1. Desde a sua inauguração, a nova Daslu tem ocupado espaço generoso nos meios de comunicação. Primeiramente, por ser considerada como o "mais luxuoso centro de compras da América Latina". Posteriormente, como antro de sonegação e até contrabando. Uma cliente de lá teria dito sobre a prisão dos donos da Daslu, em especial sobre a grande mentora do local, Eliana Tranchesi: "ser presa por sonegação, tudo bem; mas por contrabando é de quinta!"
Perdão, madame. Mas ser PRESO é de sexta categoria!
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2. Recentemente recebi um arquivo com fotos da Daslu. Confesso que não me deslumbrei com nada daquilo. Claro que, com o meu contracheque, eu não passaria nem na porta daquele lugar. Aliás, o meu carro sequer conseguiria se aproximar daquele estacionamento onde cobram 30 reais para estacionar por poucos minutos. Pode parecer que lá é uma loja comum mas é uma espécie de clube privê, onde só se entra com convite ou cartão. Não dá para dizer: "ah, vou só dar uma olhadinha, bater vitrine".
3. Mas se eu fosse rico, ricão, ricaço, juro que não iria na Daslu. Ninguém no mundo me convence que existe valor agregado que justifique uma calça jeans custar 1.500 reais ou cobrarem 1000 reais por uma gravata. Logo, não basta ter dinheiro: tem que ter a disposição de entrega-lo em grande quantidade por algo que não vale tanto.
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4. Mas como as pessoas que freqüentam a Daslu valorizam aquilo! A filha do governador Alkmin é "dasluzete" – como elas chamam vendedoras e recepcionistas. Segundo a coluna "Gente Boa" do Globo, na inauguração a moça ia conduzindo o pai pelos corredores dizendo a todo momento: "Pai, não tá liiiindo?!"
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5. Curiosamente, ou para marcar as abissais diferenças sociais neste país, exatamente ao lado da Daslu existe uma favela das baitas. No dia em que 250 agentes da Polícia Federal chegaram para invadir o centro de compras dos maganos, uma senhora da favela, ao ver aquela fila de camburões chegarem com sirenes abertas, teria repetido aquela famosa frase de Madre Tereza de Calcutá: "Agora fodeu a porra toda!"
Mas a dona justa não estava interessada nos pés inchados daquele moquifo. Eles estavam atrás dos "pés em calçados de pelica".
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6. As peruas e deslumbradas garantem que todo aquele luxo da Daslu é absolutamente necessário, que é chique comprar lá. Não sei se vocês sabem a origem do nome "Daslu". A primeira loja foi criada por duas senhoras, uma chamada Lúcia (a "Lu") e a outra de nome Lurdes (também "Lu"). Logo, aquela era a "loja das Lu"... Entenderam? É verdade! Que sorte elas não se chamarem "Custódia", não é?
M.S.
Perdão, madame. Mas ser PRESO é de sexta categoria!
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2. Recentemente recebi um arquivo com fotos da Daslu. Confesso que não me deslumbrei com nada daquilo. Claro que, com o meu contracheque, eu não passaria nem na porta daquele lugar. Aliás, o meu carro sequer conseguiria se aproximar daquele estacionamento onde cobram 30 reais para estacionar por poucos minutos. Pode parecer que lá é uma loja comum mas é uma espécie de clube privê, onde só se entra com convite ou cartão. Não dá para dizer: "ah, vou só dar uma olhadinha, bater vitrine".
3. Mas se eu fosse rico, ricão, ricaço, juro que não iria na Daslu. Ninguém no mundo me convence que existe valor agregado que justifique uma calça jeans custar 1.500 reais ou cobrarem 1000 reais por uma gravata. Logo, não basta ter dinheiro: tem que ter a disposição de entrega-lo em grande quantidade por algo que não vale tanto.
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4. Mas como as pessoas que freqüentam a Daslu valorizam aquilo! A filha do governador Alkmin é "dasluzete" – como elas chamam vendedoras e recepcionistas. Segundo a coluna "Gente Boa" do Globo, na inauguração a moça ia conduzindo o pai pelos corredores dizendo a todo momento: "Pai, não tá liiiindo?!"
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5. Curiosamente, ou para marcar as abissais diferenças sociais neste país, exatamente ao lado da Daslu existe uma favela das baitas. No dia em que 250 agentes da Polícia Federal chegaram para invadir o centro de compras dos maganos, uma senhora da favela, ao ver aquela fila de camburões chegarem com sirenes abertas, teria repetido aquela famosa frase de Madre Tereza de Calcutá: "Agora fodeu a porra toda!"
Mas a dona justa não estava interessada nos pés inchados daquele moquifo. Eles estavam atrás dos "pés em calçados de pelica".
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6. As peruas e deslumbradas garantem que todo aquele luxo da Daslu é absolutamente necessário, que é chique comprar lá. Não sei se vocês sabem a origem do nome "Daslu". A primeira loja foi criada por duas senhoras, uma chamada Lúcia (a "Lu") e a outra de nome Lurdes (também "Lu"). Logo, aquela era a "loja das Lu"... Entenderam? É verdade! Que sorte elas não se chamarem "Custódia", não é?
M.S.
6 comentários:
Acredito que exageram na dose: dona Eliana foi presa primeiro e nenhum processo foi instaurado ainda. Não se espante pois é isso mesmo: pune-se, e depois julga-se!! Não defendo sonegação. Não acredito que a Daslu seja a responsável por nossos problemas. O governo que mobiliza 250 federais para esta perigosa sonegadora (não sei qual é o crime que será acusada) não consegue botar ordem no Rio de Janeiro. Quem será mais perigoso: a Daslu ou os traficantes?
Marcos peço permissão para responder ao Ronie,
Os traficantes fazem tanto mal quanto a Daslu sonegadora, não acredito que exista uma forma de julgar se um é pior que o outro, os dois infrigemm as leis e tudo deve ser apurado e os responsáveis penalizados por seus crimes.
Antes de mais nada, Ronie, Prazer em lê-lo e obrigado pela visita.
Sobre o seu comentário, eu concordo com você sobre os exageros da Polícia Federal. Parecia mesmo que eles estavam jogando para as câmeras. Mas também concordo com o Leônio, quando ele diz que infratores devem ser submetidos à lei, independente do teor da infração. O tráfico é um problema que pede atuação urgente. Mas não é por isso que vai ser deixado de lado o combate a outros crimes. Se a Dona Eliana sonegou, que vá se entender com a Dona Justa.
Um abraço
Marco
Marcão, eu não poderia deixar de meter o bedelho num assunto o qual eu entendo bem: SENSACIONALISMO. É óbvio que qualquer tipo de sonegação é danosa ao País, porém não me parece que o governo esteja preocupado com as sonegações dos clubes de futebol, da Ambev e, mais recentemente, dos milhões da Caixa 2, não só do PT, como do PTB, PP, PL, PQP e por aí a fora.
Torna-se claro que o intuito é mostrar ao povão uma atitude isenta de protecionismo às classes mais abastadas, aproveitando uma loja, que como você mesmo diz, jamais poria os pés. Não vi vantagem nehuma nisto, pois não ouvi falar do retorno financeiro desta operação, como também não vi retorno com a prisão dos Schincariol, etc, etc, etc...
Agora você há de convir que 250 agentes e 80 auditores fiscais é operação hollywoodiana, não é?
Pois é, eu concordo com todos os comments ao lado. Agora, melhor ainda é a maneira como vc, Marco, escreveu sobre o caso. Se elas se chamassem Custódia... hahahahaha... mas sério, o q realmente me deixa indignada, é como eles ("autoridades") têm tanta gente disponível pra "crimes" assim, e tão pouca gente pra combater a violência propriamente dita. Não q o lance da Daslu não mereça punição, claro q sim, o lance é: precisava tudo isso? E no fim, tudo acaba em pizza...
Não sei a razão, mas eu tenho o palpite de que tem o dedo do Duda Mendonça nestas visitas cinematográficas da Polícia Federal (o que seria uma ironia, convenhamos...).
O governo está louco atrás de um escândalo para dividir o noticiário com o setor de vestuário (cuecas etc.) e artigos de viagem (malas, valises etc.)
Se eu fosse empresário e do PSDB, colocaria as barbas de molho e as contas em dia...
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