domingo, agosto 28, 2005

Napoleão esteve perto do Brasil


Dia desses, eu estava conversando com o Prof. Dr. Nelson Senra sobre os príncipes de Joinville. Daí que ele me disse que o príncipe foi um grande navegador, tendo sido, inclusive, incumbido pelo pai, o rei de França Luis Felipe, de ir à ilha de Santa Helena para transportar os restos mortais de Napoleão Bonaparte para a pátria natal.
Nelson me disse que tinha lido em algum lugar que o filho do rei francês estivera no Brasil antes e se apaixonara pela irmã de Pedro II. Algum tempo depois dele cumprir a missão que lhe fôra dada, chegou ao Rio para casar-se com a princesa brasileira.
Quando ele contou esta história, senti que dava um bom texto aqui para o blog. Claro que, como jornalista, eu tinha que apurar a “matéria”.
De qualquer forma, ao investigar o “causo” acabei descobrindo fatos que desconhecia e que, imagino, sejam também desconhecidos do grande público. Por exemplo: a ilha de Santa Helena, onde Napoleão Bonaparte foi aprisionado pelos ingleses, depois de ter perdido a guerra em Waterloo (nada a ver com aquela frase que todo engraçadinho diz quando encontra uma moça na posição cabeça para baixo e bunda para cima...), em 1815, fica no Atlântico Sul. A localização mais aproximada seria, entre o Brasil e a África, mais perto da costa da Namíbia do que do litoral brasileiro, na altura do sul da Bahia, mais ou menos em linha reta para dentro do mar, a partir da cidade de Ilhéus.

Isso eu não sabia. Imaginava que a ilha de Santa Helena ficasse no Atlântico Norte, mais próxima da Europa. E, no entanto, o corso baixinho, padroeiro dos doidos varridos de piada de hospício, viveu seus últimos anos logo ali, quase em frente da terra do Nacib e da Gabriela!

E olha que nem ficava tão longe assim. Quando o Amir Klynk atravessou o Atlântico Sul em barco a remo, saindo da África para o Brasil, ele passou pela ilha de Santa Helena. Quer dizer, se Napoleão conseguisse fugir da ilha, não seria difícil vir para o Brasil (taí um bom tema para um romance: “o dia em que Napoleão fugiu para o Brasil”). Não seria uma boa idéia, visto que a Família Real portuguesa, que fugira dele, ainda estava por aqui.
Mas sobre o “causo” dos príncipes de Joinville, no texto abaixo conto tudo o que apurei.
M.S.

9 comentários:

Anônimo disse...

A escolha de Santa Helena como prisão de Napoleão está justamente no fato de ser beeeeeeeemmmmmmmm distante da Europa. Assim, os ingleses tinham uma garantia de que o velho imperador não faria novamente a gracinha que fez ao escapar de Elba, no Mediterrâneo. Não sei se descobriu isto em suas pesquisas, mas antes de ser desterrado, Napoleão planejou fazer uma viagem às Américas. Só que na condição de naturalista. Dizia-se desgostoso com a política.

Anônimo disse...

Acredito que se ele não esteve aqui, com certeza uma mulher brasiliera deve ter estado lá, e ficado grávida, e a geração de Napoleão e sua suposta loucura a gente sabe bem que herdou: O prefeito Maluquinho do Rio! ùnica explicação para sua megalomania. Marcos você consegui explicar algo que muitos procuravam. Parabéns!

Anônimo disse...

Como poderia esquecer. Muito bacana as animações.

Marco disse...

Paulo: Eu não sabia que o Napoleão pretendia fazer um tour pelas Américas...E como naturalista, é? Se ele pisasse no Brasil, certamente seria preso por ordem do Príncipe Regente (depois de 1821, El Rey) D. João. Mas se ele fosse para a América Espanhola ou para os EUA, tudo bem. Poderia zanzar à vontade. Aliás, nos Esteites ele iria virar celebridade. Americano sempre achou francês muito chique.
Leônio: Rapaz! Essa sua hipótese de que o Cesar blogueiro Maia é descendente de Napoleão dá uma tese de doutorado! Alguém precisa pesquisar isso!
Gostou das animações? É que eu tenho um professor de template que é o seguinte...
(Em tempo: o meu nome não tem “S”. É só Marco. No singular.)

Anônimo disse...

É bom quando um "leigo" escreve sobre História (vide Eduardo Bueno). A academia tira um pouco o calor dos fatos, numa inútil tentativa de neutralidade científica. Interessante a coincidência dos professores, dá até para acreditar na teoria dos "memes". Ou não. Talvez seja uma questão de gostos se denunciando pelos textos ou assuntos. P.S.: o orkut está em manutenção. Talvez assim o Ronie dê as caras. Ou não. Depois da taca que o bacalhau levou... P.S: ou não. ou não. ou não.

Marco disse...

Ou sim, amigo Lucio. Eu e o Eduardo "Peninha" Bueno temos em comum o fato de sermos jornalistas e amantes da História. Eu já até escrevi um texto no AT (está nos arquivos de junho, acho) sobre os pontos de contato entre a investigação jornalística e a pesquisa histórica. Sobre a "coincidência" dos professores de História, prefiro acreditar no bom e velho Jung e sua Teoria da Sincronicidade. Realmente, o bacalhoso do Ronie está sumido. Ainda não voltou de Fortaleza, onde levou uma coça...

Anônimo disse...

Marcos a conscidência está no fato que eu e o Lúcio fizemos História e o Ronie Geografia. "Santa conscidência Batmam"

Marco disse...

Taí, Leônios, a razão de nossas afinidades. Em breve postarei outros textos com meus estudos em História.

Unknown disse...

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