sexta-feira, junho 30, 2006

A pergunta que não quer calar...


No outro dia eu estava arrumando a minha discoteca de LP em vinil quando me deparo com uma preciosidade: o álbum “Ai, Ai, Ai de Mim”, de João Bosco.

É um dos melhores desse mineiro de Ponte Nova. Só tem faixa da melhor qualidade! No encarte, além das letras, antes de cada música tem uma historinha. Uma delas quando li, me deixou coçando para escrever um conto, uma novela, uma poesia, sei lá... Talvez ainda faça isso. Vejam só:
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“Uma mulher que grita no portão de um cemitério só pode estar lamentando a perda de um grande amor. A cena aconteceu numa pequena cidade mineira e ficou na memória dos seis anos de idade.”
*

Espetacular, não é?
No disco, gosto de todas. Mas as minhas preferidas são “Desenho de giz” (que tem um dos versos mais lindos da Língua Portuguesa: “Aí diz o meu coração: que prazer tem bater se ela não vai ouvir?” Demais, né não?) e uma outra que tem o singelo nome de “Quando o amor acontece”. E a historinha que a precede:
“Esta música poderia ser ouvida nos alto-falantes de um parque de diversões. Em qualquer lugar da América Latina, onde um romance estivesse para começar”.
Quer algo mais antigas ternuras que isso?
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Pois é. Eu, com o disco na mão, comecei a cantarolar a música e ela me ficou na cabeça o dia inteiro.
Coração sem perdão, diga fale por mim
Quem roubou toda a minha alegria
O amor me pegou, me pegou pra valer
É que a dor do querer, muda o tempo e a maré
Vendaval sob o mar azul
Tantas vezes chorei, quase desesperei
E jurei nunca mais seus carinhos
Ninguém tira do amor, ninguém tira, pois é
Nem doutor nem pajé, o que queima e seduz, enlouquece
O veneno da mulher
O amor quando acontece a gente esquece logo que sofreu um dia, ilusão
O meu coração marcado tinha um nome tatuado que ainda doía, cursava só a solidão
O amor quando acontece a gente esquece logo que sofreu um dia, esquece sim
Quem mandou chegar tão perto se era certo um outro engano coração cigano
Agora eu choro assim
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De tanto cantar a música fiquei pensando exatamente em seu título. De minhas reflexões, concluí que, de nossa parte, o amor quando acontece temos as seguintes opções: somos correspondidos ou não somos correspondidos. No primeiro caso, podemos viver no jardim das delícias se efetivamente pudermos concretizar este amor. Na literatura e na chamada vida real os casos de amores impossíveis são numerosos como as estrelas no céu. Às vezes o amor acontece em uma dimensão de impossibilidades. Aí só podemos avaliar esse sentimento pela ótica do “E Se?...” Mas qualquer que seja a nossa decisão, teremos corações partidos pelo caminho.
No entanto, quando não existe nenhuma barreira, aí é só correr para o abraço e testar a solidez do mobiliário da casa.
*

Entretanto, o amor quando acontece pode ressoar somente em um coração. Aí, com certeza, vai acontecer o “tantas vezes chorei, quase desesperei...” de que fala a música.
São Paulo escreveu na célebre carta aos Coríntios, no Capítulo 13, que:
“O amor é sofredor, é benigno (...) Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta”. Será?
*
Quando amamos costumamos ser egoístas a ponto de não entender como o nosso objeto de amor não retribui nosso sentimento! “Mas como! Será que essa criatura não vê que ninguém vai amá-la como eu a amo?”
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Amar unilateralmente é condenação pior que a de Prometeu, que tinha o fígado dilacerado diariamente por duas águias. No caso do personagem mitológico, enquanto as aves não vinham ele tinha um refresco. Quem ama e não é amado sente as vísceras se corroerem durante as 24 horas do dia. Uma sede que nem todo álcool sufoca, um desespero que nem Mozart tocado pela lira de Orfeu consegue abrandar.

*
O amor quando acontece pode nos levar ao céu e ao centro da Terra na mesma viagem.
*
Estes são apenas fiapos de reflexões que se desgarraram de antigas lembranças. Me deu curiosidade de ouvir outras vozes a respeito. Da outra vez que eu fiz o convite, a Claudinha, a Suzy, a Vendetta, a Ana Carla e a Fugu responderam em seus respectivos blogues. Pois faço o convite de novo. Para elas e para quem sentir vontade de responder à pergunta que não quer calar:
O que acontece quando o amor acontece?
Pode responder sobre o que “aconteceu”, o que “acontece” ou o que “acontecerá”. Do jeito que quiserem.
Com a palavra, vocês. Sou todo olhos.
M.S.
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Na Rádio Antigas Ternuras, você está ouvindo João Bosco e a sua magistral “Papel Machê”. Não encontrei “Quando o amor acontece” nem “Desenho de giz” em arquivo midi. Pena... Mas essa também tem a ver com o texto.

26 comentários:

Anônimo disse...

Ai, Marco!!! "Lá vou eu de novo, feito um tolo, me perder no desconsolo que cansei de conhecer"... rsrs... Você está inspiradíssimo!! Isso é fruto de um amor bem vivido?? Claro que vou tentar rabiscar alguma coisa a respeito!! Um beijão!!!

PS - que música linda vc lembrou! Que música linda vc postou!! Que bosn ventos sopraram aí do seu lado!!!

Claudinha ੴ disse...

Marco...
Realmente é inspiradora a pergunta. Tão fácil de responder e tão difícil de explicar, tão claro perceber e tão obscuro para falar. Eu vou de noite ao meu lugar dos sonhos, eu vou pensar e vou responder no TP. Quem sabe saem algumas linhas que valham a pena...
Beijos, hoje estou ficando doida, tem quadrilha da minha caçula, estou correndo atrás dos enfeites.
Beijão!

Anônimo disse...

marco querido, eu adooooooooro João Bosco. Você conhece Caça à Raposa, cantado por Elis? É de doer de tão bonito.
Creio que irei me aventurar a responder sua pergunta. Claro que nunca me aproximarei de sua sensibilidade e do seu talento com as palavras. mas, por favor, tenha paciência. Sou aprendiz.

Beijos e um lindo final de semana.

Lara disse...

Oi Marco. Primeiro, esse disco me trouxe inúmeras lembranças da minha infância. Minha Mãe tinha e não cansava de ouvi-lo a todo momento.

Bom, você viu a "novela mexicana" na qual eu estou metida não é mesmo? O que está sendo mais difícil para mim é saber que o amor existe ou existia não sei, dos dois lados, sem impedimentos, sem problemas. E mesmo assim, conseguimos destruir o relacionamento, o convivio, com mesquinharias, problemas pequenos, egoismos e orgulho. Uma pena... restou só o sofrer, o lembra, o "E se..." que você mencionou.

beijinhos

Anônimo disse...

Marco querido,
gosto muito de João Bosco, mas não tenho nenhum disco dele.
Adorei sua postagem de hoje, maravilhoso falar de amor..
O amor pra mim é tremer de perna,um riso bobo na cara,frio na barriga com ciumes de olhares alheios,vontade que o tempo pare na hora do beijo, que a pele esteja a flor do arrepio.Amar é bem querer, auto-estima,cumplicidade.Amar é estado do melhor espírito.
Ufa! falar de amor é bom né querido? Ai,ai...rsss
Lindo findi meu anjo que seja cheio de amor pra dar e receber.
beijosssssssssss

Anônimo disse...

Ola, estou aqui conhecendo o seu blog e encantada com seu trabalho,parabéns.
Ofereço a vc o award bola de ouro nr 6 e o award especial( cliq no selo preto na lateral de meu blog”vc é destaq?ganhou prêmios?Pegue aqui) e pegue-os.AH! faça a inscrição pra destaq no lua em Poemas.
Posso linkar seu blog junto com o de meus amigos?
Bjs e um bom final de semana.

Anônimo disse...

oi querido Marco,quando o amor acontece é ver o dia nascer como nunca vimos,é olhar o céu e ver as estrelas brilharem de modo diferente ,é ouvir uma melodia e se imaginar com a pessoa amada,enfim o amor é um encantamento é uma magia natural,espontanea e sem igual,te adoro,deixo meu carinho a ti bjsssss

Lunna Guedes disse...

Bem, eu poderia simplificar e dizer que apenas acontece... Mas é que quando o amor acontece a gente brinca de rejuvenecer, sorrir intensamente pelos quatro cantos da face... Se encanta com o mundo porque acaba por descobrir coisas que até então não estavam lá (a bem da verdade estavam, mas nós estavamos distraídos demais)... Por fim, a gente começa a entender que existem diversas formas de beleza e só uma realmente importa: a da alma... E todas as almas são lindas quando o amor acontece...
Acho que o amor é um verso de poema fadado a ser eterno e sincero em suas palavras...
Beijos com poesia, um excelente fim de semana... Uma excelente transformação da Lua Crescente pra você...

Anônimo disse...

Marco querido,
está lá no meu cantinho minhas palavras sobre o que é amar, do jeitinho que vc pediu.
beijossssssssss

Luma Rosa disse...

Taí um dos meus arrependimentos, desfazer dos meus vinis. Mas dei para alguém que cuida com carinho.
Amores...Quem sabe eu não responda essa pergunta lá no luz?
Vou ali refrescar a memória, tomar um golinho d'agua e já volto!

Luiz Henrique Oliveira disse...

“Aí diz o meu coração: que prazer tem bater se ela não vai ouvir?”

Só isso já bastaria, Marco.
Genial.


Adoro João Bosco. Adoro música brasileira. Adoro música.


Um abraço, e desculpa o comentário curto!

Cristiano Contreiras disse...

BOSCO ME DEFINE!
eu tenho tanto o LP, quando a fita cassete e agora um cd - tudo devido à paixão e fanatismo de minha mae.

'Desenho de Giz' é minha musica mor!
amo.

abraços

Anônimo disse...

Gostei muito deste seu espaço,MARCO.
Espero voltar mais vezes.
Otimo final de semana a vc
Abraços!

Anônimo disse...

Marco
que voto é esse que me deu anjo?
Best sei lá o que ? rsssss
Tá bom...se votou tá votado mas nem eu sei que concorro,aff!
Obrigada por ter gostado da minha definição do que é amar...é assim que sinto,é assim que sou.
Dia lindo e bom jogo!!!
beijosssssssssssss

Anônimo disse...

Amigo Marco, meu escriba predileto! Belezura de texto esse, menino... falar de amor e tão fácil e tão difícil: só sei que sempre acontece comigo - apaixono-me a todo o instante, a todo o tempo, por tudo, todos, por uma idéia, por uma palavra, pelo amor!
Carinhos e beijos

Fugu disse...

Marco, meu querido, você vê que estou fazendo um blog desde fevereiro em busca de uma resposta para esse mistério. E ainda não encontrei! Mas veja que coisa linda - com este texto delicioso, você me ajudou a encontrar a pergunta. beijo você!

Evandro C. Guimarães disse...

Não sou particularmente fã de João Bosco mas, também, conheço muito pouco.
Quanto a pergunta deixada no post, Quando o amor acontece...ele suplanta os outros sentimentos, ele sufoca, morde e assopra, desespera, mas, quando se concretiza, ele cura, alegra, melhora, ilumina, recria, faz renascer, nos levanta, nos faz levitar, nos faz voar, nos faz vencer e nos mostra o que é viver!E muitas outras coisas... Pelo menos comigo foi assim! Um grande abraço!

Anônimo disse...

Marco, antes de começar a chorar, vou falar uma coisa. Lendo o seu perfil vi que temos algo em comum: Os livros do Érico Veríssimo. Li quase todos. E me apaixonei sobretudo por aquele infanto-juvenil MÚSICA AO LONGE, com aquela história do livro Gotas de Cetim, acho que é isso... Clarissa apaixonada por aqueles poemas...
O interessante ali, e que deveria ser empregado aqui, é aquele paralelo/paradoxo/antítese entre o REAL x IDEAL. Isto hoje na net iria ajudar muita gente a entender quem pode estar por trás da tela do computador... Estou falando da imagem que ela fazia do poema e do susto quando o encontrou pessoalmente naquela festa.
Quanto ao choro, incrível, qdo a minha tira morreu (nós nos adorávemos. Ela era uma pessoa que precisa de alguém dize coisas boas pra ela, e eu tentava... bem quando ela morreu, estava com o sim ligado e ouvi essa música QUANDO O AMOR ACONTECE. No momento me pareceu tão triste... aí vc entende, comecei a chorar. E sempre me lembro dela com a música. Estranho... deculpe as bobagens e obrigado pela presença na estréia da minissérie.
Abraços.

Saramar disse...

Marco, querido, muito obrigada por seu exagero lá no Janelas. Adorei.
Como não colo links lá, coloquei o seu no meu outro blog: http://flanarfalares.blogsot.com
Depois, se quiser, passe por lá.

Beijos

Lara disse...

Hum.. então acho que na Copa do Brasil estaremos em lados opostos, hein? hehehe

beijinhos

Claudinha ੴ disse...

Marco, eu tentei responder lá no blog. Mas sobre o amor, sempre faltarão palavras...
Beijo e ótima semana para você!

Anônimo disse...

Marco, a pergunta que não quer calar, ou a resposta que não quer falar? É dificílimo falar sobre o amor; mais difícil ainda sobre o que acontece quando o amor acontece. Eu, pelo menos, por mais que me esforce, confesso que ainda não encontrei palavras suficientes para descrever esse sentimento que é o principal alimento da alma dos poetas e a mola propulsora da humanidade. Confesso que sou um "amante" eterno, pois estou em permanente estado de graça, amando... alguém, alguma coisa, um sonho, uma esperança, uma idéia... mas não me sinto capaz de falar sobre toda a revolução que, a cada momento, me faz vibrar o coração. Mas fico com suas inspiradíssimas palavras e, principalmente com sua lembrança deste grande artista que nos legou tantas ternuras, como a eterna Papel Machê.

Abração,

Anônimo disse...

Marco, respondi a pergunta difícil que vc lançou.
Beijo!

Anônimo disse...

tá apaixonado né??????

tá com jeito de quem está é muito apaixonado...rs

acertei?????
acertei né???
e não vem com essa de que estou sempre apaixonado...rsrs
(brincadeiras à parte)

o que acontece quando o amor acontece...rs???
ah...é uma festa...rsrs
um grande baile na cabeça da gente, né não?
tem música tocando o dia todo, só tem sol...água pura...e luar lindo.
Tem coração batucando, pernas bambas e gelinho na barriga...que é uma delícia, uma deliciosa paixão que pode ou não virar aquele amor que perpetua e vira então depois uma deliciosa amizade, uma deliciosa cumplicidade , de viver o dia a dia , todo dia.
Já falamos sobre isso não é amigo?
Mas isso nunca cansa...
Nunca fica fora de moda...

Amar é sempre atual.

Por isso seja regado a muita paixão ou muita amizade...é sempre bom amar...e então, as coisas vão acontecendo...a seu tempo.

Um enorme beijo no coração

Paulo Assumpção disse...

Grande Marco, escrever sobre o amor não é tarefa das mais fáceis para mim. Amar de verdade, só amei uma vez na vida. Pensei que seria para sempre. Mas não foi. Como isso dói, né? Contudo, ainda guardo esperança de que o amor aconteça novamente em minha vida. Assim que acontecer, aceitarei a sua proposta de escrita. Abração!

Marco disse...

Não tem erro...É só escrever sobre o Amor e o povo entra na mesma sintonia...Muito, muito obrigado a todos os que responderam ao meu convite.

Querida Vendetta: Fico esperando a sua resposta! Eu me sinto honrado em saber que meus textos te inspiram a também escreve sobre suas antigas ternuras...

Querida Ana Carla: E lá foi voc~e com um talento enorme escrever sobre esse tal de amor! Já li e gostei muitão. Você que gosta de postar letras de música, pegue a letra de "Desenho de giz". É belíssima!

Minha doce Claudinha: Nunca é simples falar de nossos sentimentos, não é? Mas li o que escreveu e é extremamente lindo.

Querida Saramar: Sim, conheço a "Caça a Raposa". Inclusive ela dá nome a um dos melhores álbuns do Bosco.
Você escreveu lindamente. O meu texto empalideceu diante do seu. Parabéns.

Querida Maria Eduarda: Eu considero este disco como uma preciosidade.
E no amor acontecem essas coisas mesmo. Por mais que vivamos, somos aprendizes no amar. E sempre estamos tentando aprender. o que é ótimo.

Querida Marcinha: Já li o que escreveu e está divino! Já recomendei para todos para não perderem a chance de ler um texto esplêndido.

Cara Claire: Concordo com tudo o que escreveu. Nossa fragilidade, atenção, sensibilidade, egocentrismo, modéstia, gratidão...Características de nossa humanidade, que se revela mais acentuadamente quando amamos.

Querida Nancy: Que prazer em tê-la por aqui! E ainda vem me concedendo tão singelo prêmio! Muito obrigado, querida! Só não sei colar selos no meu blog. Sou um tanto atrapalhado com essas coisas. Mas me senti honrado com a sua cortesia.

Linda Samara: Você está certíssima em suas definições sobre esta magia chamada amor...Obrigado pelo carinho...

Querida Luna: "O amor é um verso de poema fadado a ser eterno"...Caramba! Você viu que coisa linda você escreveu? Muito bacana o seu comentário. Parabéns!

Doce Luma: Ah, eu gostaria de ler a sua opinião, sim!
E se os seus vinis estão em boas mãos, então está tudo certo!

Grande Luiz! Que prazer tê-lo por aqui! Pois é. eu considero este verso como um dos grandes da língua Portuguesa. E é bom saber que você concorda comigo! Abração!

Grande Cristiano: Também sou fã do João Bosco. E dessas músicas que citei.

Grade DO: Prazer em tê-lo por aqui. Volte, sim. Ficarei muito feliz em ter seus comentários.

Querida Giulia: Ser o seu "escriba predileto" é razão de muito orgulho e posso te dizer que seus poemas estão entre os meus prediletos também. Você me lembrou Vinícius que também ardia em eterna paixão.

Querida Fugu: Eu te ajudei a escontrar a pergunta? ganhei meu dia! Quando uma pergunta consegue ser definida fica mais fácil encontrar a resposta, não é?

Grande Evandro: Eu o convido a ouvir mais João Bosco. a sua sensibilidade de amante da boa música só terá a ganhar.
E gostei muito de saber suas impressões sobre essa interrogação chamada Amor. Que bom que deu certo com você!

Grande Rubo: Li e reli o seu comentário algumas vezes. É emocionante saber que um texto meu te emocionou ao provocar antigas ternuras. É exatamente este o objetivo que almejo nessas linhas virtuais. Mesmo quando escrevo minhas gaiatices, quero levar os amigos a refletirem sobre seus bons momentos. Gostei muito do seu comentário. Muito mesmo.

Grande Zeca: Que bom vê-lo de volta a este blog. Não é tarefa fácil falar sobre as sensações do Amor. Os meus amigos que tentaram talvez tenham sido mais objetivos e corretos do que minhas vãs tentativas.
Você também, como Vinícius, optou por viver em estado de amor. E deve saber a dor e a delícia desta opção.

Doce Claudia: Que coisa curiosa... Algumas das amigas que responderam nos seus blogs a esta pergunta também foram inquiridas sobre se estavam apaixonadas...Falar de amor muitas vezes dá essa impressão. Você, que é uma poetisa de mão cheia, deve saber disso melhor que ninguém.
Todo esse baile, toda essa festa de que você tão acertadamente falou sobre o que acontece quando o amor acontece faz a gente realmente "dançar" (com trocadilho, por favor). E é bom dançar numa melodia e nos nossos sentimentos, não é?
Algo nos acontece e colocamos o coração no varal para ele balançar feito roupas comuns, coarando ao sol. E sabemos que isso é bom.

Grande Paulo: Não é fácil pra ninguém, pode acreditar. nunca chegamos a uma conclusão definitiva. Cada vez que nos enredamos nas malhas do amor parece ser a primeira vez. Certamente você terá a chance de se enredar de novo e constatará o que eu digo.

A todos, mais uma vez obrigado! Abraços e beijinhos e carinhos e ternuras sem ter fim!