segunda-feira, julho 17, 2006

Levanta o mouse quem lembra! (Volume II)


No capítulo anterior (que está logo abaixo desse), falávamos dos jingles que fazem parte de nosso passado, constituindo-se em nossas antigas ternuras. Antes de prosseguir recordando mais dessas pérolas, uns poucos comentários.
*
O jingle da Pepsi que eu lembrei no post anterior foi o primeiro a mostrar uma imagem de juventude e de liberdade. Veja bem que ele foi produzido em plena ditadura militar (é de 1972), quando a censura comia solta. Acho que os censores paparam mosca (ainda bem! Eles eram tão estúpidos!) e não perceberam quem era a tal “tanta gente” que queria modificar os jovens.
*
Também no post anterior, eu lembrei um jingle do Cremogema. Aquele foi criado nos anos 80, lembro e gosto dele, mas não é o da minha infância, que até tenho gravado, mas não em arquivo midi. Era assim, ó:
*
Cremogema
Se come se toma se bebe
Se bebe, se come, se toma
Cremogema
Tudo é gostoso com Cremogema
A mais completa alimentação
Se come em pudins e bolos
Se toma em mingaus e cremes
Se bebe vitamina e milk-shake Cremogema
*
Tem um jingle não muito antigo, mas que me traz boas recordações. Ele é de 1978. Acho que vocês vão lembrar e cantar junto, ao som dessa violinha, especialmente na parte: ...”quando o baleiro parar...”
*

Roda, roda, roda baleiro, atenção
Quando o baleiro parar, põe a mão
Pegue a bala mais gostosa do planeta
Não deixe que a sorte se intrometa
Bala de leite Kid’s
A melhor bala que há
Bala de leite Kid’s
Quando o baleiro parar
(Para ouvir, clique aqui e depois no quadradinho com a nota musical)
*
Por conta desse comercial, sempre tive vontade de ter um baleiro. Não tenho esse grandão. Mas tenho um pequeno...
*
Ainda do meu tempo, que passava na nossa velha Philips, em preto e branco, com seletor de canais e quatro pés palitos, tinha essa preciosidade. Um clássico:
*

Quem bate?
É o frio
Não adianta bater
Que eu não deixo você entrar
As Casas Pernambucanas é que vão
Aquecer o meu lar
Vou comprar flanelas, lãs e cobertores eu vou comprar
Nas Casas Penambucanas eu não vou sentir
O inverno passar.
(Para ouvir, clique aqui e depois no quadradinho com a nota musical)
*
E eu me lembro de um outro, absolutamente delicioso. Eu já era um jovenzinho e adorava ficar cantando debaixo do chuveiro, aos brados, até minha mãe me dar um esporro:
- Marco! Os vizinhos estão ouvindo essa cantoria!!!
E eu, com o chuveirinho na mão, abria o peito:
*

Dá-me um Cornetto
Molto crocante
É piu cremoso
É da Gelatto
Cornetto
Sei própria Itália
Te voglio tanto
Corneeeeeeeto mio!
(Para ouvir, clique aqui e depois no quadradinho com a nota musical)
*
Lembrou, né? O que? Você também cantava esse debaixo do chuveiro? A sua mãe reclamava também? Pra você ver como são as coisas...
Tem um outro do qual eu gosto muitão e do qual já falei aqui no Antigas Ternuras. Pois é...A Varig agonizando, e eu só me lembrando do jingle do “Seu Cabral”...
*

Seeeeeu Cabral vinha navegando
Quando alguém logo foi gritando
- Terra à vista!
E foi descoberto o Brasil
Turma gritava: “Bem-vindo Seu Cabral!!”
- Escreve aí, ó Caminha, ao nosso querido rei
e diz que a terra é generosa e tem gente muito bondosa.
Mas Cabral sentiu no paaaaito
Uma saudade sem jeito
- Volto já pra Portugal!
Quero ir pela Varig!
(Para ouvir, clique aqui e depois no quadradinho com a nota musical)
*
Como vocês estão gostando, vem aí o terceiro volume. Todos estão recordando seus antigos preferidos. Eu já tinha escrito os três textos com os jingles antigas ternuras. Alguns vocês pediram e já estavam previstos. Não dá para inserir todos eles aqui. Eu tenho fitas cassete com horas de jingles do tempo do Onça. Aqui, estou dando preferência aos que encontrei em arquivo mp3 ou midi. Basta clicar onde indiquei e vocês não só podem ouvi-los como gravá-los nos próprios computadores. Na quarta-feira, o terceiro volume.
M.S.
**********************************************
Na Rádio Antigas Ternuras, você está ouvindo “The Closer I Get to You”, com Roberta Flack e Donny Hathaway, tema da propaganda dos cigarros Luiz XV. No próximo eu conto a história desse comercial.

23 comentários:

Anônimo disse...

Marco querido,
e lá vamos nós dormir embalados por antigas ternuras, ô coisa boa sô!
Lembrei de todos e sorri gostoso, tempo muito bom, é delicioso recordar.
E agora "tá na hora de dormir,tomando um minguau de Cre,cremogema,cremogema é a coisa mais gostosa desse mundo"...rssss
Linda semana meu lindo
beijosssssssssss

Saramar disse...

Muito bom recordar isso tudo.
Esse das Casas Pernambucanas, chegávamos a encenar aqui em casa, eu e meus irmãos, rindo até chorar. Deliciosas lembranças.
Você é um mágico!

Beijos

Anônimo disse...

Existe melhor estação para seguirmos nossos anjos?
Seja outono ...Seja Primavera..
Veja em Poesias no Lua em Poemas.
Bjs e uma ótima semana.
Eii adorei seu blog, faça inscrição pra ser destaque no Lua em Poemas.ok?

Vendetta disse...

Quantas lembranças evocadas!!! Todas ótimas, claro. Vou sentir saudades do meu antigo template também, Marco. Mas eu ainda estou aqui: VIVA! Vivinha da Silva...
Beijões

Anônimo disse...

1978?? Eu não era nascida não!!!! Tiooooooooo, não dá pra postar uns jingles mais recentezinhos, não? (rs!) Se bem que aí as ternuras deixam de ser antigas, né? Tudo bem... saboreio cada palavra, clico em cada link, porque sou fissurada em jingles... podia escrever um post com jingles de videogame, né? River raid, pac man, pitfal... eita, coisa boa!
Adorei seu texto!! (como todos os outros!!)

Anônimo disse...

As antigas ternuras publicitário-musicais, através de seu blogue, tornam-se deliciosas viagens ao passado. Parabéns. E um abraço.

Claudinha ੴ disse...

Marco,
mais uma seção nostalgia. Estas coisas ficam para sempre, uma delícia lembrar. Aqui, hoje, eu ainda bato na janela e Ana diz, quem bate? Eu respondo cantando, "é o friiooo! Não adianta bater que eu não deixo você entrar, na casa da mamãe Claudinha, frio nenhum vai poder se achegar...",enquanto a aconchego na caminha. Sinal que é uma antiga ternura minha, para passar assim para meus filhos. O do baleiro, "péguiabala maisgostosa doplaneta, não deixiquiá sortesimtrometa"... Ah me lembra das minhas peripécias na venda de seu Ramiro, nossa preciso contar esta no blog, rsrs.
Agora este comercial do Luiz XV me fez sonhar muiiiitooo.Beijos! Aguardo o terceiro volume!

Anônimo disse...

Poxa, desses eu só conheço de ouvir meus pais cantarem...

Anônimo disse...

Obrigada pela sua visita, posso linkar seu blog junto ao link de meus amigos?
bjs

Lara disse...

Esse do corneto perdurou por um bom tempo hein! Me lembro bem dele, vivia cantando por aí!

Quanto ao Gatinho, não fiquei com ele não, por mais que tenha rolado um clima propício hehehe

beijos

Anônimo disse...

Marco,a minissérie está apenas no começo... rs. No próximo Episódio, que entra a presonagem Dulcinéia é que a coisa esquenta pra valer. Tem muita coisa que ainda vai rolar, muitas surpresas, mistérios... Aguarde!
Abraços.

Depois volto pra ler o post sobr jingle.

Anônimo disse...

Marco, vc falou no jingle do cremogena. Eu como sou igual a um nenem e adoro mingau, se minha mã estivesse aqui, iria pedir a ela pra fazer. Pior é que só tenho aveia... rs.
Falando sério: comparo os comerciais de hoje com os que vc mostra aí. O timing é bem diferente. Os tempos mudaram e um comercial em TV custa caro. "time is money" "Zeit ist Geld". Hoje em dia, acho que os jingle não devem passar de duas frases... Vou prestar mais atenção.
Abraços.
Esta semana, 6º Episódio de Dulcinéia, com a própria entrando na história em grande estilo. Aguarde.
Abraços.

Anônimo disse...

Cara , Roberta Flack é coisa fina! Tenho um disco dela no computador que ela canta Leonard Cohen e uma música linda em espanhol , Angelitos Negros. O das Pernambucanas eu vivo cantando sozinho e essa do baleiro é feita pelo glorioso Renato Teixeira!

Abração!

Anônimo disse...

Puxa, rapaz, que volta ao passado! Estou adorando isso aqui! Posso te linkar?

Anônimo disse...

Que delícia, Marco! Lembra de um que cantava assim: "Tá na hora de dormir/ não espere mamãe chamar / um bom sonho pra você/ e um alegre despertar..." Não lembro qual era o produto!! rs...

Anônimo disse...

Aff! Tá ali embaixo... é do "cobertores Parahyba". Não liga que estou mesmo meio doidinha!! rsrs... Beijos, Marco!

Anônimo disse...

sempre ouvi: lembrar é viver, mas o perigo é não lembrar de viver, não é mesmo?
aquele baleiro tinha na casa de minha avó, não sei se você pegou essa época, mas eu gostava de ficar girando pra pegar as balinhas fininhas "paulista", mas só as vermelhinhas...rs
abraço.

Anônimo disse...

Oi,MARCO

Confesso que bateu uma enorme nostalgia hj aqui,heheheh
Acho muito legal este tipo de post,pois ,instintivamente,acabo lembrando de algumas situações,hehehe
Abração!

Anônimo disse...

isso sim eu chamo de antigas ternuras...quando o baleiro parar põe a mão...pegue a bala maissss gostosa do planeta...não deixe que a sorte se intrometa....

puts
viajei...

beijo querido, no coração

Anônimo disse...

Amigo Marco! De volta e com saudades de suas (nossas) ternuras mais antigas... ótimos esses últimos textos postados... voltei no tempo, recordando de todos eles. Havia um - do tempo do meu pai (quando ele trabalhou na antiga Light, operadora dos bondes elétricos) que ele sempre declamava:
"Veja ilustre passageiro
o belo tipo faceiro
que esteve ao meu lado.
No entanto, acredite,
quase morreu de bronquite:
salvou-o o Rum Creosotado".
Muitos anos depois, vim a saber que os versos são da autoria de Bastos Tigre (se não me engano...).
Bom estar de volta! Beijos e carinhos

Cristiano Contreiras disse...

Lembrei das minhas aulas de Historia da Publicidade - onde ouviamos todos esses jingles conhecidos e eternos, bem como alguns marcantes de Mutantes/Gil/Roberto Carlos cantando, nos anos 70.

Marco disse...

Fico muito feliz em proporcionar boas recordações a vocês.

Querida Marcinha: É gostoso, né? Quando a gente fazia o espetáculo "Nas Ondas do Rádio" e cantávamos vários jingles (Casas da Banha, Alka-Seltzer, Pond's...) o público quase chorava. Ah, nada como boas lembranças...

Querida Saramar: Também já brinquei muito de "quem bate? É o frio..." É muito bom recordar essas delícias...

Oi, Nancy! Eu é que me sinto honrado com a sua visita e o seu link. O seu blog já está entre os meus favoritos faz tempo.

Que bom, Vendettinha, que você está viva! Já pensou receber um comentário seu psicografado? Ré! Ré! Ré!...
A sua nova casinha vai ficar bem legal, tenho certeza.

Querida sobrinha Karine: O tio só lembra de coisas antigas... Você nasceu depois de 1978? Pois é. O tio Marco já era um mocinho nessa época. Lamento não poder atender à sua sugestão. O Pac Man eu ainda sei mais ou menos o que é. Os outros eu não tenho a menor idéia do que seja. Meu videogame era mesa de futebol totó, brincar na rua, pular carniça, botar pique-bandeira...Nem hoje eu me interesso por videogames. Vamos ver se no volume 3 aparece alguma coisa que você conheça. Mas que é ótimo recordar jingle, ah isso é, né não?

Caro mestre Moacy: Fico contente por você ter apreciado. Aqui é uma velha cristaleira cheia de pequenas saudades.

Minha doce Claudinha: Que bunitim, você botando a princesinha na caminha ao som do jingle das Casas Pernambucanas!...
É tão legal esse tipo de coisa. Para a Ana, esses momentos vão ser eternamente uma antiga ternura. E eu estou doido para ler as suas peripécias na vendinha do Seu Ramiro.

Ah, Thatty...Você deve ser bem mais novinha que este velho escriba...Mostre esta série para a sua mãe. Acho que ela vai gostar. Obrigado por ter vindo aqui.

Querida Eduarda: A Gelatto foi comprada pela Kibon, que manteve o Cornetto até hoje. O jingle é uma delícia, mesmo. Especialmente para se cantar aos brados no chuveiro...

Grande Rubo: Arrá! Gosta de um mingau, heim? (pst! não conte pra ninguém, mas eu também me amarro em mingau de chocolate com maizena...nham, nham...)
Os comerciais de hoje são mais estilosos, são calcados em efeitos especiais. Nem sempre usam essas musiquinhas que ficam na memória da gente.

Grande Bruno Mutante: Imagina que o jingle das Casas Pernambucanas é do tempo em que os seus pais eram pequenos! Vê só o que é a força de uma lembrança. Eu também me amarro na Roberta Flack. Ela anda sumida. Mas nos anos 70, rivalizava com a Aretha Franklin, como os gogós de ouro. A Mariah Carrey tem muito o que aprender com as duas.

Querida Lili: marrelógico que você pode me linkar! O prazer é todo meu! Que bom que você está gostando!

Querida Ana Carlinha: Huuummmm..sei...então a menina é do tempo do jingle dos cobertores Parahyba...Ré! Ré! Ré!...Uma delícia essa musiquinha, né não?

Grande Guilherme! Rapaz, não vi esse baleiro, não! Tão me sonegando informação naquela casa!
Fique tranquilo que aqui a gente recorda os bons momentos sem tirar os pés do chão. Sabemos que o nosso passado faz toda diferença pra o nosso presente e futuro.

Grande DO: Mas é esse o objetivo deste blog, amigão. Tem coisa melhor do que nos recordar de um momento marcante do nosso passado? Que bom que você curte.

Ué, querida Claudia...Só isso é que é antigas ternuras? E as outras coisas que eu vivo postando aqui? Ré, ré, ré...
Fico feliz por você ter gostado.

Querida Giulia: que bom que você está gostando. Esse "reclame" do Rhum Creosotado é maravilhoso. Do tempo do Onça. Mas eu preferi centrar os posts nos jingles. Para a gente cantar e recordar. Sobre anúncios impressos, ainda vou fazer post sobre isso um dia.

Grande Cristiano: Legal você ter curtido. E tem razão. Os jingles do final dos anos 60, com os Mutantes, Roberto Carlos eram deliciosos. Lembro de um do elefantinho Shell: "você pode confiar na Shell! A Shell sempre dá/Aquele algo mais/ Que está presente onde quer que você vá/seja no campo, na cidade ou rodovia/Shell é o produto que você confia!"
Muito bom!

Valeu, moçada! Abraços e beijinhos e carinhos e ternuras sem ter fim!

Anônimo disse...

vim te dar bom final de semana...


um beijo grande