sexta-feira, maio 18, 2007

De nojeiras e sacanagens


Não sei vocês, mas quando eu era moleque uma das coisas que a minha geração mais gostava era falar porcaria.
Ou então sacanagem.
Ou então as duas coisas.
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Lá em casa, na hora de dormir, se alguém quisesse silêncio, bastava dizer: “Vaca amarela! Quem falar agora vai comer todas as porcarias do mundo!” Às vezes, a gente exemplifica as tais porcarias... Normalmente, se fazia um enorme silêncio, no máximo entrecortado por risinhos contidos.
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No colégio, havia uma enorme lista de perguntinhas imbecis de duplo sentido que fazia a festa da garotada. Especialmente se algum distraído não tinha percebido a cota de maldade contida na pergunta. Um exemplo? Perguntávamos, falando rapidamente: "jacaré no seco anda?" Se o incauto respondesse "anda"...pronto! Era a maior gozação!
Mas quando a pergunta era feita para alguém que conhecia o truque, ele respondia de bate-pronto: "no meu anda, no teu atola e ainda faz campo de jogar bola!".

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O que significava? Nada! Besteira de criança que se achava esperta e só queria se divertir às custas dos outros.
*
“Mas por que o Marco inventou de escrever sobre isso?”, vocês poderiam perguntar com mui justa razão. É o seguinte: ao ir para o meu trabalho, eu passo por muitos colégios, com muitas crianças e adolescentes pelas portas, pelas ruas e calçadas. Quando eles não estão de esfregando uns nos outros (o que, infelizmente, era impensável no meu tempo...), estão rindo, falando alto e sacaneando uns aos outros.
Noutro dia, eu passava perto de um aglomerado de estudantes quando ouvi um deles falando assim: “se você tivesse um cachorrinho chamado Nabunda e estivesse num barco afundando, o que você faria: levava Nabunda ou deixava Nabunda?”
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Meus caros, posso lhes afiançar que ouvir esta antiga ternura escatológica me fez retroceder muitos anos, num vertiginoso túnel do tempo. Voltei para uma era que não tinha assalto a estudantes, não tinha traficante na porta dos colégios, não havia o menor risco de se levar uma bala perdida no pátio de um colégio... Nossa única preocupação era não cair nessas pegadinhas bobas.
Nesse tempo, as moças conversavam sobre a festinha que haveria na casa de alguém e que só esperariam a hora de tocar “Do you wanna dance?” ou “I started a joke” ou “Uma coisinha estúpida” para dançar coladinho com um paquerinha, se ele tivesse coragem para tirá-la para dançar, é claro.

Nessa época, não existia funk, hip-hop, nem uma criatura chamada Tati Quebra-Barraco cantando coisas como “Me chama de cachorra”, “Siririca” ou “Mete até gozar” (vocês acham que estas músicas não existem? Entrem aqui ).
Nesta época, nossos pecados juvenis consistiam em travar diálogos como este:
Querida, vamos chupar ferida?
Ferida não me seduz. Prefiro um copo de pus !
Pus ? Só na caneca…Vamos chupara meleca ?
Meleca só no jantar, abra a boca que eu vou vomitar…
Seu vômito estava quentinho, mas faltou cocô no espetinho….
Amor, mas eu quero mesmo é lamber tumor !
Tumor me causa pigarro, que tal um chá de catarro?
(Tenho certeza que os quarentões – moços ou moças - se lembram desta coisa nojenta! Estou certo ou não estou?)
*

Eu não tenho filho. Só sobrinhos. Alguns de sangue, outros por consideração. Eu me preocupo muito com o mundo que eles vão encontrar adiante deste tempo. Por mais que os pais de hoje se esforcem no sentido de incutir valores morais sólidos aos filhos, não há absolutamente certeza de que esses valores serão absorvidos. O mundo fora de casa é uma selva. Uma espécie de parque de diversões onde o brinquedo principal é o “Trem Fantasma”. A diferença desse para o do parquinho, é que neste os sustos são bem maiores.
Aqui no Rio, vejo adultos que jogam lixo nas ruas, que falam ao celular dentro do cinema, no Teatro... Há no ar uma espécie de comando dizendo: “cada um por si e o resto que se dane!”
E as crianças estão vendo isso, assimilando isso.
*
Em português, o título desta música que vocês estão ouvindo é “eu comecei uma brincadeira”. E, de propósito, eu comecei este post com uma brincadeira. E estou terminando convidando à reflexão os que me dão o prazer de ler. Sobre estes tempos em que vivemos. Sobre o que virá aí pela frente. Sobre as sacanagens e nojeiras de antigamente e sobre as atuais. Essas que a gente diariamente lê nos jornais.
Deixo no ar a tradução dos últimos versos desta canção:
Até que eu finalmente morri,
o que fez o mundo inteiro começar a viver.
Se eu apenas tivesse percebido
que a piada era comigo...
Oh não, que a piada era comigo...

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Na Rádio Antigas Ternuras, você ouve “I started a joke”, com Bee Gees. Ah minhas noites dançantes nas festinhas da Rua Marambaia...
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Em tempo: a resposta correta para a perguntinha do cachorrinho é: “Nabunda nada...” O garoto não respondeu assim. Ficou lá rindo, com cara de mané... Eu segui adiante. Mas o menino que ainda vive em mim ficou lá, para sacanear o cara.
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Estas são as duas últimas semanas para rir e se divertir com a engraçadíssima peça “Nhoque em tempos de crise”, no Teatro Gláucio Gill, em Copacabana. No elenco, este modesto escriba que vos tecla, fazendo umas gracinhas no palco.

38 comentários:

Anônimo disse...

Marcp.
Me lembro bem dessas brincadeiras, Os espertos, os sabidos sempre escolhim aquele amigo ou colega de raciocínio lento, ingênuo, para vítima preferida. E não tenho vergonha de confessar que cheguei a ser uma destas. Um grande abraço e um grande final de semana.

Fernanda disse...

Pois é, Marco! Hoje em dia, só as crianças mesmo (de até uns 8 anos no máximo) que são puras! Não sei o que está acontecendo!!!

Deixei um desafio p/ vc no meu blog!!!

Kisses

Anônimo disse...

Mesmo as meninas entravam nessas brincadeiras disputando quem mais nojeira sabia,eu lesada,[como sempre] me dava mal, custava a entender as coisas e caia que nem patinho nas malandragens dos moleques, ô tempo bão, rsss.
Esse versinho catarrento me fez rir, de tão linda ternura lembrei, valeu amigopratodavida, valeu!
lindo findi e sucesso na peça que amei ver,rss
beijossssssssss

Claudinha ੴ disse...

Marco, quem não foi criança um dia, que atire a primeira brincadeira! Legal lembrar da vaca amarela e do copo de pus.
Parabéns pela sua postagem! Bom final de semana.

Anônimo disse...

hahahhaha!
que horror.

Eu sempre me perguntei a razão pela qual os meninos sempre gostam de nojeiras... Nunca entendi.
Eu, por exemplo, no máximo consigo perguntar se alguém gosta da comida que estou comendo. Selea responde sim, mostro a boca cheia de comida mordida! rs.
teste perfeito para candidatos a namorados... rsss

te beijo

Taís

Anônimo disse...

A nossa versão da vaca amarela, era: vaca amarela, cagou na panela, quem falar primeiro, come toda a b dela. Aí era, um dois e já, e virava um silêncio total, com risadinhas gerais e um apontando o dedo pro outro com a boca fechada...
Excelente texto crítico! Uma pena não estar no Rio pra ver a peça...
Um bom fim de semana!

Tina disse...

Marco,

Por mais incrível que pareça: dá saudade dessa época onde havia pureza genuína. Eu vivi. Ainda bem.

Adorei o post, foi uma viagem no túnel do tempo (ótimo seriado, por sinal, lembra?)rs

beijos querido e bom fim de semana,

Nena disse...

Ternurinha, querido!
Que delícia poder voltar a te ler e comentar aqui, nesse pedacinho do espaço virtual, tanta coisa da vida real. Eu também assim brincava na escola! as mesmas piadinhas, e eu também não tinha medo de tiro, mas as drogas já eram uma dura realidade.
Eu fico me perguntando também se o mundo não poderia ser bom como era no meu tempo de criança, mas isso é uma pergunta que todos se fazem: ou seja, o mundo sempre muda e a gente é que tem medo da mudança!

Um beijão da tua também quase transformada fã.

(I started a Joke é meio triste para um post tão lindo, meu querido!)

Anônimo disse...

marco, querido. saudade enoooorme de tu, viu? é. n tem jeito, vou ter que dizer que vivi essa época, mas tb n precisa nos chamar de quarentões e similares. poxa. rs mas lembro que quando iamos dormir a minha mãe, a própria mãe, pra nos fazer ficar quieto fazia a brincadeira da vaca amarela. eca. era um nojo. eu sempre pensava em vomitar.
saudade de tu. todas.

(ah, se puder, arruma ai o meu link da minha página. eu alterei pra: www.diravieira.zip.net

Renata Livramento disse...

oi Marco!
Acho que escatologias são mais do gosto dos meninos..rs..rs.. pelo menos as "mocinhas de família" como eu foram educadas para não falarem essas nojeiras e muito menos sacangem. Ainda bem que nem sempre a gente segue tudo à risca, né, rs..rs..
Muito obrigada pelo seu carinho, viu
bjos e ótimo fds

Anônimo disse...

Meu caro Marco,
Infelizmente, nos últimos dias, não pude te visitar com a frequência costumeira. Volto hoje e encontro mais um texto delicioso que nos remete à infãncia.
Aproveito para informar que migrei do blogspot para o wordpress. Por favor, atualize o novo endereço:
boscosobreira.com/blog
Gostaria de contar com suas visitas e seus valiosos comentários.
Forte abraço.

Giu disse...

Amigo Marco!
Como se vê, meu caro, até as nojeiras e sacanagens evoluiram na razão inversa dos valores que norteavam a nossa vida de outrora (infelizmente!) E, certamente, nossos netos também terão lembranças e ternuras bem parecidas com a sua, a minha, a nossa...
Sucesso renovado para a sua peça e abraços, beijos e ternuras sem fim!
Giulia

Anônimo disse...

eosyccPois é Marcos, pena que as crianças de hoje evoluem muito rápido (dependendo da classe social)e abandonam essas brincadeiras ingênuas e que nos fazem muita falta quando adultos. Difícil ver alguém com senso de humor para usá-las, mesmo que adaptando para os dias atuais. Nossas vidas seriam mais alegres e com menos estresse. Admiro-lhe por ser vegetariano, eu mesmo estou me esforçando: só como carne branca (de preferência loira ou ruiva,rsrs) Um abraço.

Lila Rose disse...

Você me faz transbordar em risos, sabia??? Que delícia lembrar minha infância... eu não sou da turma dos quarentões, mas eu brincava de "vaca amarela" e de "querida, vamos chupar ferida"...rsrsr...tempo bom, em que eu e minha amigas bricávamos de pular elástico enquanto falávamos sobre os meninos do colégio, com uma inocência que já não vejo mais. Ps: já está combinado. Dia 24 estarei lá pra te ver. Não se espante se alguém gritar da platéia: Marco, sou eu, Lilaaaaa!!!Bisous!

Lila Rose disse...

Aliás, você podia passar lá no blog pra gente combinar... adoraria postar uma foto nossa comentando a sua peça. Bisous!

Anônimo disse...

Marco, tinha uma brincadeira chamada: "quem chegar por último é mulher do padre". Para nós, evangélicos, era o fim da picada... rs. E por falar em coisa nojenta, esta é verdadeira. O meu primo mais velho tinha mania de cuspir em comida que ele gostava muito para nao queria divir com ninguém... egoista... rs.
Abraços, boa semana.

Lara disse...

Querido, eu ainda sou da época em que a infância era mais inocente e brincadeiras desse tipo eram comuns. Já meu irmão, que está com 17 anos, não teve tanta sorte.
Queria te agradecer pelo comentário que você fez no post que falei do que anda ocorrendo aqui em casa. Li e reli algumas vezes. É como se você conseguisse me entender como poucos. Obrigada por seus conselhos. Você já se tornou uma pessoa mais do que especial.
beijos

Anônimo disse...

Marco, cheguei aqui pelo blog da Lila, e não tem jeito, favoritei vc, lógico.
Depois deste turbilhão de túnel do tempo, misturado com chorar de rir que encontrei neste seu post, nada mais me resta, do que vir visitar vc sempre. rsrs

Parece trágico? rsrs
Não, eu quase morrí de rir, principalmente com o recital do pus.. que eu vivia dizendo com as colegas no colégio.. ai, que nojento.. ahahaha

Amei cum força.

Deu uma saudade danada.

Tudibom.

Beijos e ótima semana

Moura ao Luar disse...

Aiii que horror vocês diziam essas nojeiras mesmo ahah nós tb tinhamos algumas partidas mas eu já nem me lembro hehe mas tenho saudades...

Luma Rosa disse...

A gente era tãOOOOOOO bonzinhos e a mãe ainda brigava! Éramos felizes e não sabíamos! E os ataques de riso??? chegava a dar cólicas!
Boa semana!! Beijus

Anônimo disse...

Meu caro Marco,
Obrigado pela visita e o comentário sempre generoso. Desculpe-me quanto ao endereço; precisei mudá-lo mais uma vez, espero que agora definitivimante:
http://boscosobreira.com/
Um forte abraço e boa semana.

Anônimo disse...

Marco:
Todos nós acabamos perdendo a inocência e inventando brincadeiras mais sérias. Mas é claro que estas ficaram, por marcar nossas infâncias e adolescências.
Tenho a mesma preocupação com os mais jovens, com a educação. Nisso, sou um premiado, pois meus filhos não estão entre os que só pensam neles.

blue disse...

Adorei este post!
Também me recordo da minha infância com muita saudade. E, muitas vezes, dou por mim a pensar e a lamentar o facto de, se um dia tiver os meus filhos, eles não terão as mm oportunidades.
Eu brincava na quinta do meu avô. Corria nos campos, deitava-me sobre aquela erva enorme e ficava lá a olhar o céu. Recordo-me de apanhar pequenas flores do campo para fazer coroas... De correr atrás das galinhas... De ver os coelhos bem pequeninos... De adorar os pintainhos... Tudo!
Enfim, tudo boas recordações.
Procurarei sempre passar estes valores e fazer com que as crianças vivam um pouco de tudo isto.

Voltei de férias! Como reparaste! lool

Abraço!*.*

Anônimo disse...

Ups, assinei com o meu antido blog!
Desculpa!

Blue=olga
*.*

Anônimo disse...

Responde aí amigo Marco: em caminho de paca, tatu caminha dentro???

Chellot disse...

Não sou quarentona ainda, mas lembro-me bem dessas brincadeiras. Agora só ouvimos pornografia, inclusive entre as crianças. Sucesso com a peça. Ela é 10+ de boa.

Beijos de vinho.

Anônimo disse...

Velhos e bons tempos! Apesar de nojento, vale a pena lembrar. E como! Beijos e ótima semana

KahSilva disse...

Incrível como as crianças estão perdendo a pureza cada vez mais cedo, hoje meninas de 8,9 anos já pensam em"ficar".poucos ainda fazem essas brincadeiras ingênuas.Tenho filhos(12 e 13), e me preocupo diariamente com o futuro deles.Minha mãe dizia quando eu sai prá ir prá escola"cuidado menina,ao atravessar a rua", hoje eu digo se começar tiroteio se joga no chão.Nossa, que mundo cruel e egoísta meus filhos vivem.Que saudades do tempo inocente em que vivi,onde minha maior preoucupação era se o fulaninho ia me tirar prá dançar If you not here(Menudo).Um beijo,adorei seu blog,que delicia te encontrar.Boa semana!!!

KahSilva disse...

Ah,esqueci de dizer,sucesso com a peça,pena morar tão longe e não poder ver.

Marconi Leal disse...

Tenho tanta fé no futuro da humanidade quanto na honestidade de Paulo Maluf, Marco.

Anônimo disse...

O engraçado é que isto é mesmo muuuito antigo,mas sempre atual,MARCO.
Bom pra vc eu posso confessar: ainda não saquei a do tal jacaré,hehehe

:(

Abração!

Saramar disse...

Marco, de algumas dessas bobagens maravilhosas eu me lembro.
É claro que jamais cheguei a essa nojeira final que você citou (rsssssss).
Eu era muito arrumadinha, muito princesinha, se me entende.
Mas, querido, em relação à reflexão a que você nos convida, daria um livro.
Todas as nojeiras que levavam nossas mães a nos por de castigo são singelas transgressões, inofensivas, de anjos.
Hoje, as crianças convivem com monstros. Nem se pode comparar.

beijos

Anônimo disse...

Marco,

Primeiro obrigada pelo carinho e por ter compartilhado um teco do meu bolo de níver...e meu, esse seu post me levou tbém aos velhos tempos...tá, eu não sou quarentona, mas lembro dessas piadinhas e lembrei de uma que não se se aí no Rio faziam que começava assim: 'Te apresento meu amigo! aí o outro respondia: De onde ele veio? e outro: De trás do tanque; E o que ele merece? A p. do elefante...meu, tô me matando de rir aqui...besteiras tão ingênuas que hj em dia realmente não vemos mais e tbém me preocupo com meu afilhadinho que só tem 2 anos e com minha sobrinha de 3...
Queria um mundo melhor pra eles, ou então o meu mundo, onde o que mais me dava medo era o homem do saco, e a loira do banheiro...rs
Beijos
E se estivesse no Rio, com certeza iria te prestigiar...

Anônimo disse...

Marco, mais um post muito bem elaborado. Voltei para outros tempos, retrocedi bem uns 30 anos. O que você citou é grave e muito me preocupa. Já postei sobre essas minhas preocupações, infelismente reais e não ilusórias. Tenho uma filha de 11 anos e o caos em que estamos e a previsão de para onde estamos seguindo é aterrorizante para qualquer pai com um mínimo de bom senso. Bom seria que os velhos tempos da ingenuidade retornasse. Como não é mais possível, o único jeito é orientar de forma segura e confiar em Deus. Lindo post!

benechaves disse...

Marco: excelente postagem relembrando atos e fatos passados. Tudo era assim mesmo.
E tinha aquela estória da menina que estava gripada e o catarrão descendo nariz abaixo. Então uma amiga de infância perguntou: "O que é isso?" Ela aspirando e soltando o choro respondeu: 'Você num sabe que é 'tatarro', pra que pergunta!"(rs). E a outra admirada vendo o 'tatarro' correndo nariz abaixo.

Um abraço...

Anônimo disse...

Marco, passando por aqui para te avisar que tem surpresa para você lá no APOIO FRATERNO. Abraços, Mário.

Anônimo disse...

Marco!!! Nem acredito que consegui entrar aqui...
Gostei particularmente desse post porque sempre fui "chegada" a essas brincadeiras escatológicas, para horror de minha mãe, que detestava ouvir "meninas" falando "porcarias"...rsrs
E, penso que denunciei minha "época" aqui(ou seja, minha idade...rs), porque lembro-me de todos os pormenores do texto, como sendo da minha adolescência...as músicas, as brincadeiras, as manias, os papos, os costumes...
Anos dourados! Meus e talvez, seus!!!
Um grande beijo!
Dora

Fugu disse...

Só mesmo você para ressucitar nossas tão ternas porcarias ... rsrs Eu tenho filhos, filharada. Outro dia, um deles me propôs: "Repete tudo o que eu disser e bota "gada" na última sílaba, tá bom?" Morri de rir. E ainda ensinei outras para ele.
Tive a sorte de ser neta de uma italiana que se divertia como criança como brincadeiras escatológicas. Quem nunca fez concurso de pum (que ela chamava de "traque") num quarto lotado de irmãos e uma avó traquina não faz idéia da delícia que é.
beijo você