quarta-feira, setembro 26, 2007
Cosme e Damião
Dia 27 de setembro é dia de pegar doce. Pelo menos era no meu tempo... Eu chegava em casa, vindo do colégio, pegava um sacão e ia pra rua, atrás de guloseimas. Naquele tempo, no tempo das antigas ternuras, as mães não se importavam se os filhos passavam boa parte do dia vadiando pelas ruas. Não tinha perigo. Aliás, tinha muita mãe com filho nos braços disputando os doces com a gente nas filas e aglomerações onde se estavam distribuindo os saquinhos de papel com a imagem dos santos gêmeos...
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A propósito... A força da cultura popular é algo que não conhece limites, não é? Não há sequer comprovação de que tenha mesmo existido São Cosme e São Damião. Tudo bem, sei que existe uma tumba na basílica que o papa Félix IV construiu para eles em Roma e que presumivelmente contém seus despojos, mas não há certeza científica de que tenha mesmo havido dois irmãos santos, médicos cristãos, que faziam milagres e que por isso foram condenados, no Século III, ao tempo do imperador Diocleciano, a serem decapitados por ofenderem aos deuses. Há uma narrativa sobre dois médicos, que não se sabe se eram irmãos, cujos nomes eram Acta e Passio, que mais ou menos corresponde à história deles. A tradição diz que eles nasceram na Arábia, de pais cristãos. Tornaram-se médicos na Síria e praticavam a medicina, sem cobrar nada, na Egéia (na Ásia Menor). Isso numa época em que não existia plano de saúde, nem INSS. Tem pesquisador que garante que o mito de gêmeos heróis veio da mitologia greco-romana e que Cosme e Damião eram variações do culto pagão de Castor e Pólux.
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Para complicar mais ainda a situação, o culto aos gêmeos médicos foi assimilado sincreticamente no Brasil pelas religiões de origem afro. No candomblé, por exemplo, eles seriam os ibejis, que atendem aos pedidos dos fiéis em troca de doces e quitutes. É comum ver na Umbanda, representações dos dois santos acompanhados de um menino chamado “Doum” (do ioruba: Idowu), que protege as crianças com menos de sete anos.
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Bem, lenda ou não, era uma delícia correr atrás de doce no dia 27 de setembro. Em cada saquinho, surpresinhas que faziam a festa da criançada do meu tempo. Ah, que saudade dos doces de antigamente e que recheavam os sacos de Cosme e Damião! Tinha cocada, branca, preta ou rosa, pé de moleque, cocô-de-rato, mariola, doce de abóbora em forma de coração, doce de batata, dadinho, bananada em forma de triângulo no palito, pingo de leite, chiclete Ploc e/ou Ping-Pong, maria-mole, delicado, jujuba, bala Juquinha, bala de tamarindo, bala Toffe, confetti, suspiro, caramelo Embaré, moeda de chocolate, amendoim salgado ou doce, geléia de duas cores (amarela e vermelha), pirulito bola, torrone, paçoca... A cárie e a dor de barriga estavam garantidas!
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Eu gostava de pegar doce na macumba. Quer dizer, na Tenda Espírita Pai João, cuja proprietária, a Dona Eliete, se esmerava em rechear os saquinhos e ainda dava brinquedos! Não era à-toa que existia uma baita fila no dia em que se fazia lá a distribuição de cartões. (Parêntesis: tinha gente que, para evitar muita confusão, saía pela rua distribuindo cartões que indicavam o dia e a hora em que se faria a distribuição dos doces. Na verdade, só antecipavam a confusão, pois para pegar um dos cartões valia até pisar no pescoço de uma velhinha paralítica que atravessasse no caminho...)
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Quando eu fiquei mais rapazinho, além dos doces eu ia atrás de outros prazeres. Tinha algumas meninas taludinhas, que entravam na balbúrdia, disputando os saquinhos. E nós, canalhas juramentados, nos enganchávamos na bunda delas, tirando sarros homéricos.
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Lembro que uma vez eu me enganchei atrás da bunda de uma das irmãs do Jurandir que foi uma coisa louca! Acho que a safada estava bem gostando da situação, visto que ela até empinava a rabiola para facilitar as coisas. Quando acabou a confusão, eu estava com um saco de doces na mão e um “drops” dentro do short. Todo mundo reparou. Os meus amigos ficaram me sacaneando, mas por pura inveja. Naquela época, a única possibilidade de sexo para nós, do alto de nossos 12, 13 anos, era a conhecida cantora cubana, a “Palmita de la Mano”... Se é que vocês me entendem...
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Depois que enchíamos o sacão com os muitos saquinhos, era comum a gente se sentar e trocar alguns doces que não nos agradavam por nossos preferidos. Tinha gente que não gostava de cocô-de-rato (nome original: flocos adocicados de arroz) e de pipoca americana. Nem de “colchão-de-mola” (maria-mole entre dois biscoitos quadrados). Eu gostava de tudo. Para mim, se colocasse açúcar em tijolo eu morderia e ainda acharia uma delícia! Tinha casa cuja dona era mais pobrezinha e colocava nos sacos uma mariola, um pedaço de bolo solado e duas balas. Ela tinha feito promessa aos santinhos e dava doces conforme suas possibilidades. Eu não me importava. Emburacava em tudo!
Uma coisa interessante: um amigo meu, criado em São Paulo, disse que isso não tinha por lá. Que só foi tomar conhecimento desse negócio de dar doce de Cosme e Damião no Rio. Será que é um costume local?
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Hoje, eu não vejo mais distribuição de doces nas casas. Pelo menos, não na forma como era no meu tempo. O povo tem medo. Com a violência cotidiana não se brinca. E ainda tem os carros nas ruas, atualmente mais numerosos que na minha época. As mães já não deixam os filhos pequenos saírem na aventura em busca dos saquinhos de guloseimas. Putz... Que bosta de vida estas crianças estão tendo, né não? Quando tiverem a minha idade, que antigas ternuras terão pra contar?
M.S.
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Na Rádio Antigas Ternuras, você ouve “Gente Humilde”, letra maravilhosa de Vinícius e Chico Buarque, para a belíssima música de Garoto. Na voz, a fantástica Ângela Maria. Uma música que fala de casas simples, com cadeiras na calçada, exatamente como as que davam doces, no meu tempo de moleque... Aí me dá uma vontade de chorar...
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35 comentários:
Confesso que não faço ideia se alguma vez essa tradição existiu cá em Portugal. Apenas sei que não passei por ela e que apenas conheço essa tradição pelos filmes norte-americanos. E, agora através das tuas Antigas Ternuras também fiquei a saber que foi, ou ainda é, tradição brasileira.
Tena razão quando perguntas que tipo de infância as crinaças de hoje têm, e que histórias terão amanhã para contar.
Dos jogos de PS? Das noites passadas frente ao computador a falar com os amigos pelo MSN?
Se eu dia tiver filhos, espero dar-lhes uma infância bem mais rica!
Beijos! *.*
p.s.- Tentei, mas não posso fazer referência aos "drops" nas calças. loooooool Fizeste-me rir! :D
dia de coisas doces... cosme e damião só queriam levar alegria e conforto às crianças.
e criança de hoje em dia contará história de como passava aquele programa na TV... ou aquele jogo no micro.
Beijos querido
Engraçado que nunca tive este costume.
Mesmo qdo de calças curtas,acho que só uma vez minha avó paterna fazia algumas coisas doces pra distribuir aos netos.
Lembnro-me que tinha procissão e tudo no bairro onde ela morava.
O engraçado é que ontem,minha outra vó se confundiu e falou que era o dia de Cosme e Damião.
Temo que certas tradições se percam com o tempo.
Como sempre vc arrasando nas info,MARCO.
Grande abraço!!
Meu caro, eis uma experiência que não faz parte de minhas vivências/lembrâncias seridoenses. Por isso mesmo trata-se de um dia sem maior importância para a minha história de vida. Mas o seu texto, como sempre, é muito bom. Abraços.
Eu ainda "dou" doce mesmo morando num condomínio onde a maioria das crianças nem sabem o pq de estarem recebendo saquinhos com imagens de São Cosme e São Damião.
Sou do tempo que pegava senha pra entrar nas casas e me fartar de doces na mesa ou nas filas ficava disputando lugar pra pegar mais sacos e adicionar no meu "barbantinho" pendurado nos ombros, chegava em casa e derramava as guloseimas coloridas numa bacia de aluminio[ainda se usa isso? rss].
Meus filhos foram criados numa casa enorme na Tijuca e tiveram [e terão ternuras pra contar] todas as alegrias de andar de casa em casa pegando doce, nesse dia nem na escola iam, festa dos Santos Gêmeos.
Meus netos já não ganham doces além dos meus e da família da minha nora mãe de gêmeos[netos meus]
É amigopratodavida, nós somos privilegiados, nascemos na hora certa e sempre fomos felizes e sabíamos.
lindo dia
beijos
Olá Marco!
Minha avó materna fazia questão desta tradição.As crianças adoravam! Mas ela faleceu em 73 e ninguém mais prosseguiu com a tradição, a não ser minha tia que morava no Rio. Eu continuei crescendo sem isto.Penso que no Rio a tradição foi mantida.
Seu texto está excelente, divertido e cheio de aprendizado.
Um beijo e um excelente dia de São Cosme e Damião!
Meu querido,
Eu já peguei muito doce no dia de Cosme e Damião, e vendo essas fotos de doces, hum...me deu até água na boca.
Só que foi como tu disse, naquele tempo tudo era diferente né? Eu costumo dizer que no meu tempo eu só tinha medo do homem do saco...rs
Hoje as menininhas nem medo mais desse homem tem...rs
Beijão querido...
Adoro qdo vai me visitar.
ps: tem outro mico da tua personagem
Caro Marco,
Tal como o seu amigo paulista, eu estranhei esse costume relatado por você, porque no Ceará "não tinha disso não". Sobre Cosme e Damião,me lembro bem (e ainda sei a letra de cor) de uma música cantada por Gilberto Alves, que homenageava a dupla. E nunca pude entender a palavra "doum", dita na letra. Era menino besta e perguntei a uma irmã já moça o significado e ela também não sabia. Mas agora, graças a você, fiquei sabendo. Talvez você conheça essa música e se um dia você pudesse colocá-la, seria pra mim uma volta ao passado. Ela é da década de 1950, talvez na segunda metade. Faz uns 50 anos que não a ouço. No mais, outro agradável texto, um grande abraço e um belo final de dia.
Oi Marco!
Eu me lembro com saudade dessa epoca: era muito bom andar pela rua ganhando doces... Concordo com voce quando diz que nossas criancas vao ter pouco para lembrar.
Obrigada pelo carinho das mensagens deixadas e pelos votos dirigidos ao meu netinho. Eu tambem nao tive avo. Muito chato, triste.
beijos querido,
hum....vontade que me deu de dadinho...rs...
Eu nunca brinquei disso, só no halloween mesmo... a versão brasileira nunca vi :(
bjos
Eu me lembro bem desses dias mas na minha epoca já não eram muitos os adeptos. E na ultima vez que sai e já exatamente por isso que foi a ultima tive uma experiencia ruim, em umas das casas que costumava bater um cão escapou da corrente e me deu umas dentadas, rsrs... por fim eu acabei sendo o doce dele!
Esse dia tras ótimas lembranças da infância.
Doces, doces, doces...
Marco creio que as crianças de hoje, prisioneiras em seus próprios lares, não terão muitas emoções para contar aos filhos e netos. Lembro-me de subir os morros, mesmo com dificuldade, pois era gordinha e me cansava com facilidade. Mesmo assim pegava filas imensas ou simplesmente tentava disputar os saquinhos que nos eram atirados de cima dos muros. Chegava em casa com duas sacolas de mercado repletas de doces, que colocava sobre a mesa e depois voltava as ruas para pegar mais. Só lá pela 10 da noite que voltava pra casa, cansada, mas feliz da vida com a aventura do dia. Também gostava dos doces que se davam em casa, as mesas repletas de guloseimas, os parabéns para os santos, tudo aquilo era mágico. Grata por lembrar-me dessas também antigas ternuras minhas.
Beijos poéticos.
Quase engasgo de rir com a tal cantora cubana! :D
Infelizmente a insegurança acabou com muitos rituais q só trazam alegria, muito bacanas suas lembranças desse dia.
Bj
ai que delícia essas fotos!
nunca ganhei doce no dia de Cosme e Damião..acho que meus pais não gostam dessas crendices e costumes =/
abraço.
Marco, já fiquei lacrimejosa (ou seria lacrimejante???) ao ler este post. Eu lembro ainda que, quando pequena, minha mãe, sei lá por que, optou por me levar num centro de umbanda. Jamais esqueci os "pontos" cantados, o cheiro de pólvora queimada com giz e as festas de Cosme e Damião. obrigada por puxar mais umas ternuras antigas aqui da tia maris.
abraços
E viva a nossa cultura, como diziam mos modernistas! Voltarei!
Doces tradições que vão se acabando. Pena, pena, pena! Mesmo assim, acho que a menidada de hoje terá algumas ternuras futuramente - não tantas nem tão doces, mas terão.
Um beijão e ótimo (doce) domigo!
excelente música... me sinto um nada quando a escuto...
Cosme e Damião. Quando criança, amava pegar doce, encher as sacolas. Agora quase não vejo as crianças correndo atrás de doces.
Mas, apesar de Evangélica, ainda gosto das guloseimas.
te beijo
Taís
Oi Marco
Aqui em São Paulo SP algumas pessoas distribuíam sim doces nesta data em homenagem a Cosme e Damião. É raro mas acho que nos bairros mais periféricos, algumas pessoas ainda mantém essa tradição. É muito bem ter antigas ternuras, não é mesmo? Abraço
Pra você ver como a violência acaba com a alegria de um povo...
A descrição é perfeita, Marco. Mas a situação atual do Rio deixa a gente meio triste. um beijo e ótima semana pra você.
Que legal! Também não conheci esta tradição aqui no Paraná...
Mas em Mariópolis, fazia-se isso na manhã do Natal e na de ano novo...
Não era uma grande tradição, mas sempre passava uma ou outra criança atrás de balas...
Essas tuas antigas ternuras me enternecem... e deixam-me com uma vontade enorme de sair promovendo algumas dessas coisas por ai...
beijos
Usando de suas palavras, devo ter tido uma infância de bosta, então! Não sabia dessa tradição até vir morar no Rio, aqui também foi-me apresentada a malhação do Judas, que também não conhecia.
Boa semana! Beijus
Oi querido,
Passei pra ver se tinha post novo...
Volto depois...beijos e linda semana.
Marco:
Não guardo lembrança de São Cosme e São Damião da minha infância, não. Acho que fui atentar para a data e seu significado mais tarde, já adulto.
Mas você tem razão em apontar a força da cultura popular.
Eu tive muita doce assim na minha infância... como eles dizem por aí, foi a última infância feliz...
Ternurovski, meu blog não mais existe, mas todo carinho em forma de prêmios e comentários teus que tive o privilégio de ter por lá eu vou carregar sempre em meu coração.
Sempre, sempre e vou continuar a vir te visitar, meu querido amigo
beijos
Caro Marco: não fui muito chegado a tal tradição. Talvez porque não desse a importância da data. Mas que o costume já não é como antigamente, isso é uma realidade. Bom a época dos nossos 13, 14 anos, não? Passados que ficaram, presentes que estão, futuros reticentes. E foi mais uma aula sobre os místicos(?) ensinamentos dos antepassados. E com sua narrativa a insuflar detalhes de fino humor.
Um abraço...
Que doces recordações vc nos traz, Marco! São vivências inocentes, e cheias de malícias (encoxadas), que recordamos, quase acreditando que vivemos juntos essas antigas ternuras, tantas as coincidências, rsrs. E que memória a sua!!! Abraços.
Agora é a vez de Mini-me (minha filhota) pegar essas guloseimas... Ganhou algumas, não tanto qto eu ganhava... Nunca fui lá muito católica, nem qdo criança, mas acho uma pena nossas (???) tradições sumirem, ao longo dos anos... Enfim..
Beijos Marco!!
Meus filhos ainda viveram tradições como esta, mas sei que meus netos só saberão delas como velhas histórias contadas pela vovó! Pena, né?
Gostoso ler suas memórias, Marco.
Beijocas
Lembrei de uma música de Rita Ribeiro do cd "Tecnomacumba":
"Cosme e Damião
Damião, cadê Doum?
Doum tá passeando é no cavalo de Ogum..."
Aqui onde eu moro é muito residencial e ainda têm muitas mulheres que distribuem doces de Cosme e Damião.
Adorei ver as crianças correndo aqui pela rua. Lembrei das minhas antigas ternuras.
Bisous!
Adorava o dia de Cosme e Damião quando eu era criança...
Amei este post... Muito.
Beijos, Marco!
Aqui na minha terra, também não me lembro esse delicioso hábito. Só conhei os santinhos na Igreja.
Depois, parte da minha família sendo espírita, passei a ver a distribuição para crianças carentes. Nada de festas tão boas como você conta e que lembra mum pouco as festas de halowenn nos States.
Porém, dos doces (ai, ai), lembro-me de todos, que maravilha. Ploc? Ai Marco, só você para desencavar essas coisas.
Que assanhamento, hein? Aproveitando-se das "inocentes" meninas!
kkkkkkkkkkkkkkk... adorei isso da cantora, não conhecia.
Sabe querido, também fico imaginando o que nossas crianças guardarão de belo e bom em suas vidas senão o que vêem na TV (que geralmente não presta).
Coitados, você tem raz ão, dá um vontade de chorar.
beijos, obrigada por esse passeio instrutivo e emocionante pela infância.
Infelizmente, eu também não vivi essa bonita tradição; só fui ver alguma coisa parecida aqui nos Estados Unidos com a nova tradição brasileira conhecida como Halloween...
Prezado Marco, estava a procura de uma receita de doce, que comprava na porta da escola, era um doce brano e rosa, que o senhor que vendia, tinha que cortar com uma machadinha, não encontrei nadica desse doce, a não ser o o bendito quebra-quixo, feito com açúcar, coco e mais alguns ingredientes, bem mas, contei tudo isso, para dizer ao procurar essa receita, achei seu blog, que delícia de infância que tivemos, em minha cidade, ainda é costume, ganhar sacolinhas repleta de doces, eu mesmo, sendo uma tia-avó ainda gosto de receber uma sacolinha dessas.
Meus parabéns pelo texto, fico imaginado o que meus sobrinhos terão para contar quando tiverem a minha idade. Um bom carnaval para vc, cheio de confete, serpentinas e colombinas. Abraços.
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