terça-feira, agosto 25, 2009

A lua em crescente


Ontem
A palavra “árabe” pode significar “claro, compreensível” e também pode ter a denotação “nômade”. Pela Bíblia, é o povo da descendência de Ismael, o filho do patriarca hebreu Abraão com Agar, a serva de sua esposa Sara.

Pela História, o povo árabe originou-se de tribos que ocuparam a península arábica, vindos do Iêmen e do norte da região onde hoje está a Arábia Saudita. No Século VII, Maomé difundiu os princípios da religião muçulmana por toda a península arábica. Em pouco mais de cem anos, os árabes invadiram terras vizinhas e expandiram seu império da península ibérica até a Ásia Central. No Século XV, perderam Portugal e Espanha, mas ocuparam Constantinopla, a sede do antigo império romano do Oriente. A religião islamita jamais deixaria o norte e parte do oeste da África, a Turquia, o Oriente Médio e parte da Ásia Central.
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Hoje
O Islã já não mais invade e anexa terras. Aliás, desde que a China invadiu o Tibete e o pegou para si, em 1950, ninguém mais pode fazer isso. Os limites nacionais estabelecidos depois da II Guerra Mundial, de forma geral, permaneceram (a não ser quando uma região resolve se tornar independente) e se algum país fica de olho gordo para cima de outro, recebe a reprovação dos demais Estados.

No entanto, a religião muçulmana não para de crescer e, estatisticamente, já é a com maior número de seguidores em todo o mundo, ultrapassando o catolicismo. Isso, sem precisar sacar aquela espada curva e gritar “morra, cão infiel!” pros inimigos. Em muitos lugares já se vê mais a lua crescente que a cruz.
O Islã nasceu na Arábia, mas hoje só 15% dos muçulmanos são árabes. A Indonésia, com 238 milhões de habitantes, é o maior país de seguidores do islamismo no planeta.
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O Islã tem princípios básicos que são seguidos por todos os que professam a fé em Alá. Todavia, não se pode dizer que seja uma religião monolítica. Eles tem diversas divisões e cada qual dessas partições pensa de modo diferente, vê o mundo de forma diferenciada. Mas, da mesma forma que os cristãos tem por princípio evangelizar toda criatura, os muçulmanos também não vão sossegar enquanto todo mundo não seguir os ensinamentos do profeta Maomé. Nessa espécie de fla x flu, a turma da esfiha já virou o jogo e está claramente vencendo.
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Amanhã
Quem conhece o jogo War (jogo de tabuleiro com cada participante dispondo suas fichas pelos países do mundo, ganhando o jogo que cumprir com o objetivo de domínio de território e poder sobre os inimigos), sabe o que virá em seguida.

Países serão ocupados, mas não pela força das armas. Será uma ocupação lenta, gradual, porém irreversível. Os dados já estão lançados.
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Resta saber qual vertente islâmica vai prevalecer no planeta: a fundamentalista ou a esclarecida? Por conta dos atos de terrorismo executados por segmentos muçulmanos, toma-se todo o Islã como sendo “fundamentalista faca nos dentes”. Nada mais errado. O Islã já foi sinônimo de iluminismo na mundo, isso lá por volta dos Séculos XI e XII. Enquanto o mundo dito “cristão” caía em trevas medievais, autores, filósofos, bibliotecários árabes salvavam obras dos clássicos gregos da sanha obscurantista européia. A ciência deve e muito aos árabes. O próprio alfabeto moderno e a matemática tem DNA árabe islâmico. Voltaire, pensador iluminista francês, foi profundamente influenciado pela cultura muçulmana. O filósofo árabe Ibn Khaldun é considerado um precursor da moderna historiografia, sociologia e economia.
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Agora, se prevalecerá o fundamentalismo muçulmano, como o vemos atualmente, aí teremos uma nova Idade das Trevas. Movimentos sociais importantes, como a luta pelos direitos da Mulher, retrocederão ao tempo dos archotes.

Depois de ter lido estas minhas curtas reflexões, convido o meu gentil leitor a ver este vídeo abaixo. Ele foi produzido pela Igreja Batista, mas peço que ignorem essa parte. Acompanhem os dados e as informações que eles apresentam e reflita.

M.S.
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Na TV Antigas Ternuras, você vê o vídeo “Mundo Muçulmano”.
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Este é o convite para o lançamento do livro "Humor Vermelho", uma coletânia de textos de humor para a qual fui convidado, colaborando com uma modesta crônica.
O convite é para os queridos amigos que me prestigiam aqui e queiram me prestigiar no dia 1 de setembro, a partir das 19h, na Livraria da Travessa do Shopping Leblon.

quinta-feira, agosto 20, 2009

Era só o que faltava!


Quando esse negócio de “politicamente correto” começou, eu até achava engraçado. Não dava para levar a sério aquela história de chamar pessoas baixas de “verticalmente prejudicadas”... Pois é. O “movimento” foi crescendo, as piadas sobre isso circulando pela Internet, ninguém acreditava que aquela onda fosse prejudicar quem quer que fosse. Claro, também riram daquele rapaz com bigodinho ridículo, que discursava feito um alucinado na Alemanha do início dos anos 30. Ninguém cria ser para valer mesmo aquele senhor de cabelos desgrenhados e caspas nos ombros dizendo que seria presidente e iria passar uma vassoura nos problemas do país. Tinha também aquele que arregalava os olhos raivosamente e prometia caçar marajás, e muito gente achava que aquilo não iria para frente. Deu no que deu.
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O movimento “politicamente correto”, sob a alegação de proteger minorias e corrigir injustiças, está crescendo, se espalhando, de olho em tudo e em todos, feito o “Big Brother”, o “Grande Irmão” preconizado pelo escritor George Orwell. Você, amigo blogueiro, nem desconfia que o seu blog é minuciosamente lido por gente que vive à espreita, PATRULHANDO, pronto para dar o bote ao menor sinal de algo que eles supõem ser algum tipo de discriminação. Eu imagino que periodicamente eles escrevam algumas palavras-chave no Google e ai daqueles que são dedurados pelo procurador de sites! Para eles, não interessa o contexto. Se usou as palavras prescritas, ganha um processo.
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Foi o que aconteceu com nosso companheiro blogueiro, o Marcos Dhotta, do Caríssimas Catrevagens, que tem um blog saudosista como este meu, que você, amigo, está visitando no momento. Aliás, ele me escreveu assegurando que se inspirou no Antigas Ternuras para criar um blog “totalmente retrô”, como disse.
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Hoje o Marcos está sendo processado, acusado de “racismo” por, segundo escreveu, um “grupo militante de Direitos Humanos”. O seu crime foi escrever um post sobre o antigo sabonete Phebo, se referindo a ele como “o pretinho que satisfaz” e “meu escurinho sabonete glicerinado” (se quiser ler o post “Indignação!” do Marcos, clique aqui). Creio que o grupo quer banir do vocabulário nacional as palavras “pretinho” e “escurinho”. Não podemos usar estas palavras, seja em qualquer contexto, mesmo que esteja falando de um mero sabonete.
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Portanto, amiga leitora, se você for a uma festa e quiser usar aquele vestido cor de ébano, deve chamá-lo de “afrodescendentezinho básico”. Se o Gonzaguinha estivesse vivo, teria que trocar a letra da sua música “Feijão Maravilha”, alterando aquele verso para “o afrodescendente que satisfaz”. A mesma coisa com aquele samba clássico de Geraldo Pereira, gravado até por Gilberto Gil. A letra teria que mudar para “o afrodescendentezinho era um afrodescendente direitinho/Agora está com a mania de brigão/Parece praga de madrinha/ Ou macumba de alguma afrodescendentezinha que lhe fez ingratidão...” Falando no cantor baiano, sua filha vai ter que mudar o nome para Afrodescendente Gil. A face da lua que não se mostra iluminada para nós será doravante chamada de “o lado afrodescendente da lua”.
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Cuidado, caros blogueiros! Depois dos plagiadores, esses chupadores de textos descarados que assolam a blogosfera (e já copiaram sem nenhuma vergonha na cara textos do Marcos Pontes, da Luma, da Claudinha e de tantos outros colegas), a nova ameaça agora é ser processado, acusado de racismo por usar palavras que eles estão proibindo. Eles se acham no direito de censurar o que você escreve, determinando que palavras você deve usar. Se não atendê-los, processam. E se dizem defensores de “direitos humanos”...
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E para estes senhores que escreverem no Google as palavras “preto”, “pretinho”, “escurinho” e porventura darem com os costados neste meu humilde blog lido por seus 17 leitores dignos e sérios, e resolvam me processar, acusando-me de “racista”, gostaria de dizer algumas palavras:
O blog Antigas Ternuras SEMPRE defendeu a cultura brasileira, nossa cultura mestiça, fruto de três raças que no Brasil se amalgamaram e criaram a maior e mais bela diversidade cultural de todo o mundo. Esta página SEMPRE repudiará toda e qualquer discriminação de cor, opção sexual, credo religioso e/ou político. Aqui, sempre se dirá que RACISMO É CRIME e também uma das coisas mais odiosas que existe na face da Terra. Sou neto de duas mulatas que se uniram a dois portugueses (existe união mais brasileira que esta?), logo, sou mestiço, tenho sangue negro nas veias e me orgulho disso. Alguns de meus melhores amigos são negros ou mestiços, assim como quase todos os meus parentes, eu tenho profundo carinho, admiração e respeito por todos eles. Sempre que houver alguma manifestação séria contra discriminação de qualquer espécie, eu estarei cerrando fileiras contra essa coisa abjeta que aparta seres humanos. Repilo com todas as minhas forças o preconceito de qualquer espécie.
ABAIXO O RACISMO!
Esse grupo de “direitos humanos” que está processando o Marcos por ele chamar sabonete de escurinho está prestando um desserviço à gloriosa luta do Movimento Negro, aos ideais de um de meus ídolos, José do Patrocínio, à resistência de pessoas sérias comprometidas com o enfrentamento do preconceito em suas manifestações.
Era o que eu tinha a dizer. Portanto, se alguém resolver me processar, me acusar de racista por eu ter escrito as citadas palavras, poderá fazê-lo. Leve-me às barras dos tribunais, mas leve com este texto inteiro, não pince palavras fora do contexto. E mais: pode me processar, pode me acusar. Mas saiba que eu também o processarei com base no artigos 138 e 139 do Código Penal (calúnia, difamação e ofensas morais).
E não tente me censurar.
M.S.
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Na Rádio Antigas Ternuras, você ouve Chico Buarque e Milton Nascimento cantando o clássico da MPB, “Cálice”, de Chico e Gilberto Gil.

segunda-feira, agosto 10, 2009

Carta aberta ao senador José Sarney


Senador,
O senhor não me conhece. Sou um simples e anônimo cidadão brasileiro, que paga impostos, segue as regras, conhece seus direitos e deveres como tantos que vivem neste país. Bem sei que no Nordeste, região onde o senhor nasceu, ao se conhecer alguém é costume perguntar: “você é filho de quem, menino?” Vou me antecipar à sua pergunta e dar logo a resposta.
Sou Marco, filho de João e Ruth. Meu pai, já falecido, era filho de uma lavadeira; minha mãe, ainda viva graças ao bom Deus, é filha de uma mulher que fazia roupinhas de bebê de tricô e pedia aos filhos para venderem de porta em porta. Tanto meu pai quanto minha mãe foram criados em famílias muito simples, ambos passaram dificuldades, ambos, conheceram o que é fome. Mesmo assim, minhas avós eram muito rígidas na educação dos filhos. Preferiam passar necessidade a tirar o que fosse de alguém.
Eles passaram estes valores para mim e para meus irmãos. Muitas vezes ouvi minha mãe dizer: “se não é seu, não pegue”.
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Uma vez, peguei um troco de compras sobre a cômoda. Quando meus pais descobriram, levei um corretivo ouvindo: “filho meu não vai ser ladrão!”; “não crio filho para roubar!”. Mais que as palmadas e admoestações que eu e meus irmãos tomamos, tínhamos o exemplo que os dois nos davam sempre. Não basta mandar o filho ser direito, tem que dar o exemplo e ser direito para ele ver que este é o comportamento certo.
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Hoje, meus irmãos passam aos seus filhos os mesmos valores adquiridos de nossos pais, que por sua vez, os adquiriram de seus pais. Eu, como tio (não tenho filhos), faço a minha parte dando exemplo e procurando ser um cidadão em que meus sobrinhos podem se espelhar. Pois é, senador... Assim se forjam cidadãos. Pessoas honestas que passam bons exemplos e valores para filhos e netos.
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Daí que tenho acompanhado as notícias que emanam do Senado, uma Casa onde pontificaram pessoas ilustres e honestas como o Visconde de Rio Branco, o Duque de Caxias, o educador Francisco Correia, Epitácio Pessoa, Ruy Barbosa e tantos outros. Fico estarrecido, senador, com seus atos - secretos ou escancarados - como presidente do Senado e me pergunto: será que seus pais lhe passaram valores morais? Os mesmos que meus pais me passaram? Não sei responder a isso. Mas posso, com toda certeza, garantir que o senhor não dá exemplos de honestidade e honradez para seus filhos e netos. Por consequência, seus filhos não passam para os filhos deles e eles igualmente não passam adiante.
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Como os pais dos meus pais, senador, sei que os seus foram pessoas humildes, gente do povo. Talvez tenham lhe dado uma criação dentro de valores éticos e morais. E por que o senhor não os coloca em prática? Por que o senhor insiste em envergonhar a memória de seus pais? O senhor tem noção do mal que está fazendo à sua biografia? Aos seus filhos? Aos seus netos? O senhor sabe que está envergonhando toda uma nação? Vi nos sites dos jornais El Clarín e New York Times matérias de primeira página falando de “corrupção no Senado brasileiro”. O senhor acha isso justo para milhões de brasileiros que trabalham honestamente e tentam educar os filhos dentro da moral e bons costumes? Ah, senador... Não sei se o senhor acredita em Deus, mas com certeza o seu “deus” não é o meu Deus, nem o Deus de meus pais.
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Apelo para o senhor dar mais valor à sua família, aos seus filhos e netos e menos a ambições pessoais e busca insaciável por poder. Deixe o Senado, vá para sua mansão no Maranhão. Fique lá admirando as obras sacras e artísticas que o senhor pegou emprestado do museu de São Luiz, reflita sentado na praça que o senhor arrancou também por empréstimo da cidade e transportou para sua propriedade, pedra por pedra.
A sua saída de cena fará bem ao país, pode acreditar. Converse com seus filhos. Fale para sua neta que, como avô extremado que é, faz melhor em negar-lhe o pedido de emprego para o namorado do que dar-lhe o mau exemplo de um péssimo homem público.
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Peço desculpas pela ousadia de lhe dar conselhos, tendo eu idade para ser seu filho. Mas, como bem disse Billy Burke, “a idade não tem importância, a não ser que você seja um queijo”.
É, senador. Já dizia o Gonzaguinha:
A gente quer viver pleno direito
A gente quer viver todo respeito
A gente quer viver uma nação
A gente quer é ser um cidadão

Cordialmente,
Um brasileiro que consegue se olhar no espelho.

(Este texto atende ao pedido do amigo DO, do blog Ramsés do Século XXI, que convocou blogueiros a participarem da postagem coletiva “Xô, Sarney!”. Não costumo participar de blogagens coletivas, meu blog é temático e nem sempre os temas sugeridos combinam com a minha proposta aqui. Mas não há como dizer não para um pedido de um amigo...)
M.S.
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Na Rádio Antigas Ternuras, você ouve Gonzaguinha cantando, de sua autoria, “É”. Este grande compositor soube, muito melhor do que eu, expressar a indignidade contra os que desrespeitam a gente honesta do povo.

terça-feira, agosto 04, 2009

Poucas e boas


Como ando um tanto enrolado com meus afazeres (para variar...), a postagem da semana vai ser na base de um bom picadinho. Está servido?
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Fantasias
Você tem alguma fantasia secreta?

Não falo de fantasias sexuais banais como transar descendo num elevador, vestido de Bob Esponja, de cabeça para baixo numa cadeira de balanço, rodeado por quatro anões albinos nus besuntados de iogurte de ameixa, usando como instrumentos eróticos uma batedeira de bolo, uma lata de banha e três porquinhos da Índia, tudo ao som de “Ilarilariê”, cantado pela Xuxa.

Não, eu falo de coisas muito difíceis de acontecerem, como ser convidado pelo sheik dono deste barquinho da foto para dar uma voltinha, ou se hospedar no Palácio de Buckingham, ou convencer o Sarney a distribuir sua fortuna entre os pobres do Maranhão, ou ainda ver o Botafogo campeão mundial de futebol. Enfim, qual seria a sua fantasia pra valer, mesmo?
A minha, revelo agora: Receber um convite para excursionar com alguma peça que eu esteja encenando e em plena viagem ser sorteado para receber um passe perpétuo de uma companhia de aviação para viajar para onde quiser e quando quiser.
Por que eu estou falando nisso? É porque ando com uma vontade enorme de botar o pé no jato e cair no mundo... Preciso mesmo de umas férias.
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Presente de amigo
A Graça Lacerda, do Os Botões de Madrepérola, e seu esposo são assíduos leitores desta antiga cristaleira de velhas emoções, como costumo apelidar meu modesto blog. E para expressar essa preferência, a Graça me mimoseou com este acróstico muito carinhoso. Vai para a minha galeria de prêmios, amiga! Muito agradeço por sua atenção e generosidade. Em algum lugar no futuro vou relembrar estes caros presentes como minhas eternas ternuras.

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Atchim!
Tirando as bandalheiras do Senado, só se fala nesta tal Influenza A, também chamada de H1N1, ou no popular “gripe suína”. Será que ela vai recrudescer? Será que vai se extinguir no fim do verão? É uma pandemia apocalíptica? É só uma doença sazonal que mata menos do que a gripe comum? É a nova Gripe Espanhola? Quanto às outras perguntas, não sei, mas com certeza, não é uma nova espanhola. No meu livro “Popularíssimo – O ator Brandão e seu tempo" (esse que aparece ao lado) escrevi sobre a maledetta que baixou no Brasil em setembro de 1918. Vejam um trecho:

“A cidade ficou vazia. Várias residências mantinham cadáveres em casa, aguardando viaturas da Saúde Pública passarem para removê-los. Caminhões e carroças trafegavam abarrotados de corpos. O Rio tinha virado cenário para o Inferno de Dante. No Cemitério de São Francisco, no bairro do Caju, o panorama macabro era ainda pior. Centenas e centenas de cadáveres aguardando sepulturas, muitos seriam enterrados em covas rasas por poucos voluntários e por detentos da penitenciária que eram obrigados a fazer aquele serviço tétrico. Só em uma tarde, mais de 300 corpos chegaram ao Cemitério do Caju. O calor abafado só piorava a situação. (...)
Só em novembro a gripe começou a dar sinais de estar arrefecendo. Em pouco mais de 40 dias, quase 13 mil pessoas tinham deixado de existir somente na capital do País. Desses, segundo dados divulgados no Boletim Mensal de Estatística Demografo-Sanitária da Cidade do Rio de Janeiro, cerca de 9 mil faleceram de gripe apenas no mês de outubro.(...)
De 20 a 25 de outubro foram os dias mais críticos. Pessoas morriam como moscas, até mesmo andando pela rua. De 19 a 21, mais de 1500 pessoas morreram vitimadas pela gripe. Só no dia 22 houve cerca de 1000 mortos em razão da doença.”
Vocês acreditam que isso vai acontecer por aqui?
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Do Antigas Ternuras para o mundo!

A minha querida amiga Isabela Saes, que por sinal é madrinha deste blog, me convidou para participar de uma antologia de textos de humor com algum de meus trabalhos. Enviei um de meus posts que agradou bastante por aqui, o “Escutando cabelo crescer”. Pois não é que o dito cujo foi selecionado e participará do livro “Humor Vermelho”, ao lado de textos de grandes feras do humor, como Antonio Tabet (do Kibe Loco), Leo Jaime, Fernando Caruso, a própria Isabela e outros? O lançamento do livro será na Livraria da Travessa do Shopping Leblon, no dia 1 de setembro, a partir das 19h. É claro que os meus amigos blogueiros que estiverem no Rio estão mais que convidados.
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Chuááá!
Num país tão carente de heróis como o nosso, surge o “Aquaman brasileiro”: Parabéns ao campeão César Cielo! E para celebrar o grande feito do Cesão, exibo o filme de um outro campeão das piscinas, no caso uma fera do salto ornamental.

M.S.