sexta-feira, junho 25, 2010

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O mundo esportivo e espectadores que acompanham a Copa do Mundo andam estarrecidos com o comportamento do técnico da Seleção Brasileira (cargo que muita gente diz ser o segundo mais importante do Brasil, abaixo somente do presidente da República...) que parece não ter papas na língua e vocifera cobras e lagartos contra a imprensa ou quem mais ele elege para ser seu inimigo (pode ser um outro jogador ou mesmo uma equipe inteira).
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Pois é. Uma boa oportunidade para voltarmos com a seção “A origem de expressões cotidianas que não sabíamos de onde vinham”. Faz tempo que eu não escrevo sobre isso. E a escolhida da vez é justamente:
Não ter papas na língua.
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(Mas antes, que tal ouvir, enquanto lê este texto, mais uma obra do nosso cancioneiro popular que a minha, a sua, a nossa Rádio Antigas Ternuras – a Rádio que toca no seu coração - traz até você.)

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Isso se diz de uma pessoa que habitualmente fala com excessiva franqueza, sem se conter, doa a quem doer. Como se sabe, uma pessoa muito franca, via de regra, costuma ser extremamente rude, pois não utiliza filtros sociais que facilitam a convivência interpessoal.

Podemos dizer que o citado Dunga se enquadra neste caso. E mais: ele tem demonstrado um comportamento ressentido, como se guardasse uma mágoa forte de alguém, ou de um coletivo de “alguéns”. Há quem diga que ele nunca perdoou a imprensa por ter denominado como “Era Dunga” a malfadada - para o Brasil - Copa de 1990. Ele já teve uma oportunidade de desabafar esta mágoa que lhe oprime o peito por ocasião da entrega da taça de 1994. Historicamente, o Bellini (1958) levantou a taça, sorriu e agradeceu; o Mauro (1962) sorriu e agradeceu; Carlos Alberto (1970) sorriu e agradeceu; o Cafu (2002) sorriu, agradeceu e fez declaração de amor à esposa. Já o Dunga, virou-se para as câmeras e começou a vociferar impropérios. Pois é... “Cada um dá o que tem dentro de si”, já dizia minha finada avozinha.
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Mas, com mil vuvuzelas, qual é a origem da expressão?
De acordo com o filólogo João Ribeiro, a expressão provavelmente vem do espanhol “no tienes pepitas en la lengua”. E pepitas, no idioma de Cervantes, de Don Quixote e Maradona, é uma película chamada pevides, que costuma revestir a língua de algumas aves, o que lhes traz problemas até para beber água. E pevide também pode ser um tipo de disartria em que o infeliz que padece desse troço fica com dificuldade de pronunciar articuladamente palavras com R. Quero crer, que diziam ter pepitas, os que tivessem dificuldades para falar. E não tê-las significava poder falar livre e desimpedidamente. Posteriormente, o pepitas virou papas, que em espanhol é batatas. Ainda assim, o sentido semântico da expressão está mantido, uma vez que falar parecendo ter batatas na boca é um impeditivo, uma dificuldade para quem quer se comunicar.
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Olha que tem hora que dá vontade de enfiar uma batata na boca do Dunga, para impedi-lo de falar as asneiras que ele costuma dizer.
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Aliás, uma coisa curiosa o apelido de “Dunga” que lhe pespegaram. No sul, “dunga” é gíria para pessoa metida a valente. Creio que o epíteto do ogro brasileiro venha daí. Mas “Dunga” é também o nome do simpático anão da turminha da Branca de Neve. Conhecendo a personalidade do técnico da seleção e lembrando do personagem do conto dos Irmãos Grimm, magistralmente representado no célebre desenho animado produzido por Walt Disney, em 1939, vemos que o Dunga não tem nada a ver com o Dunga. Um é antipático, o outro é gentil. Um fala cuspindo marimbondos, cobras e lagartos, o outro nem fala, nem faz esforço para falar, comunicando-se de outra maneira. Um parece que vive chupando limão, o outro está sempre rindo.
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O mais curioso é que no original, o anão sem barba do séquito da Branca de Neve se chama “Dopey”, palavra que, verifiquei em vários dicionários, significa “stupid, foolish, silly, clumsy” (estúpido, idiota, tolo, desajeitado). E eu pergunto a vocês que me leem: estes adjetivos cabem perfeitamente no Dunga ou no Dunga?
M.S.
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P.S. – 1: Este post já estava pronto quando recebi um e-Mail cujo título é: “O Dunga enfrenta a Rede Globo – Merece uma estátua”. A mensagem conta uma história esquisita, envolvendo a Fátima Bernardes, a Rede Globo, dizendo que o técnico da Seleção “lavou a honra dos brasileiros, mijando (sic) na emissora toda poderosa”. Por conta disso, o texto brada “Viva o Dunga” e conclama todos os brasileiros a passarem um dia sem sintonizar na Globo, como desagravo ao rapaz corajoso. Para mim, o texto é ridículo. Não tenho nada a favor da Globo (praticamente só vejo TV a cabo), mas também não tenho nada contra os funcionários que trabalham lá e são tão dignos como qualquer pessoa. Não concordo, de jeito nenhum, que o Dunga mereça uma estátua por ter destratado o Alex Escobar aos palavrões diante dos jornalistas do mundo inteiro.
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P.S. 2: Este post já estava pronto quando vi na TV o Dunga pedir desculpas ao “povo brasileiro” por seu destempero, por ter falado palavrões diante de todos. Sinal de que foi aconselhado e bem assessorado a voltar atrás em seu comportamento. E ele fez da mesma forma que o Maradona, que quando classificou a Argentina aos trancos e barrancos, mandou os jornalistas “chuparem” um negócio aí e depois pediu desculpas ao “povo argentino”. Para mim, ambos jogaram para a torcida. Mas sempre é melhor pedir desculpas e reconhecer que pisaram na bola do que chutarem as canelas dos outros. Mas o meu texto acima está mantido. Mesmo com o ogro brasileiro dando uma de Schrek.
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Na Rádio Antigas Ternuras, você ouve Marisa Monte cantando “Esqueça”.

sexta-feira, junho 18, 2010

Vendinhas, biroscas e supermercados


Noutro dia, uma colega de trabalho me disse que a filha dela nunca tinha visto uma galinha viva, que a menina achava que as galinhas eram fabricadas no supermercado. Certa vez, no colégio dela, houve um passeio para visita a um pequeno sítio, não muito distante do centro urbano. Quando as crianças viram um porco, reagiram como se estivessem vendo um dinossauro. E quando a mãe disse que daquele bicho esquisito vinha a lingüiça e a salsicha que ela via no supermercado, a fofinha nunca mais quis comer cachorro-quente.
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(Para melhor curtir este post, que tal clicar na setinha abaixo e ouvir, enquanto lê, mais uma seleção musical que a nossa Rádio Antigas Ternuras – a Rádio que toca no seu coração – preparou para você?)

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É curioso ver como esta geração eminentemente urbana, criada no asfalto, na calçada, quando não brincando em estacionamento de condomínio, tem uma estreita e quase absoluta relação com grandes supermercados e shoping-centers quando se trata de tomar contato com produtos comercializáveis.

No máximo, sabem que existe a feira-livre, onde se pode comprar coisas em estabelecimentos mais ou menos improvisados. Creio que só as crianças de subúrbio ou das favelas ainda conhecem pequenos estabelecimentos comerciais, como as vendinhas. Mesmo as quitandas de hoje em dia mais parecem versões reduzidas das grandes lojas, onde, por exemplo, se compra grãos já ensacados em plástico. Imagino que, aqui na zona sul do Rio de Janeiro, deva ter muito jovenzinho que nunca viu um armazém com sacos de feijão, arroz, milho para se vender a granel, pegando os produtos com uma espécie de caneca grande, depositando os grãos dentro de um saco de papel marrom e se colocando para pesar em balanças de peso de ferro.
Bem, eu sou desse tempo. Do tempo das vendinhas, das biroscas, dos armazéns e quitandas. E é claro, peguei o início da disseminação de cadeias de enormes supermercados que gradativamente foram matando com o pequeno varejo.
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Não sei se já contei aqui (minha memória já não é lá estas coisas... sou um senhor de idade, vocês sabem...), mas quando era bem menino, em mil novecentos e não vem ao caso, se minha mãe ou meu pai se distraíssem quando iam no armazém do Seu Mário, eu enchia a mão de arroz e jogava no saco de feijão, mergulhava a mãozinha no granel de milho e tascava no saco de arroz e ia por aí. Até parecia que eu estava dando mostras que seria um químico quando crescesse, de tanta experiência de mistura que eu fazia. Quando percebiam, eu levava um esporro de meus pais e o Seu Mário com um baita sorriso amarelo dizia: “não foi nada, não tem importância...” Claro! Ele mandava um empregado “desmisturar” tudo! Não lembro o nome deste empregado, só me recordo que era um negro com a carapinha branquinha e uma paciência de chinês aposentado comigo e minhas travessuras.
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Ah, o cheiro das quitandas, dos armazéns de minha infância! Nem vou tentar descrever em palavras porque certamente eu não vou conseguir! Se você que está lendo mora ou morou no interior, sabe muito bem do que eu estou falando. E não é só o cheiro. Lembro do aspecto visual das quitandas, das vendinhas, das biroscas...

Era uma festa para meus olhos. Numa vendinha eu comprava quase tudo o que existia em meu universo de consumidor: biscoito Salgadinho Piraquê, vendido a varejo e embrulhado em papel marrom, chicle de bola Ping-Pong
(uma das últimas vezes em que estive com minha madrinha, ela me deu umas moedinhas para eu comprar um tutti-frutti Ping-Pong e quando eu fazia uma bola, ela assoviava, acompanhando a evolução do globo róseo, até que ele estourasse na minha cara... Ah, saudades de minha Dinda Irene!),

drops Dulcora (“embrulhados uma a um!”), pirolito Zorro, doce de leite em quadradinho, Crush,

Grapette, carretel de linha Corrente n. 10 para soltar pipa... E também uma coisinha e outra que minha mãe me encarregava de adquirir nas vendinhas do Seu Rafael, do Seu Oswaldo, do Zico...
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As grandes compras do mês, fazíamos nos supermercados, especialmente nas Casas da Banha (quem lembra desse famoso comercial?), na Casas Sendas ou no Disco. Dessas, só a Sendas ainda resiste, mas está com os dias contados. Li que vai tudo virar Pão de Açúcar.

Mercadão no meu tempo não tinha bateria de caixas. As compras eram pagas em cada setor. Depois de ter comprado tudo o que tinha na lista, era hora de entrar na fila para embrulhar as compras. Havia um ou mais funcionários encarregados disso. Obviamente, não existia estes sacos plásticos altamente poluidores.

Quando chegava a nossa vez de embrulhar o que tínhamos comprado, o homenzinho empilhava sobre uma folha de papel grosso um monte de produtos, encaixando tudo com enorme habilidade. Depois, fechava, enrolava habilmente com barbante de sisal, tendo o cuidado de fazer uma alça para transportarmos o pacotão em forma de maleta. Saíamos do supermercado e logo ficávamos com as mãos ardendo pelo contato com o barbante do embrulhão pesado.
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Fazer compras não era exatamente meu programa favorito. Entrar no ônibus carregando aquele peso era flórida... Eu gostava de ir nas biroscas, nas vendinhas. Ali, inclusive, era uma espécie de centro social da localidade. Sempre tinha uma mesa para uma rodada de buraco ou sueca, mesa de sinuca ou de futebol totó (pebolim), e era o local onde os adultos se reuniam para discutir futebol e falar sobre suas conquistas amorosas. Hoje sei que boa parte daquelas histórias de mulheres que davam para eles era mentira, estavam contando vantagem, mas como sempre gostei de uma boa história bem contada, isso não fazia a menor diferença.
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Botequim que se preze tem que ter um cachorro vadio por perto. E na birosca do Zico sempre ficava uma cadela a quem demos o nome de “Sua Mãe”. Isso só para a gente falar uns com os outros coisas assim: “Cadê Sua Mãe?” “Ah, Sua Mãe deve estar ali no lixão dando para um monte de cachorro...”
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Ah, as criaturas que frequentavam estas biroscas... Tinha um bebum, o Chico Barbudo, que quando a gente chamava ele de “Barbudo”, ele respondia sempre com uma voz melancólica, quase chorosa: “Barbudo é a mãe”. Chegava a ser engraçado vê-lo se achegando para os homens, pedindo para lhe pagarem uma cana e quando diziam: “O Zico! Bota uma aqui pro Barbudo!” Ele falava: “Olha, eu vou aceitar. Mas Barbudo é a mãe!” O detalhe é que o referido cidadão tinha uma baita barba mesmo!
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Os ambientes assépticos e impessoais como o são os atuais supermercados diferem bastante das vendinhas e quitandas de meu tempo, da minha antiga periferia. Não dá para ter conta na caderneta, comprar fiado no Carrefour, como a gente tinha na birosca do Seu Rafael. O calor ou frieza do atendimento também difere bastante, quando comparamos um com o outro.
Também era bem diferente ver a vida modorrenta passar, sentado na soleira de uma tendinha, observando crianças, porcos, galinhas, cachorros e bêbados zanzando pelas ruas. Isso esperando chegar gente suficiente para montar uma mesa de sueca ou de buraco. Êta vida mais ou menos...
M.S.
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Na Rádio Antigas Ternuras, você ouve “Doce de Coco”, de Jacob do Bandolim, na execução do Choro de Bolso.

quinta-feira, junho 10, 2010

Propaganda é a alma do negócio – Parte 2 (Final)


Bem, amigos do Antigas Ternuras... Conforme prometi no post passado (este que está aqui, abaixo deste), lá vamos nós para mais uma sessão nostalgia envolvendo propagandas das lojas e produtos que me ilustraram a infância.
(E eu se fosse você, clicava na setinha da tela do You Tube, para ouvir o que a Rádio Antigas Ternuras, a Rádio que toca no seu coração, traz hoje para os seus ouvidos saudosos...)

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Você, caro leitor que me dá a honra e o prazer de ler estas mal tecladas linhas, lembra quando subiu (ou desceu) pela primeira vez numa escada rolante? Eu lembro. Minha primeira vez foi na Sears, que ficava no bairro de Botafogo, aqui no Rio, onde hoje está o Botafogo Praia Shopping. Dizem que antes, naquele terreno, ficava a casa do cartunista J. Carlos, aquele das melindrosas da revista “Eu sei tudo”.

Ah... Foi uma festa! Eu subindo pela escada que descia, descendo pela que subia e minha mãe desesperada atrás de mim, gritando que ia me arrebentar se eu não sossegasse. Mas, que delícia! Bastava dar um passinho e você deslizava majestosamente naquele tapete mágico de metal.

Todas as vezes em que eu entrava numa loja com escada rolante, era aquela correria, aquela maximização do meu prazer e da agonia de minha mãe. Também lembro de uma vez quando minha família foi passear no Centro e levamos nossa empregada doméstica que era pessoa simples, do interior. Na hora de atravessarmos a Avenida Presidente Vargas pelo subsolo, usando a escada rolante, deu a maior zebra. A Maria se encalacrou na dita cuja, tomou um estabaco, começou a fazer o maior escândalo, de terem que desligar a geringonça e salvá-la daquele sufoco.
Mas quando fomos estrear a novidade na Sears, correu tudo bem. Imagina! Aquela lojona, com ar condicionado polar, cheiro de tapete novo no ar... Ah, inesquecível Sears!
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Também lembro com saudades da Mesbla, que ficava na Rua do Passeio. Eu me recordo que em todo dezembro íamos para lá, escolher o presente de Natal e tirar foto com Papai Noel. Noutro dia, minha mãe, remexendo em seus guardados, achou uma foto da gente com o Bom Velhinho daquela loja de departamentos... Ah, o instante do passado distante, congelado eternamente, aqueles sorrisos eternamente joviais...
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Bem sei que tergiverso. Voltemos ao foco inicial. Tanto Sears quanto Mesbla publicavam vastos anúncios nos jornais da época e faziam anúncios que se repetiam à exaustão no Rádio e na TV. Nas propagandas da Sears sempre aparecia o slogan: “satisfação garantida ou seu dinheiro de volta”, que também virava um jingle para mim, inesquecível.
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A Mesbla teve muitos slogans: “A loja do Brasil”, “o melhor para você”... Durante muito tempo, ir nessa loja era a coisa mais natural para os cariocas, assim como ver o seu famoso letreiro que se iluminava especialmente na época do Natal. E lá não era só loja de departamentos. Tinha restaurante, lá no topo, onde uma vez fui e tracei uma banana split naquela bandejinha de vidro, com três bolas de sorvete, caldas mirabolantes e duas metades de banana, uma de cada lado. Isso, tendo ao fundo uma deslumbrante visão do Rio. E tinha também o Teatro Mesbla, onde se assistia a comédias leves, em um ambiente requintado. Ah, lembro bem da Mesbla e suas propagandas... Foi com muita tristeza que soube que ela tinha falido em 1999, depois de 87 anos de bons serviços prestados à sociedade.
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Vamos falar de sapatarias? Ah, logo me vem à mente a Sapasso, a Cedofeita, a Polar, a Clark... Todas já foram para o espaço. Em todas eu comprei sapatos e tênis para o colégio, como este da imagem aqui ao lado (quem lembra? Bem antes do Ki-Chute, este era o tênis padrão das aulas de Educação Física...).

Já que estamos falando de calçados para o colégio, invariavelmente minha mãe me comprava um deste ao lado, para usar até o bicho se arrebentar. E olha que demorava para isso acontecer!
Lembro das propagandas daquelas sapatarias... Apareciam sempre nos jornais e revistas. Destas que citei, não sobrou umazinha sequer para contar história. Todas faliram. E olha que a Sapasso era uma rede enorme, com filiais em tudo que era lugar. Só na Praça Tiradentes tinha umas três!
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E as lojas de aparelhos eletro-eletrônicos do passado? Eram tantas... Brastel (“Na Brastel tudo a preço de banana!”), Tonelux (a deliciosa Neide Aparecida, estalando os mimosos dedinhos e, com aquele inesquecível sorriso, dizendo: “Tonelux! A mais bonita loja da cidade!”), Casa Neno (“Serve bem ao grande e ao pequeno”), Rei da Voz (onde comprei o primeiro disco de minha vida, o compacto duplo com trilhas do cinema compostas por Henry Mancini), Casa Garson (que patrocinava o programa “Noites de Gala”, segundas, 21h, na TV Tupi), Ultralar (“Na Ultralar dá pé”), Bemoreira (onde comprei meu inesquecível gravador Sanyo)...
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Os anúncios, propagandas, slogans, jingles tem a função básica de vender produtos e nos apresentar estabelecimentos comerciais. São peças artísticas voláteis, feitas para serem esquecidas por substituição por novas. Mas é evidente que alguns destes reclames permanecem no nosso imaginário, servindo de porta de acesso a uma outra dimensão, um universo feito de doces recordações, de antigas ternuras...
M.S.
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Na Rádio Antigas Ternuras, você ouve comerciais de Kolynos, Esso, Shell Tox, Cera Dominó, Casas Pernambucanas, Leite em pó Mococa.