quarta-feira, abril 25, 2007
Auíka!
No outro dia, fui até o setor de suporte da informática no meu trabalho e no que eu cheguei vi uma rodinha com uns quatro mais ou menos. Um deles, justamente o chefe do setor, apontou pra mim e disse:
- Esse aí também gosta!
Eu protestei:
- Ô rapá! Presta atenção! Me respeite, sujeito! Sou homem! Vê lá se eu tenho os seus hábitos!
Eles riram. Quando a gente vê grupo de homens conversando, já imagina que tem sacanagem no meio...
- Ô mané. Não é isso, não. Estamos falando de National Kid.
Minhas glândulas salivares começaram a se assanhar. Daí, comecei a falar daquele seriado que encantou toda a minha geração (se você tem menos de quarenta e poucos, não faz a menor idéia do que eu estou falando...). Os caras desconheciam completamente o que eu estava contando pra eles. Virei ídolo daquela moçada por saber tanto sobre o Kid.
*
No meu computador do trabalho tem uma baita foto do herói japonês no wallpaper (essa imagem aí ao lado) Quem vai na minha sala e olha a foto, se for da minha geração, já pinta aquele brilho nos olhos. E quando eu falo que o único lugar do planeta onde a série fez sucesso foi o Brasil, e conto otras cositas más, a pessoa chega a pular de felicidade feito perereca profissional.
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Pois é. Meninos, eu vi. E vou contar pra vocês.
*
O seriado foi produzido no Japão, em 1960, pelos estúdios da Toei (estreou no Brasil em 1964, na Record de São Paulo, e no Rio em 1965, pela TV Rio). Era em preto e branco (para baratear os custos de produção). O herói foi criado pelo desenhista de quadrinhos Daiji Kazumine. Foram produzidos cinco histórias, com episódios de 24 minutos cada um. Eis os nomes das histórias famosas do National Kid:
Contra os Incas Venusianos
Contra os Seres Abissais
Contra o Império Subterrâneo
Contra os Zarrocos
O Mistério do Garoto Espacial
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Agora, sintam só as curiosidades sobre a série.
Ela era, na verdade, um grande comercial dos produtos National (que hoje têm o nome de Panasonic), a patrocinadora do programa. Nos episódios, o que aparecia de radinho e outros aparelhos daquela marca não estava no gibi! Um merchandising dos mais escancarados que a TV já viu.
Eu tenho nos meus guardados uma antiga matéria de jornal sobre o National Kid que apresenta a letra da musiquinha de abertura do seriado. Pena que eu não saiba onde guardei o raio da página. Mas fui fuçar na internet e achei a letra original com a tradução! (Babem, quarentões e cinqüentões...)
Kumo ka arashi ka
Inazuma ka
Heiwa o aisuru hito no tame
Morote o takaku sashinobete
Uchu ni habataku kaidangi
Hei, sono na wa kido - Hei, Nationaro Kido
Bokura no Kido - Kido! - Nationaro Kido
(“Será nuvem, tempestade ou raio?
Lutando pela paz do mundo...
Levantando alto as duas mãos...
Voando pelo cosmo o nosso herói...
Oh! O seu nome é Kid!!!
Hey! National Kid!
Ele é o nosso herói, Kid!!!
National Kid”)
Eu me lembro da abertura do programa, quando o locutor dizia assim:
Domina o mundo da 4ª. dimensão...
Supera o impossível...
Mais forte do que as armas científicas atuais...
Mais rápido do que os aviões a jato...
Defensor da Paz e da Justiça...
Super-homem invencível,
Seu nome é...National Kid!
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No elenco, haviam atores profissionais misturados com amadores. O próprio protagonista, National Kid e sua identidade secreta Professor Massao, nos episódios contra os seres abissais e incas venusianos, era feito por um funcionário dos Correios do Japão (Ichiro Kojima, que deixou a série por problemas de saúde, sendo substituído por Tatsume Shiutaro). A garotada que aparecia na série, os órfãos criados pelo prof. Massao e sua assistente Tyako, foram recrutados em colégios.
Aliás, tem uma outra curiosidade hilária: o professor Massao originalmente não tem esse nome. Na história original ele se chama “professor Riusako”, mas na dublagem brasileira resolveram trocar para não favorecer trocadilhos de duplo sentido com “riu” e “saco” (Ah... anos 60!)
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Outra curiosidade que vai deixar os admiradores da série de queixo caído: os “incas venusianos” só se tornaram “venusianos” no Brasil. Originalmente, são só “incas”, mas os responsáveis pela dublagem acharam melhor dar um planeta para aqueles caras estranhos, vestidos de morcego com um Z no peito. Os tais esquisitões adoravam o deus Awika (se pronuncia “Auíca”) e eram governados pela princesa Aura, uma japinha até bem mais ou menos...
Vejam uma cena do Kid, lutando contra os incas venusianos. Reparem na gargalhada canastrona. E no radinho National. Gente, isso era muito bom!!! (dura só 2min e 8seg)
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O efeitos especiais mais pareciam “defeitos”. Só faltava aparecer a cordinha segurando os discos voadores. Cenas de um episódio eram aproveitadas em outros. Por isso os disco voadores dos subterrâneos são iguaizinhos aos dos incas.
Nos episódios contra os seres abissais, as fantasias de monstro dos caras eram risíveis, assim como o submarino deles. Numa cena em que um automóvel voa, vê-se nitidamente ser um carrinho de brinquedo em uma maquete. Mais tosco, impossível.
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Os criadores da série nunca esconderam que o National Kid era uma cópia descarada do Super-Homem, cuja série com Geoge Reeves fazia muito sucesso no mundo todo. No Japão, o NK não causou nenhuma sensação, ao contrário do Brasil, sucesso garantido em todos os canais que passou (TV Rio, Globo, Tupi e Record). Nagayoshi Akasaka, criador, roteirista e diretor da série, levou um susto quando, muitos anos depois do fim da série, um jornalista brasileiro lhe falou do absoluto sucesso do herói para toda uma geração no Brasil. Ele confidenciou porque escolheram aqueles vilões:
“Existem dois grandes inimigos do ser humano. As coisas que vêm de fora e as coisas que saem de dentro. Assim criamos dois tipos de vilões: os invasores vindos do espaço e os seres abissais saídos das profundezas do oceano”.
Isso é bem típico dos anos 50/60, quando a Guerra Fria em marcha no planeta, camuflava no mundo capitalista a luta contra o comunismo, dando a vilões do espaço ou do fundo do mar ou ainda das profundezas da terra características da liturgia soviética.
Se bem que no caso do National Kid, os incas venusianos invadiram o nosso planeta para protestar contra as experiências atômicas e com o descaso com a natureza. Da mesma forma, os seres abissais atacaram a superfície como protesto pela poluição marinha e pelos testes atômicos. Em tempos de aquecimento global e ameaças de corrida nuclear pelo Irã e Coréia do Norte, seria a hora de pedir: “voltem, incas, voltem pelo amor de Awika!”
E vai que os abissais soltem o celacanto e produzam uma baita tsunami! Olha só a situação!
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Aliás, sobre isso, lembro que em 1978, vários muros da cidade apareceram pichados com a frase “Celacanto provoca maremoto”. Nossa! Lembro que aquele mistério agitou os cariocas. Bem, os cariocas que não conheciam o National Kid, é claro... Eu e os outros fãs da série estávamos carecas de saber que aquela frase era a senha dos seres abissais na luta contra os seres da superfície e contra o National Kid. Mas as “teorias” que ouvi na época a respeito da frase são de matar de rir. Iam desde mensagem cifrada de bandidos até uma forma de atacar o governo da ditadura militar.
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Para nossa tristeza, no incêndio que praticamente destruiu a TV Record, no início dos anos 70, ficaram torrados os rolos contendo a série. Com muito custo, e graças a longas negociações com os estúdios Toei Company e com a Sato Company, conseguiram resgatar cópias com algumas histórias (abissais, incas e subterrâneos). Lançaram aqui, em VHS e depois em DVD. Tenho ambas, minhas queridas antigas ternuras.
Quando as revejo, lembro daquele herói que veio de Andrômeda, mas principalmente, lembro de um menino magrinho, que costumava amarrar uma toalha no pescoço e sair correndo pela casa cantando “taaaaaan...Tan-tan-tan-taaaaaaaaan...”
Como já dizia Belchior, “nossos ídolos ainda são os mesmos e as aparências não enganam, não...”
M.S.
Bem,amigos da Rede Globo… Eis a última cena do último episódio do National Kid. E com a dublagem original. Dura 3min e 40seg.
Não precisam agradecer. Basta curtir e enxugar aquela lágrima vadia que insiste em correr no canto dos olhos...
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Na TV Antigas Ternuras você vê algumas cenas e a abertura do National Kid. Se você não era desta época, você não sabe o que perdeu. Se você era... Ah, está aí fungando não é? Pois é. Eu também.
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30 comentários:
Nacional Kid não é da minha época, mas entendo perfeitamente esse seu saudosismo, também sou um pouco assim. É que cada uma dessas coisas (personagens, músicas, livros, etc..)traz um pouquinho da nossa história também...
bjo
Oi Marco!
Você não vai acreditar, mas outro dia eu e uma amiga no escritório estavamos contando para uma jovem de 20 aninhos quem tinha sido NKid ! Vou passar seu endereço para ela vir aqui. Adorei o post e o blog também.
beijos,
PS: Cheguei aqui através Lino.
Bem, realmente isto não é do meu tempo. Nem tenho ideia se passou em Portugal!
As tuas antigas ternuras encantam-me!
*.*
Marco que saudade que eu estava de passar por aqui e ler suas histórias! Amei o National Kid. Eu não conhecia. Quer dizer, já tinha ouvido falar, mas não tinha a menor idéia de nada do que você nos contou aqui.
Beijão!
bem legal meu caro amigo mas esse kid não é da minha época.
Meu Ternurinha, vim deixar beijo especial pra vc!
vou sentir saudades!
Eu estou mais pra "Brazinhas do Espaço", não assisti Nacional Kid, mas já escutei muitas histórias. Até salvei os videozinhos aqui para mostrar pra galera e o seu texto está sendo mandado por e-mail pra uma turminha lá de Pouso Alegre! hehehehe
Beijus
Oi Narco, boa tarde!
Acho que vc nem se lembra de mim, estive aqui uma vez só, mas volto hoje e vou linká-lo(posso?), para voltar com mais facilidade, adoro seu espaço!
Não, não é da minha época. mas é sempre bom "conhecer", gosto do seu blog pela nostalgia que paira sobre ele, eu sou assim...
Valeu! Eu volto!
Estou de blog novo, Carinhosamente, Crissssss...
Poxa,MARCO,que viagem que eu fiz agora.
Vc me deixou emocionado. Lembrei-me de ,garotinho,vontando da escola doido pra ver o seirado na Globo.
Com todos os defeitos,ainda hj acho muito legal. Só tenho 2 vhs aqui em casa,mas o suficiente pra matar a saudade.
Brigadão mesmo pelo post.
Qta saudade!!
Abração!!
Olá Marco!
Eu sei bem do que fala, embora a minha geração tenha assistido mais a Ultra Man e Ultra Seven. Imagino o menino magrinho correndo de capa, via o meu irmão assim e eu era sempre o monstro que apanhava de surpresa, mas na hora que resolvia revidar... O seu texto mexeu com aquela saudade gostosa da infância que todos temos. Beijo e ótimo final de semana!
Que legal!!
Tem coisas que, para marcar uma geração nem precisam ser originais, bem feitas e... bom, pensando bem precisam sim. Essa minha descrição está parecendo mais de Funk... rs
beijos
ah, não... não é da minha época, mas meus primos mais velhos sempre falavam muito... um dia achei uns filmes velhos, sei lá tirados de onde e conheci o NK.
que barato.
Claro que é coisa de menino, eu, mesmo sendo uma jornalista investigativa expert em Guerrilha e ditadura, gosto mesmo é da Vila Sésamo, rsss.
excelente, como sempre.
Te beijo
bom findi!
Taís
Grande resgate! Curti muito o Nacional. Eu tinha a idade certa para curti-lo, assim como o Terra de Gigantes e Túnel do Tempo. Nos anos 90 o Nacional Kid virou cult e até hoje acho interessante assiti-lo. Valeu!
gd ab
Mesculpe, Marco, mas nunca ouvi falar nesse seriado.Nem RTRO... acredite. Aina bem que vc nos traz essas antigas ternuras. O seu blog é uma enciclopédia/acervo televisiv0.
Abraços.
Nao era muito trash esse seriado? nunca vi nenhum capitulo...bom fim de semana pra vc..
Marco, por mais que me esforce não consigo me lembrar dessa turma. Talvez na época não chamasse muito a minha atenção, sei lá... Um beijo!
Confesso que não vivi no tempo dos dinossauros, nem do National Kid, e nem do Vigilante Rodoviário, mas tenho noção de que isso existiu. Minha referência mais próxima são o Utramen, o Ultraseven e o Speed Racer. Mas me solidarizo à sua causa. Hoje em dia, com tanta tecnologia disponível, não se consegue tamanho impacto no telespectador. E entre presente, passado e futuro, voltarei muitas vezes aqui, porque o o que é bom merece ser apreciado. E por ser indicação do Joel, se me permitir não perder o rastro, vou linkar o seu blog nos meus.
Um grande abraço!
Marco,
eu só lembro da minha irmã, brincando pela casa com "o óculos do NK". Aquele, que se fazia com as mãos, lembra?
Pois é...
Estou nesse grupo, aí, de "menos de quarenta e poucos", mas não naquele que "não faz a menor idéia" do que você está falando.
Agora, as curiosidades sobre a série... Realmente!! Vc é o maior fã de todos os tempos e o pesquisador número 1!!!
Pronto! Tá eleito!
:o)
Oi, Marco: sobre o seriado que fala eu não curti não... nem me lembro direito do mesmo> Mas, gostei da parte final na postagem anterior, quando o seu castigo foi ficar 30 dias sem sair de casa. E isso para um menino levado (como vc deve ter sido)é um verdadeiro suplício. E vc conta com o humor já peculiar de suas narrativas. Parabéns!
Um abraço...
Não cheguei a assistir, mas adorei o jeito como contou essa história.
beijos e boa semana para você.
Não sou da época do National Kid. Mas cresci ouvindo sobre ele, o avô dos seriados asiáticos.
Marco, primeiro fui conferir o final da história de dedo duro, e fiquei "bege".,...kkkk isso que é ter azar hein?
Agora falando deste post, eu não lembro desse super herói...
Mas já ouvi falar muito.
Ó, tem um negócio lá no meu blog, falo de vc...rs
Beijos e boa semana.
Marco, só você mesmo para me fazer sorrir muito ao som da música de Nacional Kid e relembrar os bons tempos...
Boas lembranças como sempre!
Fico feliz em ver aqui um seriado que muito gostava de ver.
Auika!!!!!! (bom demais recordar!)
Obrigado por isso.
Deixo-te pérolas incandescentes de saudades...tinha tempo que não te visitava.
Com carinho,
Eärwen
30.04.07
Não fui da época do Kid, mas curti muito "O Regresso do Ultraman", "Ultraman" e o sensacional "Spectreman". Bem diferentes destas imbecilidades pausteurizadas(do tipo Power "Strangers" hehe!)que as crianças de hoje aturam. Spectreman, então, era uma série dramática e soturna, falava sobre ecologia, e nada tinha a ver com essas bobeiras de hoje onde o mocinho sempre vence.
OBS1: Fechamos a quitanda do Cinelândia por motivos que já te expliquei: quero mais tempo para escrever meus contos e romances. Mas, quem sabe um dia não retornamos!
OBS2: A tua peça apareceu na coluna sobre programação cultural do RJTV na sexta passada! Parabéns! Tomara que isso traga mais público para a excelente peça de vocês!
UM abraço!
Ano passado, descobri esses episódios e a letra da música de abertura na Intenet. Babei, gritei e chamei as crianças. Elas adoraram. Minha filha decorou imediatamente a música. Morri de inveja. No nosso tempo não tinha Internet para nos dar a danada da letra e a gente tinha que inventar um japonês paraguiaio para poder cantar junto.
Linda lembrança, Marco
beijo você
Por coincidência, procurava na net sobre a orgem da gíria GBO...Muito cultural, não é?
Mas, acabei encontrando este Blog e li o texto do Natinal Kid e, com certeza absoluta, encontrei cultura.
Vou ler tudinho mais tarde desta página e conhecer o Marco
Vc esqueceu de comentar que esse seriado passou inúmeras vezes! Quando terminava o último capítulo, as emissoras começavam tudo de novo. E, mesmo assim, eu não perdia um episódio! Minha mãe já estava preocupada, achando que eu estava com algum problema, e passou a proibir de assistir. Mas eu aranjava um jeito de assistir escondido, ou na casa de um colega. Abração!
Ola Cara ! Eu me lembro quando eu saia da escola e corria para casa passava pela cosinha pegava meu prato e corria para a sala,eu ia mais rapido que um aviao a jato!!! , me sentava no sofa ,de napa vermelho, e enquanto aquela musiquinha ia tocando me dava um comichao,eu dava algumas garfadas e com a ponta de um dos pes tirava o meus sapatos ,verlon, o verlon eram uns sapatos de nylon eles se pareciam com os famosos Vulcabras ,...lembra? e depois tirava o outro e as meias eram de um material sintetico que ao entrar em contato com o verlon...dava um chule colorido ,algo que eu nunca mais vi e se eu sentir denovo aquele cheiro acho que morreria de saudades...brincadeira !!! bom! voltando ao National Kid ...perai... a televisao era um movel enorme meio bege, e a imagem era legal para a epoca mas tinha que por Bombril na antena e as vezes ficar com uma de nossas maos levantadas para nao ficar passando umas lintrasa pretas ,que horror! ai o National kid começava entao era o mair Disbundi , ele voava com os braçoa abertos ,acho que foi o unico super heroi a voar assim ,me corrijam se estiver errado e no decorrer do filme ele sempre acabava antes da hora eu sempre queria ver mais ,,,e...mais mas so no dia seguinte ,ai eu medirigia para o meu quarto e tirava minha camisa Volta ao Mundo ,ela era de Nylon tambem, e esbrsava um voo igual ao dele mas nao dava certo eu nao saia do chao ,pelo menos de corpo ...que saudades de voce National Kid..
Este filme eu assistir todos episodio da epocaeu tinha meus 11 a 12 anos nao perdia um so capitulo, e muito bom rever nossos herois daquela epoca,fico muito contente com isso, fico com pena que o incendio destruiu todos os episodios deste filme fantastico. GILSON.
Oi Marco.
Que coincidência incrível. No trabalho, meus colegas e eu estávamos conversando sobre coisas antigas, tipo sapato verlon e outras velharias mais, quando que por acaso, acessei o seu blog. Me lembro claramente do Nacional Kid, que com toda simplicidade de cenários e roteiros ainda consegue ser atual por explorar na época temas como poluição e testes nucleares, ou seja, a preocupação com o meio ambiente. Eu via também uns outros seriados muito bacanas em que no fim do episódio o mocinho ou a namorada dele sempre estavam em situação de perigo e a gente ficava doido para chegar o dia seguinte para ver como ele se safava . Muito legal. Nos eramos pobres, mas tínhamos uma televisão. O interessante é que os filmes desta época passavam mensagens positivas tais como "o crime não compensa", o que moldou o caráter de muita gente.
Adorei. Abração.
Martinho Francisco A. Oliveira
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