
Ontem
A palavra “árabe” pode significar “claro, compreensível” e também pode ter a denotação “nômade”. Pela Bíblia, é o povo da descendência de Ismael, o filho do patriarca hebreu Abraão com Agar, a serva de sua esposa Sara.

Pela História, o povo árabe originou-se de tribos que ocuparam a península arábica, vindos do Iêmen e do norte da região onde hoje está a Arábia Saudita. No Século VII, Maomé difundiu os princípios da religião muçulmana por toda a península arábica. Em pouco mais de cem anos, os árabes invadiram terras vizinhas e expandiram seu império da península ibérica até a Ásia Central. No Século XV, perderam Portugal e Espanha, mas ocuparam Constantinopla, a sede do antigo império romano do Oriente. A religião islamita jamais deixaria o norte e parte do oeste da África, a Turquia, o Oriente Médio e parte da Ásia Central.
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Hoje
O Islã já não mais invade e anexa terras. Aliás, desde que a China invadiu o Tibete e o pegou para si, em 1950, ninguém mais pode fazer isso. Os limites nacionais estabelecidos depois da II Guerra Mundial, de forma geral, permaneceram (a não ser quando uma região resolve se tornar independente) e se algum país fica de olho gordo para cima de outro, recebe a reprovação dos demais Estados.

No entanto, a religião muçulmana não para de crescer e, estatisticamente, já é a com maior número de seguidores em todo o mundo, ultrapassando o catolicismo. Isso, sem precisar sacar aquela espada curva e gritar “morra, cão infiel!” pros inimigos. Em muitos lugares já se vê mais a lua crescente que a cruz.
O Islã nasceu na Arábia, mas hoje só 15% dos muçulmanos são árabes. A Indonésia, com 238 milhões de habitantes, é o maior país de seguidores do islamismo no planeta.
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O Islã tem princípios básicos que são seguidos por todos os que professam a fé em Alá. Todavia, não se pode dizer que seja uma religião monolítica. Eles tem diversas divisões e cada qual dessas partições pensa de modo diferente, vê o mundo de forma diferenciada. Mas, da mesma forma que os cristãos tem por princípio evangelizar toda criatura, os muçulmanos também não vão sossegar enquanto todo mundo não seguir os ensinamentos do profeta Maomé. Nessa espécie de fla x flu, a turma da esfiha já virou o jogo e está claramente vencendo.
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Amanhã
Quem conhece o jogo War (jogo de tabuleiro com cada participante dispondo suas fichas pelos países do mundo, ganhando o jogo que cumprir com o objetivo de domínio de território e poder sobre os inimigos), sabe o que virá em seguida.

Países serão ocupados, mas não pela força das armas. Será uma ocupação lenta, gradual, porém irreversível. Os dados já estão lançados.
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Resta saber qual vertente islâmica vai prevalecer no planeta: a fundamentalista ou a esclarecida? Por conta dos atos de terrorismo executados por segmentos muçulmanos, toma-se todo o Islã como sendo “fundamentalista faca nos dentes”. Nada mais errado. O Islã já foi sinônimo de iluminismo na mundo, isso lá por volta dos Séculos XI e XII. Enquanto o mundo dito “cristão” caía em trevas medievais, autores, filósofos, bibliotecários árabes salvavam obras dos clássicos gregos da sanha obscurantista européia. A ciência deve e muito aos árabes. O próprio alfabeto moderno e a matemática tem DNA árabe islâmico. Voltaire, pensador iluminista francês, foi profundamente influenciado pela cultura muçulmana. O filósofo árabe Ibn Khaldun é considerado um precursor da moderna historiografia, sociologia e economia.
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Agora, se prevalecerá o fundamentalismo muçulmano, como o vemos atualmente, aí teremos uma nova Idade das Trevas. Movimentos sociais importantes, como a luta pelos direitos da Mulher, retrocederão ao tempo dos archotes.
Depois de ter lido estas minhas curtas reflexões, convido o meu gentil leitor a ver este vídeo abaixo. Ele foi produzido pela Igreja Batista, mas peço que ignorem essa parte. Acompanhem os dados e as informações que eles apresentam e reflita.
M.S.
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Na TV Antigas Ternuras, você vê o vídeo “Mundo Muçulmano”.
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Este é o convite para o lançamento do livro "Humor Vermelho", uma coletânia de textos de humor para a qual fui convidado, colaborando com uma modesta crônica.
O convite é para os queridos amigos que me prestigiam aqui e queiram me prestigiar no dia 1 de setembro, a partir das 19h, na Livraria da Travessa do Shopping Leblon.
