sexta-feira, agosto 20, 2010

"Calma... Não é o que você está pensando!..."


Alguma vez, em alguma situação, você já se viu dizendo esta frase do título?
*
Enquanto você pensa nisso, peço que assista a estes três rapidíssimos vídeos, cada um tem cerca de 30 segundos.







Que situação, heim?
E aí volto a repetir a pergunta acima: alguma vez, em alguma situação, você já se viu dizendo a frase “Calma, não é o que você está pensando!”?
Eu já.
*

Há muito tempo atrás, eu estava levando para passear uma colega de trabalho de uma unidade de outro estado. Ela não conhecia o Rio e fui levá-la numa noite para, por exemplo, tomar um chopp no Bar Veloso, aquele em que Vinícius e Tom viram a garota de Ipanema Helô Pinheiro passar. Depois do chopp, estávamos no meu carro, conversando, quando ela me disse:
- Hum, estou precisando tomar insulina. Eu sou diabética.
Dizendo isso, ela tirou da bolsa seringa e um vidrinho e começou a calibrar a dose.
Eu perguntei se ela precisava de ajuda, o que eu podia fazer. E ela só pediu que eu segurasse no braço dela enquanto estivesse injetando.

Foi quando parou um carro ao lado do meu. Uma rádio-patrulha. Um dos PM acendeu uma lanterna na nossa direção e me viu segurando o braço dela enquanto ela se injetava.
Calmamente, o policial saiu da patrulhinha, com a mão no coldre da arma, debruçou-se na janela do meu carro e eu, com o meu melhor sorriso amarelo, só conseguir dizer:
- Calma, não é o que você está pensando!...
Claro, aquela situação constrangedora foi perfeitamente explicada, o cara viu o vidrinho de insulina, viu a carteira de diabética da moça, tudo resolvido. Mas... por alguns segundos eu me vi preso, algemado, aparecendo no Jornal Nacional como traficante.
*
Teve outra.
Eu estava fazendo temporada da peça “Na era do Rádio”, no Teatro Delfin. Lá, tinha dois camarins: um para os atores, outro para as atrizes. Mas, homens e mulheres, era comum entrarmos nos dois camarins para conversar ou para resolver algum assunto. Numa vez, eu estava colocando as calças do figurino do meu personagem, quando vi que o fecho-éclair da braguilha estava com problemas.

Saí do meu camarim procurando a Gisa, a nossa camareira, para ela fazer o devido conserto. No que eu entrei no camarim das mulheres, dou de cara com uma das atrizes inteiramente nua. Ela estava sozinha ali.
Eu fiquei todo sem jeito, balbuciando desculpas, mostrando que o zipper estava defeituoso... Eu me virei para sair dali rapidamente e acabar com aquele constrangimento. Foi quando a camareira entrou no camarim e viu aquela situação: uma atriz nua e eu saindo dali tentando fechar o fecho-éclair...

Procurei argumentar. Olhem só o diálogo:
- Calma, Gisa... não é o que você está pensando...
- Eu não estou pensando nada... – e foi saindo.
- Espera aí... Você vai me deixar assim?
- Assim, como? Você quer uma toalhinha?
- Arrá! Então você estava pensando em sacanagem, não é safadinha?
- Olha, meu querido... Se tem alguém safado aqui, não sou eu!
- Ó céus...
*
E você? O que me diz? Já passou um perrengue desses em que teve que dizer essa bendita frase? O quadrinho dos comentários é todo seu. Sou todos olhos.
M.S.
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Na TV Antigas Ternuras, você vê filmes da campanha “Don’t judge too quickly” (Não julgue apressadamente).

8 comentários:

Francisco Sobreira disse...

Caro Marco,
Que situação a sua (e a da amiga)! Sabe?, não me lembro de ter passado por algo, em que, inocente, tive que dizer a conhecida frase. Muito interessantes os vídeos, especialmente o primeiro e o terceiro, que ilustram bem a sua postagem. Um abraço.

Claudinha ੴ disse...

Olá Marco!
Ótimos post e vídeos. No momento não me lembro de alguma situação, mas certamente já passei por algumas (só que não tão, tão... assim como as suas).
Realmente dá o que pensar.
Beijo

Janaina disse...

Já passei por perrengues... mas nunca fui pega "com as calças na mão", se é que você me entende...
As histórias que você contou e mostrou são impagáveis, Marco!
Um beijão.

Chellot disse...

KKKK
Eu recebi esses vídeos por e-mail, são muito legais.
Mais que situações heim! Realmente pra quem está de fora é difícil acreditar. Eu não me lembro de nenhuma situação constrangedora que caiba nessa frase.
Amigo beijos doces e boa semana.

claudia disse...

Oi querido.
Não me lembro de ter passado por uma assim não, rs.
A da insulina foi de assustar.
Adorei o post.

Beijoca

Rubo Medina disse...

Oi Marcos! Quanto tempo! Lembra de mim, Rubo, da minissérie Dulcinéia... Pois é! Preciso falar contigo.
Entre em contato, por favor: rubomedina@oi.com.br
Abraços e obrigado.

Julio Cesar Corrêa disse...

Engraçado, não consigo me lembrar de nenhuma situação do gênero. Sempre levei uma vida tão louca, que, geralmente era o que a outra pessoa estava pensando mesmo.
Os vídeos são impagáveis, mas podem acontecer tranquilamente com qualquer um.
Quanto as suas histórias, aquela da insulina foi de lascar! Vc em cana ao lado de uma suposta Christianne F.. Fala sério!
abração

Lista telefonica disse...

Muito bom post.