sexta-feira, junho 22, 2007

Pula a fogueira, iaiá...


Existe coisa mais gostosa do que festa junina? Dos comes e bebes até a quadrilha, tudo é muito prazeroso. Quando menino, minha mãe vestia os três caipirinhas dela a caráter e lá íamos pro arraial. Lembro do meu irmão, com quatro anos, falando bem alto: "Mãe, olha a fudeira!"...
Tenho várias antigas ternuras ligadas às festas juninas. Uma, por exemplo, não vejo mais hoje em dia.
As barraquinhas de fogos.
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Até imagino que a geração depois da minha nem saiba o que seja isso. Talvez nas cidades do interior a tradição se preserve, mas tenho lá minhas dúvidas...
Para quem não sabe do que eu estou falando, explico:
Quando eu era moleque, no tempo em que Adão era escoteiro, ia chegando o mês de junho e tinha gente aprontando a sua barraquinha para vender fogos de artifício. Para construir a sua, era só pegar um caixote largo ou mesmo algumas tábuas. Forrar com papel fino, pendurar uma lanterninha na frente... pronto! Até sei que não vou encontrar imagem disso na internet, por isso, desenhei uma para vocês terem uma idéia do que era uma barraquinha de fogos. Essa aí a direita.

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Pois é.
Ia chegando o fim da tarde, os "comerciantes" tomavam banho, botavam a barraquinha apoiada em uma cadeira na porta de casa e esperavam pela freguesia que ia comprar bombinha, estalinho, estrelinha, busca-pé, roda de fogo, cabeça-de-negro, cobrinha e os fantásticos barbantinhos-cheirosos. Esses merecem ser detalhados:
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Eram pedacinhos de barbante com um centímetro mais ou menos, preparados e embalados em papel roxo. Bastava acender um que tudo em volta ficava com cheiro de pum e enxofre como se o próprio belzebu-capeta tivesse uma diarréia no ambiente. Quando a gente soltava um deles em sala de aula, se a professora ou professor descobrisse, dava três dias de suspensão pro engraçadinho. (vou confessar: uma vez acendi um na aula de matemática... ri, ri, ri... Não fui descoberto, e era um dos mais indignados, falando bem alto: "pô! Quem foi o porco que soltou isso! Assim não é possível! Que coisa horrível!"... ri,ri,ri...)
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Eu sempre tive vontade de ter a minha própria barraquinha. Mas a minha mãe me conhecia muito bem e sabia que aquele desejo era "fogo de palha"... Que logo eu me cansaria de ficar até sei lá que horas, sentado na frente de casa esperando aparecer fregueses para a minha birosca. E era a pura verdade... Meus amigos brincando de pique, garrafão, pular-carniça e o escambau, imagina se eu iria ter saco de ficar preso, ali, vendendo estalinho e bombinha...
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E por falar em bombinha, nos idos de junho, ela era uma verdadeira praga. Todo mundo comprava uma caixa ou mesmo algumas no varejo, e saía soltando por aí, atazanando Deus e o mundo. Quem viu o filme "Amarcord" sabe do que eu estou falando.
Lembro que uma vez, na saída do colégio, eu e meus comparsas tínhamos comprado um monte de bombinhas e ficávamos acendendo e jogando uns nos outros. Uma vez, o meu amiguirmão Luiz (que lê assiduamente este blog...) acendeu uma e jogou dentro do fichário do Mira...

Em vez do cara abrir logo o fichário e tirar a bombinha... não, ficou segurando o fichário e sacudindo ele de leve... aí: PÓU!... Parecia cena de desenho animado. O mané com o fichário todo estourado na mão, a cara de bunda... E a gente rolando e se mijando de rir. Pois na primeira oportunidade, o Mira foi à forra: acendeu uma bombinha e botou dentro do bolso de trás da calça do Luiz. Este, se não a retirasse rápido, teria ficado sem uma banda da bunda...
- Pô, Mira... sacanagem! Chegou a queimar a cueca!... – queixou-se o Luiz. E nós lá, rindo de doer a barriga. Aliás, a gente vivia rindo mesmo... Sacanear uns aos outros era a nossa especialidade.
*
Naquele tempo, a minha rua ficava cheia de vendedores de fogos, com suas barraquinhas forradas de papel colorido. À noite, acendiam a vela dentro da lanterna multicor, pendurada na frente da barraquinha e chegávamos a ver de longe um caminho de luzes em cor, quebrando o negrume noturno.
*

Hoje não tem mais barraquinha com lanterna colorida. Mas nestes dias de junho, olho para o alto, nas noites estreladas, e é como se os antigos vendedores estivessem no céu da minha memória. E quando um fugidio balão vai subindo, tremeluzindo no escurão, vem caindo a garoa, faço de conta que ele é uma estrela cadente. Secretamente penso num pedido. E se o frio da noite vem cutucar meus ossos, canto baixinho:
"São João... São João... acende a fogueira no meu coração..."
M.S.
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A partir deste sábado, 23, tem mais um texto do PteroMarco (o escrevedor que vos tecla) no Playground dos Dinossauros. Quem me der a honra de lê-lo, vai descobrir o que aconteceu no dia em que eu dediquei uma música, num parquinho de diversões, a uma moça por quem meu coração batia mais forte...
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Na Rádio Antigas Ternuras, você ouve uma seleção de músicas de festas juninas. Anarriê, pessoá! Olha a cobra!

37 comentários:

Anônimo disse...

Oba, sou o primeiro a comentar esse texto que me fez voltar à infância na época das festas juninas. E as músicas, Marco! Ainda hoje gosto, especialmente, daquela de Luiz Gonzaga, que começa com "Olha pro céu, meu amor, vê como ele está lindo". (Por incrível que pareça, gosto da música, mas não me lembro do título.). Um abraço junino e amarcordiano.

Anônimo disse...

Que delicia de texto, lembrei que sendo asmática, não podia ficar perto da fogueira[criada por avó, já viu né? rss] e olhava admirada pra garotada pulando aquele fogo encantado, gostava das rodinhas que papai colocava no cabo de vassoura ou dos balões japoneses, que gostosas eram as batatas doces, ai, ai, hj em dia tudo tão confuso, aqui no condominio tem um festão, mas a gente nem consegue andar e as crianças acabam querendo ir embora de tanta confusão :(
Amigopratodavida, adorei essas antigas ternuras.
beijossssssss

dade amorim disse...

Marco, adoro vir aqui. Seu blog tem um pouco de minhas antigas ternuras, também...
Também fico feliz com seus comentários nos blogs que ando fazendo por aí, depois que quebrei o pé e estou à espera de poder voltar à vida normal. Apareça sempre. Acho que preciso linkar você o quanto antes! Um beijão.

Chellot disse...

Anarriê! Eu também tenho saudades das festinhas de rua, da grande fogueira, do pau-de-sebo, das lanternas, das danças e de toda aquela alegria infantil. Agora só ouço funk, pois as músicas típicas tem que receber autorização para serem tocadas, não há brincadeiras legais e o povo só vai para comer e arrumar confusão. Pelo menos tivemos a chance de curtir as festas legais.

PS.: desculpe minha ignorância, mas como faço para colocar música no blog?

Beijos juninos.

Tina disse...

Oi Marco!

Quantas recordações, quanta coisa boa o passado nos mostra na lembrança, de tempos querido, tempo vivido e muito curtido:tempos que não voltam mais.

Delícia ler, reviver.

beijos querido, obrigada.

gaijin4ever disse...

E falando em fogos, na minha cidadezinha eu me lembro que comprava bombinhas e foguetes dos Fogos Caramuru, os únicos que não dão chabu. Infelizmente não eram nessas barraquinhas. Eram em lojas mesmo.
Um grande abraço!

Claudinha ੴ disse...

Oi Marco!
Puxa que gostoso voltar à infância assim. Aqui ainda tem muito destas coisas, mas não tem busca-pé, nem as crianças brincam como antes, só ficam correndo no meio dos adultos. Seu texto é uma fotografia mágica de um tempo bom.
Ótimo São João pra você!

ninguém disse...

Marco. Cheguei aqui vinda do Mário, do Apoio Fraterno, e, de cara, amei sua colagem de imagens. Depois, o texto sobre a festa junina que não existe mais. Hoje, nem se pode mais fazer fogueira no meio da rua, como se fazia (a gente era irresponsável, eu sei, mas feliz!) com pneu velho pra aumentar o fogo! Vivi minha infância num bairro de subúrbio em que todo mundo se conhecia e era solidário. Agora, só na memória.
Um abraço grande
estou linkando você
maristela

Nena disse...

Ternurovski, eu que sou uma quase jovem ainda me lembro dessas barracas! Mas igual à barraca de pescaria não há!!!
Papai me pegava no colo e lá ia eu pescar! Era tudo tão grande, e tudo tão bonito, mas tão bonito...

Esse cantinho é bom demais de lembrar as coisas, sô!


agora vou conferir teu outro texto

beijo

Luciana L V Farias disse...

Oi, Marco!!! Acabo de vir lá do Play, não sabia que você era colega Dinossauro, eu já escrevi lá, mas como era a caçulinha da turma me chamavam de Baby-Lufariassaura, HAHAHAHAHA!!!!

Quanto ao post daqui... já não peguei barraquinhas de fogos, mas me lembro das festas em chácaras de amigos, e uma vez em que meu irmão girou uma bombinha achando que era fósforo de cor. Ainda bem que era fraca, então só deu susto, rsrsrs...

Eu SEMPRE fui medrosa em relação ao fogo, :-)))

Beijão!!!

dade amorim disse...

Marco, citei você na lista de sete maravilhas da blogosfera. Se você concordar, confirmo o blog no jogo. Passa lá no Umbigo do Sonho e vê as regras do jogo. Beijo.

Anônimo disse...

Uma delícia mesmo as festas juninas, Marco. Mas as barraquinhas de fogos foram proibidas em muitos lugares por causa da falta de cuidado das pessoas, sabe.
É mesmo uma pena, mas eu acho e sei que, antigamente as pessoas tinham mais responsabilidade e respeito. Hoje em dia, as brincadeiras traquinas da minha época, por exemplo, não existem mais, porque as pessoas querem é machucar. A juventude está muito perdida em certos principios, creio eu.
É uma dó.

Beijos

Marcos Pontes disse...

Festas juninas são minhas prediletas, masi até que o Natal. Essas duas festas, por sinal, são opostas no estado de espírito. Enquanto no Natal tendemos a ficar emotivos, saudosos, sensíveis, em junho a palavra de ordem é "alegria". Aqui ainda tem barraquinhas de fogos. O tal "peido cheiroso", "peido de velha" ou "peido chinês" me deam uma boa história. Quando guri também soltei um em sala de aula, agora, professor, resolveram se vingar e soltaram um em minha sala. No meio da bagunça gerada, perguntei quem foi, sabendo que o sacaninha não aparecia. Aí disse "ok, então agora vocês vão cheirar até sumir a catinga". Saí, fechei a porta e fiquei às gargalhadas do lado de fora às gargalhadas.

Anônimo disse...

Oi Marcos!

Que bom e recordar esse tempos tão incriveis de nossa vida. Eu tambem adorava as festa eram muito animadas ate mais que algumas de hoje. Eu me lembro que quando não tinha dinheiro para comprar os fogos os meninos se viravam com bombril. Era bonito de ver.

Vou ler seu outro post e depois eu volto.

Abraço

Si

Anônimo disse...

Eu só nunca vi uma dessas como não pude deixar de pensar: mas que perigo! durante vários trechos da tua crônica... hehehe

sabe como é? O pessoal da minha geração (conhecida como saúde) só morre de uma mesma causa: medo!

Endereço novo de blog:
http://metamorfosepensante.wordpress.com/

beijos

Renata Livramento disse...

adoro festa junina e adoro seu jeito de escrever..o resultdo não poderia ser outro...AMEI o post!!!!
bjos

Anônimo disse...

Poxa vida,MARCO,que post gostoso!!

Lembri-me dos meus tempos de colégio,de clube...
Infelizmente aqui em Sampa isto jánão existe mais. Tirando uma ou outra festinha de escola,a cidade cinzenta foi perdendo a tradição.
Uma pena terrível,já que no Nordeste principalmente,é até feriado.
Abração e uma otima semana.

Anônimo disse...

Também adoro a festa de Sao João!
Aqui temos as marchas, as cascatas de São João, as sardinhas, o vinho tinto, os manjericos, os balões coloridos e claro as músicas! :)
Adorei ler todas estas tradições! :)

Boa semana!*.*

Luma Rosa disse...

Marco, eu não estourava bombinha, eu estourava bomba, mesmo! Olha o perigo! A gente juntava latas de molho de tomate ou qualquer outra e colocavámos nos alpendres. Com o eco parecia que alguma casa iria desabar. Antes do estouro desligávamos a chave do relógio da casa e corríamos muito, muito mesmo! Adrenalina total!
Me fez lembrar coisas boas "primo". Descobri o nosso parentesco assim, sem mais nem menos! (rs*)
Boa semana! Beijus, Luma

Anônimo disse...

Fala querido...
Ah, eu adoro qdo vc diz que sou uma personagem...kkk eu rio de mim mesma porque nem eu acredito que sou tão atrapalhada...
Sobre as festas juninas, vc me fez lembrar que no tempo do colégio de freira, eu dançava quadrilha todos os anos e Mamis e Papis trabalhavam o mês inteiro como voluntários...Papis cuidava do palco e Mamis ficava na barraca da roleta...
E os fogos, me lembrei da biribinha...kkk e do peido de véia...kkkk
Bons tempos.
Beijos

Fernanda disse...

Eu me lembro que eu e minha mãe ficávamos horas fazendo bandeirinhas para a escola. Na época, não tinha bandeirinhas prontas que a gente compra na loja como hoje. Aí, tinha a quadrilha! Era muito gostoso!!

Kisses

http://fernandaruiz.com

dade amorim disse...

Oi, Marco. O Umbigo do sonho é meu blog mais antigo, que não aparece no painel do blogger porque é de outro servidor. O endereço é
www.meublog.net/adelaideamorim

Criei o Inscrições e o Bem e o mal porque precisava separar os gêneros, que estavam se engalfinhando no Umbigo. Aparece lá. Beijos.

Anônimo disse...

Porra, Marco! Ainda bem que vc não ganha a vida como desenhista, rsrsrs. O desenho da barraca estava indo tão bem e de repente, falhou na perspectiva, kkkk. As brincadeiras eram ótimas, mas até hj não aguento essas bombas poderosas assustando todo mundo. Acho um saco. Um abraço.

Marconi Leal disse...

Rapaz, estes teus textos que fazem a gente acabar com um dó nostálgico no peito são fogo! Devia haver um aviso do Ministério da Saúde pra eles! Em tempo: fiz minhas indicações para o Laughing Blogger Awards. Obrigado mais uma vez Abração.

Moacy Cirne disse...

Marco: as festas juninas de antigamente têm um sabor especial em nossas ternuras mais aconchegantes. Lembram o interior com cheiro de pamonha e canjica. Uma beleza! Infelizmente, hoje, nas grandes cidades do interior do Nordeste (Campina Grande, Caruaru, Mossoró), pelo que se tem lido e visto, tudo está "carnavalizado" em função do turistaglobal. Uma lástima, portanto. Abração.

Luma Rosa disse...

Como tem boa memória, Marco!! Me deixou até envergonhada! Como posso ter esquecido? Mas também é culpa do Dilzinho que ficou tanto tempo longe!! Bom dia! Beijus, Luma

benechaves disse...

Olá amigo: saudade do S. João de antigamente, do S. João de Gupiara. Hoje na Natal de meus dias tá tudo diferente. Tem até uma tal de 'quadrilha estilizada' que dá dó e piedade. São adjutórios de um progresso sem fim, uma vida de consumismo. Mas, ficam as lembranças de um bom tempo passado.

Um abraço...

Anônimo disse...

Amigopratodavida, só passando...
beijosssss

Anônimo disse...

eu vivi numa vila militar. nós tinhamos dias e dias de festas. Nossas mães preparavam os quitutes, que não eram vendidos, e nós dançávamos quadrilha numa Brasília que não existe mais. Só nas minhas lembranças...

te beijo

Taís

Janaina disse...

Adoroooooooooo festa junina. Dançava na escola de vestido colorido, saia rodada, pintas na cara e tudo mais. Este ano não fui a nenhuma, mas sempre vou.
Adorei a seleção musical. Vou lá ver o outro texto.
Beijos.

Anônimo disse...

Meu caro Marco,
Foi uma feliz escolha o "Antigas Ternuras" para chamar seu blog!
É que sempre que leio seus textos, sou tomado por uma sensação de deja-vu, algo como se meu fosse ou tivesse sido. Já me referi a isso em outro momento, mas sempre me surpreendo: tão distantes geograficamente, com marcantes diferenças culturais, mas tenho sempre a impressão de que o texto foi "vivido" por mim também.
Belo texto, meu caro amigo. Belas (e)ternas Ternuras.
Forte abraço.

Dilberto L. Rosa disse...

Rs, muito bom, ótima lembrança de Amarcord, inesquecível a cena da grande fogueira para queimar a bruxa do inverno... E por aqui em SL o barbantinho era chamado de peido-chinês, ré, ré - eu mesmo, no alto de minha santidade adolescente (só naquela época...), soltei um na quadra esportiva da escola e ninguém suspeitou de mim!!! Grande abraço, tema semelhante lá no arraial dos Morcegos!

Saramar disse...

Marco, Marco, ainda me mata com essas lembranças.
Eu, ainda hoje, são encantada com festas juninas. Sem contar que esta sua amiga é uma animadora de quadrilhas até boa (risos).
Este ano, já foram quatro e eu lá chamando " olha o caminho da roça..."
Ador isso, volto a ser criança e a felicidade dura uns bons 3 meses depois que passam as festas.
Menino esse caminho de luzes que você descreveu ao final do seu texto, esse pedido, acompanhado da música de São João são coisas de reverenciar, de tanto que escreveu bonito.
Obrigada.

beijos
P.S. E eu que vim aqui lhe dar um beijo enorme de agradecimento por esse presente das sete maravilhas! Mas, esta maravilha é ainda melhor.

CID MAURO OLIVEIRA disse...

Estou escrevendo sobre minha infância e descrevo, em Nilópolis, onde morava minha avó materna, o percurso da casa dela à igreja, pontilhado dessas barraquinhas com venda de fogos e balões japoneses. Eu atrasava a marcha dos adultos, parando de uma a uma. Aquela lanterninha sanfonada multicor acesa me atraía, uma espécie de fototaxia infantil. Que lindos tempos!

MarliseM GomesM disse...

Todo ano, minha mãe fazia comigo a barraquinha de caixote. Colocada na cadeira, na frente da casa, eu colocava unsfoguinhos para vender. Os vizinhos aguardavam o evento.

Unknown disse...

Alguém lembra o nome das pedras de polvora igual bolas de bilhar, que se jogava contra o alfalto e meio fio para estourar?

runnerba disse...

Exatamente assim, sempre tinha a molecada que vendia fogos na rua! Sou desse tempo sim!!!!!