quinta-feira, dezembro 20, 2007

Inflando o volume da bolsa escrotal



Alguém aí ainda tem paciência para o assunto CPMF? Ou este tema já inflou o volume do aparato testicular de todos nós? Também acho que já encheu o saco. Um governo de mierda, com uma base parlamentar de fezes encontra a hipocrisia de uma oposição de bosta. O resultado só podia ser o material orgânico expelido após a digestão pelo canal terminal do intestino.
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Bem, a nossa política (?) e o nosso governo (???) não se constituem em antigas ternuras, logo, o que este assunto está fazendo aqui neste blog temático? Eu explico.
Acompanhando, enojado, essa palhaçada toda, me lembrei de dois ditos populares que combinam com esta história. E como, acidentalmente, sei a explicação para as duas frases, isso é um trabalho para a seção: “A origem das expressões que utilizamos e que não sabíamos de onde vinham”. Pois então...Para o alto e avante!
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Comecemos pela primeira:

Gente de meia-tigela

Originalmente, significa pessoas desclassificadas, incompetentes, chinfrins... assim como...huum, digamos... alguns políticos do Congresso brasileiro. No entanto, essa expressão veio de Portugal, lá do tempo de vovó donzela.
Pois é. Naquele tempo, entre a moçada que trabalhava nos palácios, havia uma certa hierarquia até na hora de comer. Alguns serviçais, por trabalharem há mais tempo e até pelo tipo de serviço que desempenhavam, recebiam do mordomo-mór e do veador (ao dicionário, gente!) uma ração melhor. Os novatos no serviço, além de não terem direito à moradia, sofriam discriminações e gozações dos mais veteranos e ainda tinham que se contentar com meia ração na tigela. Os verdadeiro fidalgos (palavra reducionista para “filho d’algo”, ou seja, alguém importante, de família nobre) costumavam quebrar tigelas em ocasiões festivas - mais ou menos como os gregos fazem com pratos. Mas ai desses serviçais se quebrassem suas tigelinhas! Teriam que comer na mão ou no chão. E ainda tinham que aturar os mais antigos os chamando de “fidalgos de meia-tigela”.
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A outra expressão que quero trazer hoje é:

O fim da picada.


O atual significado disso é algo absurdo, um desastre absoluto, que traz um enorme desgosto. Assim como... huum, deixa ver... as votações no Congresso brasileiro.
Mas vamos à historinha que originou a expressão.
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Picada é uma trilha feita no mato, geralmente a golpes de facão. Quando uma pessoa se embrenha num matagal, abrindo uma picada, quem quiser encontrá-la é só seguir a trilha aberta que vai chegar até ele. Mas, se chegar ao fim da picada e não encontrá-lo, êpa! tem-se uma situação de perigo, pois o quê ou quem o atacou pode atacar quem chegou no fim da linha. Logo, chegar no fim da picada e não encontrar ninguém, é sinal de que está sem saída e em apuros.
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Entenderam agora o motivo de eu ter ligado as duas expressões ao momento político que vivemos? E aí? Tem a ver ou não? Espero não ter enchido o sac...quer dizer, inflado o volume da bolsa escrotal de ninguém.
M.S.
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Na Rádio Antigas Ternuras, você ouve o “Tema do Bozo”. Já que virou palhaçada...

11 comentários:

dade amorim disse...

Marco, os bravos rapazes de Brasília merecem este post, clap, clap, clap!
Um Natal de aldgrias e muito amor pra você e os que você ama.

Janaina disse...

Dá uma bitoca no meu narizzzzzz!!!! Hahahaha!!
Amei o post, Marco!
Beijões.

J.F. disse...

Marco, ótimas explicações e bem enquadradas ao início do texto. E obrigado por suas constantes visitas ao meu blog. Feliz Natal para você e todos os seus. Abração, JF

Márcia disse...

Amigopratodavida, você faz com que a gente nem sinta raiva daqueles pobres mortais,paciência tenho não, já virou piada de péssimo gosto ;-)
FELIZ NATAL!
saúde, paz, amor, harmonia e muita felicidade para todos os seus meu querido.
diaslindos,
beijos

Anônimo disse...

infelizmente, não é possível dispensar ternura a todos estes sacripantas...Feliz Natal!

Claudinha ੴ disse...

Olá Marco!
Realmente estes nossos políticos de meia tigela são o fim da picada!
O texto está perfeito como sempre. Aproveito para agradecer a visita e desejar um Feliz Natal para você! Que o aniversariante continue a guiá-lo em suas estradas e a protegê-lo.
Beijo.

Tina disse...

Oi Marco!

Excelente post, parabéns! A analogia com os ditos populares foi perfeita.

beijos querido e Boas Festas a você e família.

Renata Livramento disse...

Marco querido,
vim desejar a você,a sua família e a todos o que ama, um feliz natal, repleto de amor, paz e harmonia; e um 2008 com muita saúde e sucesso!
Bjs,
renata

Francisco Sobreira disse...

Marco,
Vc disse o que todos aqueles que não estão mancomunnados com esse pessoal da política (há exceções, mas, infelizmente, não são muitas) têm vontade de desabafar. O bom é que, mais uma vez, vc nos dá aula sobre a origem das duas expressões. Um feliz Natal e um excelente 2008. Abs.

Anônimo disse...

Um post exuberante como só vc poderia escrever.
Aproveito a oportunidade pra desejar-lhe um FELIZ NATAL,MARCO.

Grande abraço!!

Anônimo disse...

Oi Marco!

Muito legal conhecer a origem dessas expressões, acho até que vai ser mais divertido usa-las agora. Quanto aos politicos, é bom nem lembrar especialmente nesta época especial de festas, pra não ficar com stress. Vim desejar um feliz Natal e um 2008 cheio de alegrias a voce e os seus.

Felicidades!

Simone