segunda-feira, julho 02, 2007

Pais e Filhos - Escolhas


Uma das funções da religião, talvez seu maior papel social, é o de contenção de excessos da parte maligna da natureza humana. Por conta disso, a religião predominante no mundo, o cristianismo, especialmente a Igreja Católica, tratou de criar a figura de um diabo muito feio e de um inferno eterno para onde seriam lançadas as almas dos pecadores. Com isso, tentavam inibir (sem muito resultado...) transgressões com a ameaça de padecimentos horríveis. Inventaram um diabo feio e mau pra caramba, que era onipotente, onipresente, onisciente, quase uma imagem em negativo do próprio Deus. Aliás, eu já escrevi aqui sobre isso. Era imprescindível que os homens temessem a Deus para não enfrentarem o Coisa Ruim.
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A civilização ocidental se desenvolveu no princípio de que o julgamento de Deus era irrecorrível e que não existe advogado nenhum no Universo que possa iludir um tão cioso juiz como o Onipotente, que tudo sabe de cada um de nós. Vejam, por exemplo, em “Hamlet”, de Shakespeare. O rei Claudius, que tinha assassinado o seu irmão e casado com Gertrudes, sua cunhada, para herdar o trono da Dinamarca, sabia que estava condenado a um destino terrível e que não tinha salvação para o seu crime. Uma de suas falas:
“Nos processos corruptos deste mundo pode a justiça ser desviada pela mão dourada do crime, e muitas vezes o prêmio compra a lei; mas não lá em cima, onde não valem manhas”.
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Ao longo da minha formação como pessoa, meus pais foram extremamente rígidos com a minha educação e a de meus irmãos. Meu pai e minha mãe nos controlavam apenas com o olhar. Era suficiente para sabermos que se continuássemos a fazer o que estávamos fazendo o pau iria comer. Se eu ou meus irmãos saíssemos da linha, tinha surra e castigos nos esperando. Meu pai era um homem de princípios rígidos. Minha mãe o é até hoje. Ambos sempre estiveram atentos à nossa educação e nos passavam exemplos de conduta que tínhamos que seguir. Embora ambos não tivessem lá grandes culturas, parecia seguir Pitágoras, que pregava que para formar o homem era preciso educar a criança. E de uma sólida formação moral e de comportamento para nós, ambos não abriram mão.
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Portanto, eu cresci sob o temor da lei de Deus e debaixo de uma sólida formação moral que meus pais me deram.
Daí o meu estado de pasmo e incredulidade quando leio os jornais dos dias atuais. O presidente do Senado, uma das figuras maiores de um dos poderes da República, se enreda feito mosca numa teia ao tentar justificar que não usou dinheiro de um lobista para pagar suas obrigações. E todas as provas levam a crer que debaixo daqueles caroços tem muito angu! Um outro senador, que já foi governador, vai prum escritório privado dividir dinheiro com um comparsa, quantia essa de origem suspeitíssima!
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E não para aí a minha estupefação. Leio que cinco jovens que nunca passaram fome, que chegaram à faculdade, que tem pais que podem lhes dar um carro de presente, saem pela noite para assaltar e espancar mulheres nas ruas. Li que há indícios que eles fazem parte de comunidades no Orkut chamadas “Mulher é tudo vagabunda” e “Puta tem que apanhar na cara”.
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O que leva uma pessoa que já é rica, que tem posses que lhe garantem uma vida mais que confortável, a procurar o dinheiro ilícito? Que motivação faz alguém arriscar a reputação por trinta dinheiros?
E mais grave: o que entusiasma jovens a se divertirem espancando seres humanos? Rirem ao causar sofrimento a alguém que não lhes fez nada?
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Vi no Fantástico o pai da moça espancada, um pedreiro modesto, com pouquíssima instrução, dizer que teve uma criação rígida dos pais e que passou essa educação firme para a filha. Esta revelou que seu pai a controlava somente com os olhos, como o meus pais faziam.
Li que o pai de um dos jovens admitiu que o filho errou, mas que seria uma “injustiça” jovens que estudam e trabalham serem punidos com cadeia só por terem feito uma, digamos, travessura. Esse pai tem instrução, bom emprego, mas não sei que educação recebeu dos pais, nem como educou o filho. Certamente não foi como os meus pais, nem como o pai pedreiro da Sirlei, a moça espancada gratuitamente.
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Meu pai era um simples funcionário público, ganhava pouco, mas era dinheiro honrado e com ele nos sustentou enquanto foi vivo. Minha mãe, outra funcionária pública, fez das tripas coração, quando ele morreu para nos dar uma vida simples, mas digna. Ambos ensinaram a nós, seus filhos que roubar, pegar o que não é nosso, é errado e condenável. O pai da Sirlei, um operário que vive de biscates, criou os filhos com a maior dignidade. A própria Sirlei trabalha como secretária doméstica e procura repassar para o filho de três anos todos os valores que aprendeu em casa.
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Não tenho idéia da criação que o senador Renan Calheiros recebeu dos pais, nem a que passa para os filhos. Tampouco tenho informações deste tipo do senador Joaquim Roriz.
Mas sei que ambos não tiveram pais como os meus, nem como os da Sirlei. E estou vendo o que estão passando para os seus filhos. Renan, Roriz, os cinco jovens e seus pais poderão até se safarem das confusões em que se meteram. Mas, se existe Deus, e eu acredito que Ele existe, vai haver um momento em que eles se defrontarão com a Sua lei. Aqui, no plano terreno, eles podem se salvar, mas não lá em cima, onde não valem manhas, lá, de jeito nenhum.
M.S.
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Na Rádio Antigas Ternuras, você está ouvindo “Aos nossos filhos”, de Ivan Lins e Vitor Martins.

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E os prêmios não param de chegar!
A amiguinha Fernanda me agraciou com o Prêmio Blog Cultura, destinado àqueles que são considerados como de fundo cultural. Puxa! Quanta honra! Obrigado, Fernandinha!
Agora, segundo as regras, tenho que indicar cinco outros blogs que considero como culturais. Essa é sempre a pior parte... mas vá lá, meus indicados:
Labirintos do Sol e da Lua
Luz de Luma
Morcegos
Lino Resende
Balaio Porreta 1986
Agora, vocês peguem o selo e escolham seus cinco!
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Gostaria de agradecer muitíssimo às amigas Luma, Claudinha, Lila Rose, Nena e Adelaide por me indicarem para as 7 Maravilhas. Esses posts-correntes de prêmios (sei que vocês preferem chamar de “meme”, a palavra da moda no mundo blogueiro, mas pra mim, meme é “vovó” em francês, por isso vai post-corrente, mesmo...) têm a grande propriedade de demonstrar carinho e amizade por amigos que nunca vimos, mas sentimos afinidades de pensamento.
Fico comovido com as demonstrações de afetos de vocês.
M.S.

26 comentários:

Anônimo disse...

Porra, Marco! Vc sabe como tocar mesmo na ferida. Tive a mesma indignação sua ao saber nos noticiários. Antigamente, bandido e mal-feitor eram apenas aqueles "negão" mal-encarados que só de olhar na cara do bicho a gente tremia. Hj são pessoas esclarecidas que fazem as barbáries na certeza da impunidade. Não devíamos esperar a justiça Divina, não! Acho que está na hora do brasileiro cobrar mais e não ser apenas cobrado com mais impostos. Me alisto nesse exército. Abraços.

Anônimo disse...

Puxa, cara, obrigadíssimo por sua generosidade ao indicar o Balaio como Blog Cultura. Espero fazer as minhas cinco indicações amanhã, já que é preciso pensar bem no assunto. Valeu! De resto, mais um bom texto seu. Concordo com você sobre a principal função (ou uma das funções) da religião. No meu caso também, um olhar firme do meu pai era suficiente para que eu sentisse se estava certo ou não no tocante a questões as mais diversas. Um abraço.

Anônimo disse...

Meu caro: Onde se lê na Ana Morena (minha filha) leia-se esse vosso Moacy; como ela usa o mesmo provedor para suas mensagens, não prestei a devida atenção e só ao clicar o 'Publicar comentário' percebi que o nome assinalado era o dela. Desculpe-me pela falha. Outro abraço.

Anônimo disse...

O mundo está muito pobre em termos de valores. Cada vez mais as pessoas desrespeitam-se, olham o outro com ar superior, querem subir na vida a todo o custo em que pise o próximo. É triste mas são estes os exemplos a que as crianças assistem no mundo, na televisão e, muitas vezes, até na própria casa. Também fui educada assim, com muito respeito pelos meus pais. Às vezes assisto a birras, a exigências estúpidas das minhas primas mais novas, algumas adolescentes sem nada na cabeça senão maquilhagem, namoro, roupa, etc, e não me revejo. Pergunto-me mesmo o que é feito da educação!! Onde vamos parar?

Bom post. Aliás, aqui só encontramos escritas maravilhosas!
Caraças, por que não consigo ter um blog assim? loool

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Luma Rosa disse...

Você é uma graça! Não precisa agradecer!
Marco, os pais têm a sua parcela de culpa quando os filhos são deformados moralmente, mas a sociedade também faz a sua contribuição. "O homem é produto do meio em que vive" não é assim? Dizem que todos os políticos são corruptos. Daqui a pouco estarão dizendo que todo filho abastado é mal criado. Não acho justo colocar tudo no mesmo balaio. Mas uma coisa eu lhe digo; nunca levei uma cintada mas bem sei distinguir o certo do errado.
Obrigada pelo prêmio!! Beijus, Luma

Claudinha ੴ disse...

Olá Marco!
Fiquei comovida com a reportagem do Fantástico e penso da mesma forma que você. Cada vez mais vejo a imensa responsabilidade que nós, pais, temos para com nossos filhos. Isto tem me tirado o sono,agora que o meu Du sai de casa, namora, anda sei lá por onde. Procuro conversar sempre, mas tenho medo das falhas que posso ter cometido. Porém, eles (meus filhos) tem a certeza de que sou justa e, apesar de nunca abandoná-los, eu exigiria a punição, e ainda, cumpriria com eles porque mãe é assim. Lamentei a atitude de um pai que vi comentar o caso, e vi a grandeza do pai da Sirlei. Os valores, este é o ponto. Seu post foi muito sério, de enorme grandeza interior. Parabéns!

Anônimo disse...

pumszsebOnde será que estavam os pais desses rapazes na hora de passar os valores? Trabalhando para comprar todo ano um carro novo? Para ter o celular da moda? Com quem ficavam esses meninos na ausência dos pais? Com a babá? A empregada? Como essas "serviçais" eram tratadas pelos pais? Será que algum dia esses pais se entaram no chão para brincar de carrinho com os filhos? Leram algum livro pra eles antes de dormir? Parabéns pelo post, Marco.

Um abração e ótima semana!

:)

Anônimo disse...

E exatamente por causa da busca desenfreada pelos bens materiais que muitos pais estão negligenciando a educação dos filhos, mães e pais saem para ganhar a vida e os filhos ficam ao Deus dara, ou melhor a TV dara. São educados pelos amigos, pela telinha que tem muito pouco de moral para ensinar. Tive uma educação rigida, e sei que não e muito agradavel mas com um pouco de equilibrio ainda e a melhor opção para controlar os impulsos negativos.
E creio como voce, a justiça de Deus pode parecer tardar, mas não falha.

PS> Tambem votei no antigas ternuras como uma das sete maravilhas. Com muito prazer.

Abraço

Nena disse...

uai, post-corrente chama "meme"???
hahahaha, eu não sabia!!!!hahahaha

Ternurinha, meu camarada Ternurovski, as afinidades são muitas e todas boas, vindas de coração.
Inclusive essa de concordar que a educação que os pais deram (ao menos os meus) ecoam como o exemplo da pessoa que sou.
Não sou maravilhosamente linda ou perfeita, mas não roubo, não trapaceio, não engano as pessoas e não saio batendo em humanos ou em bichinhos inocentes.
Aliás, isso é coisa que não admito!

Um abraço muito forte e carinhoso, e um beijo saudoso (andei meio sumida da internet...(

Giu disse...

Meu escriba predileto! Gostei muito deste post... parece que ultimamente é só o que temos sentido diante dos fatos: estupefação (não no sentido de adormecimento, mas de pasmo, assombro) e grande indignação.Espero que muitos cidadãos assim se sintam para que, como uma comporta prestes a se romper, a sociedade tome as rédeas do comportamento nacional e ponha todos os pingos nos "is". Acha? (assim é a expressão, aqui no interior, para "é possível?", ou "será?")
Amigo Marco, parabéns por mais um prêmio, e bem merecido esse da Cultura! Apoiadíssimo!
Beijos da Giulia

Anônimo disse...

Excelentes suas colocações, Marco.
Também fui criado com princípios rígidos e meus pais, como os seus, suaram muito para que eu fosse educado. O que eles me passaram, procuro passar aos filhos. E por tudo isso atitudes como as de Renan e Cia. e dos jovens são inaceitáveis.
Muito obrigado pela indicação. Não acho que é assim, mas fico envaidecido e agradecido.

Luciana L V Farias disse...

Oi, Marco!!! Eu já tive uma criação um pouco menos rígida, pelo menos quanto a castigos. Porém, desde cedo sempre aprendi o valor da palavra RESPEITO, que acho que deve vir acima de tudo. E é o que procuro passar para as minhas filhas. O que, aliás, é o princípio básico de qualquer religião: amor e respeito pelo próximo. O que eu acho que está faltando para muita gente por aí!

Amei o texto...

Beijocas, lu.

Dilberto L. Rosa disse...

Interessante como o primão costurou os atuais e intragáveis fatos de nosso triste cotidiano de telejornais com uma poética e sempre astuta visão da vida (especialmente com a criação de nossos pais...)! E obrigado pelo mérito, dileto Marco, mas continuo a não entender uma coisa: já ganhei o prêmio pela tua indicação ou a dona do prêmio o revelará em tempo oportuno (pelo número de indicações recebidas, talvez...). De qualquer forma, valeu, mesmo! Um forte abraço!

P.S.: em retribuição, dediquei-te o primeiro 'post' do meu "'post' extraordinário" (afinal, só tenho publicado às sextas ou domingos - fora disso, só quando Chico aniversaria ou ganho prêmios dos parentes, ré, ré!)

Anônimo disse...

Quando decidires vir a Portugal para conhecer Lisboa - e espero que não só Lisboa - quero ser informada! Quem sabe não nos conhecemos mesmo pessoalmente!
Eu ia adorar Marco!!

Pensa bem nisso!
Aqui a minhota espera por vocês! lool

Beijos!

Anônimo disse...

O problema é precisamente esse Marco.Os jovens de hoje crescem sem objectivos de vida,sem terem de se esforçar,de trabalhar para conseguir ter as suas coisas pois os "papás" dão tudo o que os meninos querem quando eles querem...
Os pais de hoje não sabem dizer NÃO aos filhos e deixam-nos crescer sem limites,sem regras,sem respeito pelos outros e por si próprios,sem objectivos,sem valores morais e também sem o mais importante:AMOR!!
Sim, porque não podemos confundir AMOR com mimo...
"Amigo não é aquele que nos passa a mão na cabeça quando fazemos asneiras...é aquele que nos chama a atenção quando as fazemos...(apesar de se manter ao nosso lado)

Lila Rose disse...

Sabe o que é pior?? Esse caso da empregada doméstica não foi o primeiro aqui no Rio, foi apenas o publicado nos noticiários.

Os cariocas estão chamando de "gangue dos mauricinhos" esses meninos ricos que além de espancar pessoas incocentes, depredam o patrimônio público e assaltam os edifícios sem deixar rastro.

Também acredito na justiça de Deus. Vou ficar aguardando por ela, pois nos homens já não tenho mais fé.

Bisous!

Chellot disse...

Caro amigo Marco, primeiramente agradeço mais esse prêmio que entendo como sendo uma forma de nos interligarmos com outros blogs e conhecermos novas formas de pensamento e opiniões, além de ser uma viagem marvilhosa por vários cantos do mundo.
Também fico revoltad com tamanha falta de vergonha de nossos administradores e de nosso povo. Não há limites para tanta violência e falta de educação.
Também tive uma educação rígida e tinha medo de errar, pois podia ir lá para baixo. Agora penso de outra forma. Se existe justiça divina não temos provas cabíveis e então deixo que a morte apague os atos brutais e vergonhosos, apesar da mágoa e da dor permanecer.
Seu blog tá cada vez melhor, uma maravilha realmente. Talvez tenha percebido que não publico coisas atuais de nosso país, talvez porque prefira comentar do que escrever sobre tanta vergonha.

Beijos de espírito.

Renata Livramento disse...

Post maravilhoso, irretocável!!! Também não sei o que leva estas pessoas a fazerem essas coisas, roubar,espancar, etc.. Principalmente porque a desculpa da miséria não pode ser atribuída a nenhum destes casos. Acho que é uma perversão mesmo, tanto do ponto de vista individual quanto do coletivo, porque existe uma perversão social muito forte, inserida na nossa cultura brasileira do " ganhar vantagem"...
Ainda bem que os meus pais foram e são parecidos com os seus!
bjos!!!

Anônimo disse...

Adorei sua abordagem e a forma como vc tocou em assunto que tem dominado todas as conversas,MARCO.
E assino embaixo do que vc colocou: a falta de educação,a liberinagem,a ausencia de limites é que estão transformando nossa sociedade em uma balbúrdia sem tamanho. Não há regras,nem parâmetros bons. Apenas os péssimos exemplos que todos nós temos ciência todos os dias. aqueles que deviam honrar os cargos e serem os guardiães da moral e dos bons costumes são os primeiros a causar-nos arrepios.
Infelizmente!

Grande abraço!!

Anônimo disse...

Do jeito que as coisas vão indo, principalmente aqui no nosso país, resta-nos mesmo apenas esperar a justiça D'Ele, porque a dos homens já foi pro buraco faz tempo.

Beijos Marco. Parabéns por mais este prêmio.

Saramar disse...

Marco, meu amigo, subscrevo tudo que escreveu.
Para nós, que temos uma formação baseada na honestidade e no caráter, é uma vergonha perceber o quanto a sociedade brasileira está moralmente degradada.
Eu vejo com muita tristeza e indignação todos esses fatos.
E com muito medo também, porque acredito demais no poder do exemplo. E os exemplos que a juventude e as crianças têm atualmente são os piores possíveis.
Que Deus nos proteja.

benechaves disse...

Oi, Marco: mais um primoroso texto de sua lavra. E vc tem razão no que diz: temos de ter uma boa formação na infância para um futuro com dignidade. E acho que o Renam e tantos outros renans e rorizs deste famigerado 'congresso nacional' não se esmeraram em uma educação sem cobiça e sem nenhuma ética particular ou profissional.
E tais dados tb servem para os 'filhinhos de papai' que saem sem eira ou beira a infernizar a vida de outrem. Parabéns pelo excelente texto, de gente com dignidade e amor ao próximo.
Olha: acho deliciosa a expressão do Ary Barroso:'esse coqueiro que dá côco' e não concordo que seja ufanista ou coisa que o valha. Claro que Ary sabia o que estava dizendo, de que coqueiro só pode dá côco. Foi uma 'força de expressão'. Os versos são livres para suas criações.

Um abraço...

Lara disse...

Olha Marco essa história da empregada espancada foi a gota d'agua! Como é que pode? Isso é má educação, só pode! Sou totalmente a favor de uma criação vigiada de perto!
Beijos
ps: E o mengão hein? Que cagada homérica! HAHAHAHA!

dade amorim disse...

Marco amigo, a gente indica o Antigas Ternuras porque você merece... Um beijão.

Luma Rosa disse...

Bom fim de semana!! Beijus, Luma

Anônimo disse...

Marco querido,

Esse seu post está maravilhoso, excelente mesmo e bota a gente pra pensar! Aliás, não poderia ser diferente vindo de vc, que considero um cara super inteligente.
Pois é, a formação de caráter vem desde pequeno, os valores que recebemos durante nossa criação são importantíssimos para nosso crescimento como pessoa.
Eu me sinto privilegiada por ter sido criada numa família simples, sem posses mas que me deram coisas que dinheiro nenhum compra, que são os valores que carrego comigo até hoje.
Falta muito de Deus no coração das pessoas...e muito de compaixão pelo outro.
Beijos e bom findy.