quarta-feira, setembro 13, 2006
Tudo começava ao girar um botão...
Ontem a Rádio Nacional completou 70 anos. Uma data marcante para a história das comunicações do País e para o escriba deste blog, visto que definitivamente a Rádio Nacional sempre será uma de minhas mais caras e antigas ternuras.
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Para quem tem menos de 40 anos, talvez a Nacional não signifique muita coisa. Mas para nosotros, mais...huuumm... experientes, ela representa uma viagem ao mundo mágico da imaginação, com delícias incomparáveis. Perguntem aos pais e avós de vocês. Talvez eles lembrem o que é acompanhar o “Direito de Nascer”, ou “Jerônimo, o Herói do Sertão”, construindo na mente a história, todo o cenário, os personagens, somente a partir dos sons que saíam daquela caixinha encantada.
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O “Direito de Nascer” eu não ouvi, também não sou tão velho assim; mas “Jerônimo”? Ah... Não perdia um capítulo! Ainda hoje eu sei cantar todinha a música-tema:
Quem passar pelo sertão
Vai ouvir alguém falar
Do heróis desta canção
Que eu venho aqui contar
Se é pro bem, vai encontrar
O Jerônimo protetor
Se é pro mal, vai encontrar
O Jerônimo lutador
Filho de Maria Homem nasceu
Serro Bravo foi seu berço natal
Entre tiros e tocaias cresceu
Hoje luta pelo bem contra o mal
Galopando, está em todo lugar
Pelos bravos a lutar sem temer
Com Moleque Saci pra ajudar
Ele faz qualquer valente tremer...
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Lembro de mim, garotinho ainda, acompanhando atentamente “Histórias do Tio Janjão – Do tempo em que os bichos falavam”. Ou gargalhando, ouvindo “Balança Mais Não Cai”, especialmente com o quadro “Primo Pobre, Primo Rico”. Sem nem sequer imaginar que no futuro, eu seria amigo do “Ratinho Timóteo” (feito pelo radioator Gerdal dos Santos) e do “Primo Pobre”, inesquecível criação do meu diletíssimo Brandão Filho.
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E os cantores e cantoras? Eu me recordo que quando andava de trem, ou de lotação, vinham os vendedores de Modinhas, revistinhas com as letras dos principais sucessos lançados pelo Rádio. Eu pedia pra comprarem pra mim e depois ia imitar os artistas. Precisavam me ver cantando “Conceição”, que nem o Cauby Peixoto! Quem diria que muitos anos depois eu iria fazer este número em Teatro, na peça “Nas Ondas do Rádio”, que escrevi e apresentei em 2002, com enorme sucesso...
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Na briga Marlene x Emilinha, eu sempre fui Marlene. Mas depois que conheci as duas, conversei bastante com elas, as entrevistei pro meu banco de dados sobre a História do Rádio, fiquei sem preferida. Gosto das duas, indistintamente. Lamentei muito o passamento da Miloca. E até hoje, quando encontro a Marlene, lembro das fofocas sobre o povo do Rádio que ela me confidenciou.
Nunca vou esquecer da Emilinha, a “Favorita da Marinha”, toda faceira, cantando “Se a canoa não virar, olê, olê, olá... Eu chego lá!”... Ou da “Favorita da Aeronáutica”, a talentosíssima Marlene, cantando “Lata d’água na cabeça, lá vai Maria, lá vai Mariiiiiia...”
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As duas eram as grandes damas dos programas de auditório da Nacional. Especialmente no “Programa César de Alencar”. Lá em casa, às 15 horas dos sábados, aquela célebre musiquinha ressoava pelos cômodos:
Essa canção nasceu pra quem quiser cantar
Canta você, cantamos nós até cansar
É só bater (plá, plá, plá, plá!)
E decorar (plá, plá, plá, plá!)
Pra recordar vou repetir o seu refrão
Prepare a mão (plá, plá, plá, plá!)
Bate outra vez (plá, plá, plá, plá!)
Esse programa pertence a vocês!
Quando eu fiz o personagem “César de Alencar” no Teatro e entrava em cena dizendo, como ele fazia, “Alô! Alôô! Alô!”, a platéia vinha abaixo...
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Em 1994, o ator e diretor Sergio Britto me convidou para o elenco e também ser um dos pesquisadores da peça “Na Era do Rádio”. Foi ali que emburaquei no assunto “Rádio” e em especial, na Rádio Nacional. Montei um banco de dados a partir das minhas pesquisas e principalmente com base nos muitos artistas da RN que eu entrevistei e que acabaram virando meus “amigos de infância” (alguns já o eram, sem eles mesmos saberem...). Destes, destaco, além do Gerdal e do Brandão, Hélio do Soveral, Nádia Maria e Ênio Santos, entre os que já foram pro andar de cima, e a cantora Elen de Lima, minha querida amiga...
Amigos de eu freqüentar a casa. E mais outros que são tantos que relacioná-los encompridariam muito este post.
Além dos próprios artistas, eu virei amigo dos familiares deles também. Cito, por exemplo, minha grande amiga Isabela Saes, neta do meu ídolo Lauro Borges, mentor e principal personagem da “PRK-30”, um dos melhores programas humorísticos de todos os tempos. Aliás, eu já contei aqui, foi graças a Isabela que eu criei este meu blog.
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E aí está... 70 anos de um sonho chamado Rádio Nacional. Muita gente do passado diz que a RN foi, nos tempos áureos do Rádio, o que a Rede Globo é hoje, na Era da TV. Eu discordo. Guardadas as devidas proporções, a Globo não tem a dimensão que a Nacional possuía. O “Plim-Plim” não teve cinco orquestras contratadas, nem todos os maiores comunicadores, nem os maiores cantores, todos assalariados da emissora, que foi a primeira a projetar a arte do Brasil para todo o mundo. Nos bons tempos da Nacional, ela era ouvida, em ondas curtas, até em Moscou! E recebia correspondência de ouvintes de lá.
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Pelo microfone da Rádio Nacional passaram grandes artistas da música, do Teatro, da cultura... Lembro com saudade de programas que preenchiam minhas tardes e noites de guri. Recordo de “Incrível, Fantástico, Extraordinário”, com o inigualável Almirante (ali, aprendi a gostar de histórias de terror...), de “As Aventuras do Anjo”, de “Um Milhão de Melodias”... E hoje me orgulho de ter todos estes programas em fita cassete, que guardo como tesouro!
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Parabéns pelos 70 anos da Nacional! Eu agradeço pelos sonhos que ela me proporcionou em minha infância. E fez tantos outros sonharem antes de mim... Tudo começava ao girar um botão... Durante muitos anos, esse gesto foi repetido várias vezes ao dia em milhares de lares brasileiros. O aparelho de Rádio, aquela caixinha mágica, foi, por décadas, mais um parente a conviver nas casas. Todas as noites, as famílias voltavam as atenções na sua direção. Era o “oratório” das gentes, pobres e ricas, que só tinham que deixar a imaginação preencher as molduras que as vozes carregadas em erres colocavam à disposição dos ouvintes.
Muitas de minhas ternuras começaram pela Rádio Nacional... Eu me sentia parte de um universo especial, quando ouvia o locutor falando “amigo ouvinte”... Ah, querida emissora! Nas suas ondas, o barco da minha imaginação sempre navegou com brisa leve, a partir de um simples toque em seu dial... Que vivas para sempre, como um monumento à arte e ao talento do Brasil. E como um marco do menino Marco, com sua eterna cabeça de sonhos...
M.S.
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Na Rádio Nacional do Antigas Ternuras, você ouve Cauby Peixoto e a sua eterna “Conceição” (no Teatro eu cantava igualzinho, podem acreditar...)
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20 comentários:
Nooossaa, amigo Marco! Que maravilha de texto... adorei! O rádio, ao lado dos livros, foi um dos meus melhores companheiros, desde a infância, e até hoje, ele me acompanha nos afazeres do dia-a-dia. Uma pena, mesmo, que os programas de hoje não chegam nem aos pés dos citados por você na 'sua' Rádio Nacional - parabéns a ela pelos 70 anos! E também para você, que pode participar de boa (e da melhor, me parece!) parte desse anos.
Beijos meus.
A maioria dos personagens que citou conheço só de nome! (rs*)
O rádio era a peça central da casa. Na casa do meu avô tinha rádio de manivela, que foi doado para o museu local quando ele morreu. O repórter Esso e A
testemunha ocular da história deixaram saudades!
Beijus
Marco... Uma antiga ternura de muitos, certamente. Eu me recordo de meus avós, meus pais, todos ligados nas ondas. Meu pai principalmente, e foi dele que herdei o gosto pela música e pelos sons,para que eu pudesse imaginar as imagens e as histórias. Sou mais da era da tv, mas sei que a era do rádio não perdeu seu lugar por mais uns bons anos. Hoje as coisas são diferentes... Parabéns pelo seu círculo de amigos tão ilustres, parabéns por cultivar a arte em todas as formas. Sobre o Caubi eu acredito, até imagino você no palco... Um beijo grande!
Ouvi falar muito da Radio Nacional e sua influencia social por decadas no país,Marco.
Infelizmente nos ultimostempos o radio tem perdido mais e mais espaço. Primeiro foi a tv ,agora a internet...
Abração e parabens pelo post.
Marco quando abri o blog e a música começou a tocar dei uma gargalhada! Minha mãe se chama Conceição e ela tem horror ao nome.
O pessoal sempre usou essa música do cauby para sacanea-la. Tadinha, não aguentava mais ouvir e começou a tomar pavor da música! hahaha
beijos!
Ai Marco, a imagem desse rádio aí no final fechou com chave de ouro as lembranças que seu post me trouxe, acho que era igual ao do meu pai. rsrs
Não cheguei a acompanhar nenhuma radionovela, mas lembro bem de ver minha mãe grudada ao rádio e algumas vezes em lágrimas ouvindo 'O Direito de Nascer'.
'Jerônimo' eu vi na TV, também sou 'experiente', mas nem tanto né. rsrs
beijo
oieeeee, meu querido então vc tb é um ator e conceituado,eu me lembro sim da RN,novelas lindas ,mas nao me lembro o nome,essa radio era direto ligada em casa,lindas lembranças ,puras ternuras para sempre ,são momentos inesquecíveis,te admiro cada dia mais ,cada dia te conheço mais um pouquinho, deixo meu carinho e uma linda quarta feira, muita luz em sua vida, bjsss
Marco,Marco...
entrar aqui é como se tivesse no túnel do tempo recheado de sons e sabores de momentos tão marcantes e felizes.
Adorei saber de sua participação direta em pontos dessa história e toda sua dedicação com a cultura e arte.
Obrigada por tantas ternuras que se fazem minhas também...
linda noite querido,
beijossssssssssss
Alguns dos personagens eu conheço de nome e de ouvir falar na tv mais não tenho muita lembraça da rádio nacional,alguma coisa só de comentários.
Você esta de parabéns pela homenagem feita a estes programas que tanto faz parte de nossas vidas.
Grande beijo pra você
Nossa, eu tenho um amigo famoso e nem sabia!!!!!
Lembro que meu pai tinha um rádio preto, com dois botões e vivia grudado naquela caixinha. Na maioria das vezes ouvindo narrações de jogo de futebol... mesmo com tv colorida em casa...
Quando venho aqui fico pensando em que ternuras irei contar um dia aos meus filhos... aqui tem cheirinho de lembranças lustradas e perfumadas diariamente, não cheiro de naftalina de baú velho... Não compartilho de várias das ternuras que você comaprtilha aqui, mas você as conta tão bem que me transporto até elas... obrigada pelo dom de fazer isso!
Beijo, boa semana!!
Não me lembro de nada disso, mas já ouvi falar, hehehe... "nós somos as cantoras do rádio / levamos a vida a cantar / de noite embalamos seu sono / de manhã nós vamos lhe acordar..."
Se é por falar de antigas ternuras, este texto foi um baú destas riquezas Markito!
O passado é sem dúvida MÁGICO...
E tu trazes até nós, lembranças que até mesmo nós desconhecemos, mas vivemos contigo, viajamos e sentimos contigo!
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Ps: Nunca consegui ouvir a música no seu blog.
Que pena...
Que lindo post
parabéns pela homenagem que prestou, comentei até com minha mãe que era fã de carteira da rádio nacional, ela se empolgou e lá foi me contando histórias...que "ouviu"...
parabéns...
um beijo querido
Bons tempos aqueles em que nossa imaginação se fortalecia escutando o rádio. Hoje, o mais das vezes, somos insultados imagens agressivas da televisão.
Seu fantástico texto me emocionou mesmo.Lembrou-me de alguma coisa do meu tempo também. E que sorte conhecer tanta gente maravilhosa.Vc tem razão.A rádio Nacional é muito superior à Globo até mesmo no lançamento de grandes artistas o que a Globo não faz.Enumerar centenas de nomes que começaram na Radio Nacional é impossível.Sem boicote nem humilhação. Parabéns por resgatar essa parte de nossa história.
Caramba, q legal... recordar é viver. E como vc é importante, né? Lembro das duas mais recentemente, sei q uma delas morreu há pouco tempo. A imagem do rário tenho na minha memória tb. Pode alguém sentir saudades de algo q não viviu? Pois eu senti... Seu texto tá demais e eu gosteid e voltar aqui... Bom final de semana pra vc e sua família... Beijo*.*
Querida Giulia,
Fico muitíssimo feliz por você ter gostado deste texto e dessas histórias de velho que eu contei. Realmente, o Rádio hoje não é nem sombra do que foi. Ele teve de se modernizar, se transformar para não desaparecer. Ele foi salvo pelo transistor, que miniaturizou a caixinha mágica e lhe deu agilidade. O charme e o glamour se foram. Mas ele ainda continuará sendo um velho companheiro de muitos.
Infelizmente, eu não tenho idade para ter participado dos melhores anos da Rádio Nacional, ocorridos na década de 40 e 50, em tempos em que eu não era “gente”.
Ah, Luminha, como era bom ouvir aqueles programas de Rádio! Sua família deve ter se deliciado, como a minha certamente se deliciou. Aquelas fanfarras, anunciando o “Repórter Esso, testemunha ocular da História” (eram o mesmo programa) ficaram na história. Tenho gravações tanto do prefixo como de algumas narrações do Heron Domingues. E tenho depoimento de gente que trabalhou com ele também.
Minha doce Claudinha: Certamente, nossos pais e avós se irmanavam com milhares de brasileiros no pé daquela caixinha mágica. Seu pai lhe passou geneticamente o gosto pela música e a inspiração para contar histórias, talvez em grande parte por ter sido rádio-ouvinte. Eu, já bebi direto na fonte. Não tenho a menor dúvida em afirmar que aquele menino de quatro, cinco anos que ouvia histórias vindas pelas ondas hertzianas começou ali a se tornar um contador de outras histórias também. E aprendeu a sonhar com épocas outras e a ter saudades de um tempo em que não viveu. Hoje, sei que vivi, sim, em algum lugar no passado, em outra vida, e na companhia de gente que me é tão importante nesta vida.
Grande DO: O Rádio sempre terá o seu espaço e a sua importância. Se hoje já não é possível reviver o sistema “brodcast”, de grandes estrelas do show business, com o trinômio “música-esporte-notícia” o Rádio se faz fundamental para todos. Por que meio de comunicação uma notícia chega mais rápido ao público? Pelo rádio! Nem a Internet consegue superar em agilidade.
Que bom que você gostou do post.
Querida Eduardinha: Ora, mas a sua mãe deveria se orgulhar do nome que tem! Nem todo mundo tem uma música com o próprio nome e a dela é muito bonita e famosa.
Beijo pra ela e pra você.
Querida Nina: Eu bem que procurei uma imagem de um Rádio como o da minha tia, que era onde eu ouvia meus programas no meu tempo de menino. Mas esse do post era parecido com um outro, de amigos, onde eu também tive a chance de ouvir alguns programas.
A primeira versão de “O Direito de Nascer” no Rádio foi em 1953/1954, bem antes de nós dois termos nascido. A novela “Jerônimo”, com Francisco di Franco como o herói do sertão e Canarinho, como Moleque Saci, eu também assisti, em 1972, na extinta TV Tupi.
Olá, Linda Samara, você gostou deste post? Puxa, mas você é tão novinha! É certo que não precisa ter idade pra se gostar do que é bom.
Obrigadíssimo pelo seu carinho, pela sua amizade, você é uma gracinha de pessoa. Suas palavras elogiosas me enchem de alegria e me fazem querer melhorar sempre.
Marcíssima, querida: Aqui é realmente o túnel do tempo para as boas recordações que todos nós temos. E quando alguém especial como você vem aqui, torna este blog mais bonito e agradável ainda. Temos muitas ternuras em comum e saiba que eu ouvia “Jerônimo” e “Histórias do Tio Janjão” ao tempo em que éramos vizinhos, lá em Piedade...
Querida Mary: Obrigado pela presença aqui, na minha velha cristaleira de antigas emoções e pelas palavras elogiosas.
Karine, querida: Não sou famoso, amiguinha... Mas me orgulho de ser amigo de alguns famosos e estou sempre torcendo pelo sucesso destas minhas diletas amizades. Quanto a ouvir futebol em Rádio, como não suporto o Galvão Bueno, eu tiro o som da TV e ligo o Rádio.
Que lindas as suas palavras! Estou certo de que você terá ternuras lindas pra contar pros seus filhos. E se você embarca nas minhas viagens, nossa!, fico muito feliz! Você não imagina quanto!
Querida Ana Carla: Certo, certo... Você só ouviu falar... Ré! Ré! Ré!...”Nós somos as cantoras do Rádio/Nossas canções cruzam o espaço azul/Vão reunindo, num grande abraço/Corações de Norte a Sul!”. No meu espetáculo, “Nas Ondas do Rádio”, terminávamos cantando esta música.
Querida Roby: Que maravilha, saber que você gostou do meu texto. Puxa, você não consegue ouvis as músicas? Mas, como é possível? Já tentou abrir o blog de outro computador?
Querida Claudia: Que bom, que gostou do texto. Mande um beijo pra sua mãe e que eu fico feliz que ela tenha sido uma ouvinte de Rádio como eu. Aproveite bem as histórias que ela te conta. São preciosas.
Grande Marconi: Bons tempos, mesmo! A televisão tem o seu charme mas não se compara ao que o Rádio foi.
Querida Magui: Uau! Que bom você ter gostado! A Globo tem a sua importância no panorama cultural brasileiro, sem dúvida. Mas não é como a Rádio Nacional. De jeito nenhum. Obrigado pela presença e pelos elogios.
Querida Jéssica: Sim, eu costumo dizer que sinto saudades de um tempo em que não vivi. Obrigado por sua visita e volte sempre que quiser. O prazer é todo meu!
Valeu, moçada! Abraços e beijinhos e carinhos e ternuras sem ter fim!
Ah, Marco!
Este post me comoveu, trazendo-me à lembrança as radionovelas que minha avó não perdia. E eu, que vivia grudado nela, acabava ouvindo junto e tecendo as cenas que se desenrolavam apenas pelo som. Lembrei-me também de programas como a maravilhosa PRK-30, com a dupla Lauro Borges e Castro Barbosa que nós não perdíamos. E, aos sábados, a tarde era do César de Alencar. Lembro que toda a família o ouvia. Sem contar os grandes intérpretes da música popular brasileira, além das inigualáveis Marlene e Emilinha, passaram por lá também a inesquecível Elizete Cardoso, a sapotí rainha da voz Ângela Maria, e todos os demais, cantores, cantoras e humoristas. Que delícia de antigas e ternas lembranças você me proporcionou agora! Obrigado!
Abração.
Marco,
acabei de ler dois livros do Mario Lago e fiquei com pena do Mario ter morrido. Seria um grande papo.
Rapaz! Que saudade... eu era menino...As aventuras do Anjo...aquilo era uma coisa fantástica.
É isso. às vezes a gente quer falar e não consegue...
Um abraço...
Gostaria de saber o nome da música que servia de prefixo para o programa"Histórias do Tio Janjão".
Obrigado
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