criançada comprando ingresso. Quando chegou nossa vez, a bilheteira olhou para minha cara e lascou: "Mas, que filme o senhor quer assistir?" O sangue subiu à cabeça. "Os Jetsons! Existe limite de idade máxima para assistir?" Garanto que por essa a preconceituosa não esperava. Só que não voltei mais ao cinema. Fica mais fácil alugar um DVD e fazer a pipoca no micro-ondas.
Abração.

Lino disse...

Os cinemas antigos são uma antiga ternura minha, também. Frequentei-os bastante, vendo bons e maus filmes, mas era pura diversão. Hoje, asseado ou assépticos, como lembrou, eles já não têm o mesmo charme, mas, como você, continuo indo. Afinal, não me imagino sem ver filmes.

Ronie disse...

Você sabe que não sou um dos maiores amantes de cinema, mas me lembrei das seguintes experiências: Uma cilada para Roger Rabbit (em pleno 25 de dezembro de sei lá quando)e Batman (o primeiro, foi um quebra-quebra no cinema, o pessoal de Brasília é meio violento), cabiam umas três mil pessoas no Cine Atlântida; no Cine Karim assisti Rocky 4 (meu pai recebeu 13º, colocou eu, minha irmã e meus primos no ônibus e fomos todos pimpões assistir o filme, ô dinheirinho bem investido!!!) e no Cine Brasília vi os "saltimbancos Trapalhões" pela Colônia de Férias. Ir ao cinema era um evento!

Lucas R. Simões disse...

Olá!
Sou Lucas R.S., 17. De São Paulo/SP
Dei uma passada pelo seu blog e gostei muito.
Gostaria de agradecer pela boa leitura. Como não sei escrever tão bem, retribuo com um Banner feito por mim em Photoshop usando como base a imagem do inicio do seu blog.
Segue o link do banner hospedado no Image Shack . us
http://img38.imageshack.us/img38/5850/antigasternuras.jpg


Parabens pelo Blog!
Abraços.
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Anônimo disse...

Olá, Marcos! Assim como você, tb tive problemas com internet. OK, não fiquei tanto tempo assim sem conexão, mas lembro que, ainda em maio, cheguei a fazer um comentário nesse post, só que um "duende sacana" só apontava erro e, pior: sumiu com tudo o que havia escrito!!
Bom, depois perdi o papel com o endereço do seu blog, que o João Felipe tinha me dado (coisas que só acontecem comigo), mas achei o tal papel!!!
Enfim, cá estou! Bom, nosso trabalho foi 10, nota 10! Mas isso não foi o mais importante: todos que assistiram gostaram muito, principalmente da sua participação. Eu gravei uma cópia em DVD para vc, deixei com o João. Acredito que ele deva entregar a alguém do IBGE que tenha mais contato com vc.
Mais uma vez, obrigada pelo auxílio luxuosíssimo! Ah! Seu blog é ótimo, estou adorando cada post!

Beijos,
Mariana Carnevale