sexta-feira, março 31, 2006

Pai herói


Dia desses, estou zapeando o controle remoto da TV a cabo, dou de cara com o Stan Lee sendo entrevistado pelo Kevin Smith, um dos diretores de cinema do movimento Dogma [veja foto]. Talvez vocês não saibam quem é Stan Lee. Mas certamente vocês conhecem Homem-Aranha, Hulk, X-Men, Quarteto Fantástico, Demolidor, Surfista Prateado... Pois é. Ele criou todos estes heróis. E mais os vilões que eles enfrentam. Além de ser o “pai” de tantos heróis ele próprio é um deles para a turma que aprecia quadrinhos.
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Já escrevi aqui trocentas vezes que amo gibis, aprendi a ler neles antes mesmo de entrar na escola etc. e tal. Daí que ver o criador de alguns de meus heróis de infância ali, na TV, falando do seu processo criativo, de como criou estes seres vestidos de collant coloridos é papa-fina, coisa aqui ó, da pontinha da orelha.
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E acreditem: foi inclusive uma aula para mim, que tenho minhas modestas aspirações a escritor e sou estudioso da “engenharia” responsável pela construção de estórias...
E de quebra, ainda descobri muitas curiosidades que nem desconfiava. Querem ver uma delas?

Ele contou que uma das grande transformações que ele fez na Marvel (editora de quadrinhos de super-heróis) foi aproximar os leitores dos editores. Ele desenvolveu uma seção de cartas nos gibis que se caraterizava pela extrema informalidade, tratando os leitores com uma intimidade jamais vista nos quadrinhos. Certa vez, ele teve a idéia de juntar todos os desenhistas, editores, funcionários da empresa, todos em um estúdio para gravarem uma musiquinha que falava numa espécie de Clube dos Heróis Marvel. Na verdade, era para ser uma gozação. A música seria gravada em um disco de papelão para ser distribuído aos leitores. Ele cantou a tal musiquinha e eu quase caí para trás: era a mesma que abria os desenhos animados da Marvel na TV de minhas priscas eras – Capitão América, Homem de Ferro, Thor, Príncipe Submarino e Hulk. Ele cantou um trechinho da canção em inglês e a versão brasileira me veio instantaneamente na cabeça. Se você tem mais de quarenta vai lembrar:
Erga a cabeça/Altivo no andar/Nunca se aborreça/Sorria do azar/Por mais que você cresça/É sempre bom lembrar/Que é melhor ser assim/Pois você é, você é, você é, você é mais um valente herói do Clube Marvel/Sempre avante, a vibrar, um gigante ao estudar/Sempre ao som da canção do Clube Marvel/O quadrado fica fora nosso clube é valente/Fique atento toda hora nossa turma nunca mente/Energia em cada ação/Como faz um campeão/Um leal, valente herói/Do Clube Maaaarveeeeeeelllll!!...
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E, é claro, lembrei das musiquinhas dos desenhos da Marvel:

Capitão América lança o seu escudo/Contra os que servem ao mal acima de tudo/Avante gigante, galante, vibrante/Que a brasa queima e o mal não teima/Quando Capitão América lança o seu escuuuuuudooooo!

Tony Stark, tira onda/Que é cientista espacial/Mas também é Homem de Ferro/Elétrico, atômico, genial/Dura armadura/Homem de Ferro/É lenha pura/Homem de Ferro.

Onde o arco-íris é ponte/Onde vivem os imortais/Do trovão é o seu guarda-mor/O barra limpa, o grande Thooooooorrrrr!

Ele é o rei dos mares/Meio peixe, meio homem/Também domina os ares/Nobre Submarino
Leal Namor, dos mares é senhor!


Pobre Bruce Banner/Por lindo cano entrou/Exposto a raios gama/No feio Hulk virou
Verde monstro/É incompreendido/Grosso, massa/Luta por ser querido/Na fossa vive o Hulk, Hulk, Hulk!
E outro herói Marvel que não era deste clube mas que tinha uma inconfundível música de abertura:

Homem-Aranha, Homem-Aranha/Aí vem o Homem-Aranha/Com a teia infernal/Em combate contra o mal/Ele vem! Ele é o Homem-Aranha!...
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O curioso é que se vocês me perguntarem o que eu almocei ontem, não me lembro. Mas coisas como estas ficaram de tal forma tatuadas na minha mente que tenho a impressão que nunca vou esquecer. Nem se trocar o disco rígido!
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Entre as muitas revelações que fez o velho Stan, uma eu nunca tinha percebido: ele deu nome com mesmas iniciais a vários personagens: Peter Parker (Homem-Aranha), Bruce Banner (Hulk), Susan Storm (Mulher-Invisível do Quarteto Fantástico), Reed Richard (Senhor Fantástico), Matt Murdock (Demolidor), Scott Summers (o Cíclope, dos X-Men)... E a razão disso é que ele tem memória fraca. Segundo ele, se lembrasse do primeiro nome, saberia que o sobrenome começava com a mesma letra.
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Ele contou muitas outras curiosidades: a origem dos X-Men, como o Homem-Aranha foi recusado pelo seu editor, por que o Hulk da TV se chamava David Banner e não Bruce, como o Bob Kane, criador do Batman era expansivo... Muitas outras informações que transformaram este velho rapaz aqui em criança novamente, lembrando de um tempo em que valores como os defendidos pelos super-heróis eram almejados pela maioria da população. Hoje, vemos o ministro enganar o país, a deputada dançar por ter livrado o colega corrupto, o presidente dizer que não sabia de nada... Por isso lembro com saudade do Clube dos Super-Heróis Marvel. Lá, nós cantávamos: “Fique atento toda hora, nossa turma nunca mente...”
M.S.
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No ano passado, eu escrevi um texto sobre este assunto. Como naquela época quase ninguém lia minhas coisas, posso republicá-lo aqui para os meus milhares de leitores.
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Terça-feira, Março 29, 2005. Às 15h 29min.
Carne crua desafia o Capitão Marvel

Ontem eu passei numa banca de jornais para comprar o exemplar do mês da revista “Nossa História”. Enquanto eu esperava o jornaleiro fazer o troco, olhei em volta para ver se tinha alguma outra novidade e percebi que a banca toda estava externamente coberta por revistas de mulher nua (vários títulos).

Minha primeira impressão foi a de estar em um açougue, com diversos tipos de carne pendurados nos ganchos. Nenhuma novidade. Este tipo de revista já existe há muito tempo e inunda as bancas com a exposição de moças saradas em academias e nos photoshops da vida. Mas naquele pentelhésimo de segundo a espera do troco, eu me lembrei das bancas de jornais da minha infância/adolescência, lá em mil-novecentos-e-não-vem-ao-caso.
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Naquela época, quando ia até uma banca de jornais, meus olhos juvenis se deparavam com uma infinidade de gibis de super-heróis e eu, maravilhado, contava e recontava os caraminguás, obtidos com sobras de mesada e frutos da minha iniciativa financeira (leia-se: venda de garrafas de refrigerantes vazias e algum alumínio/cobre/metal que tivesse conseguido e vendido nos ferros-velhos de antanho).

Minha dificuldade era escolher, entre tanta oferta, qual super-herói eu iria levar para casa: Fantasma, Mandrake, Capitão América, Príncipe Submarino, Super-Homem, Superboy, Cavaleiro Negro... ou o meu sempre favorito Batman.
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Era o que revestia as bancas de jornais da minha infância: gibis de super-heróis. Hoje, não costumo ver crianças em bancas. Os gibis estão raros e caros. E adolescente quando entra numa banca, quase que invariavelmente pega revistas de televisão (se meninas) ou pega as “Sexy”, “Playboy” e congêneres (se meninos). Não é preconceito, é estatística.
Antigamente, as bancas exibiam revistas que defendiam valores como bravura, honra, sagacidade. Hoje, mostram publicações em que o forte é desejo, tesão e invasão de privacidade.
*
Veja bem. Não estou fazendo nenhum comentário moralista. Diria que é um comentário “conformista”. Sei muito bem que os tempos são outros, o público consumidor é outro, as mentalidades também.
Tudo isto é só uma constatação de que o que me movia para as bancas de jornais da minha adolescência era, por exemplo, aquela música do “Clube dos Super-Heróis Marvel”:
Erga a cabeça
Altivo no andar,
Nunca se aborreça
Sorria do azar
Em tempos atuais, creio que uma das músicas que melhor define a ida às bancas é:
Baba, baby, Baby baba...
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Não entro no mérito de qual época é melhor. Você, que me dá o prazer de ler, que faça a sua escolha. Talvez exista aquele que considere esta conversa como ociosa, visto que nada vai mudar, a Carne Crua venceu a luta contra o Capitão Marvel.
Mas a minha ida ontem à banca de jornais me deu a oportunidade de refletir em todas estas coisas. E isto nunca será ocioso. Como disse certa vez Millôr Fernandes, “livre pensar é só pensar”. E foi o que fiz. Livre pensei.
M.S.

30 comentários:

Anônimo disse...

Definitivamente Marco: você não existe!!! Que memória é esta? Seguinte: estou preparando minha carreira solo, aguarde.

Anônimo disse...

Oi... aspirações a ecritor... gosto pela leitura... de gibis... escreve com generosidade... É, a gente começa a delinear o perfil de um blogueiro.
Gostaria de convidá-lo pra conhecer o meu trabalho também. Tenho certa tendência para o conto satírico.
Foi estar por aqui.
Ah, uma temo que me chamou a atenção no seu blog. Aqui em BH a gente diz: sapeando. O carioca diz zapeando? Interessante.
Abraços.

Anônimo disse...

Marcos, na pressa, algumas palavras foram escritas erradamente. Corrija, por favor: ecritor(escritor), foi estar por aqui (foi bom estar por aqui), uma termo (um termo).
Abraços e desculpe.

Claudinha ੴ disse...

Meu deus Marco, agora você me fez viajar no tempo meeesssmooo! Eu sempre tive altas brigas com minha mãe pois adorava as coisas dos meninos. Meus gibis preferidos eram os do meu irmão. Nunca gostei de brincar de boneca. E cantei a música do Thor inteirinha e lembro daquele loirão batendo seu martelo, filho dos deuses. Lembro do homem de ferro e das divisões de cena com palavras do tipo SCRAW, PLOFT! As onomatopéias de minha infância. Eu fiz um clubinho da ciência e eu era uma super herói (ai de quem falasse heroína). Minhas missões eram estudar as coisas para salvar o mundo. Falava com o Super man todo dia pelo meu radinho e até voava com ele nos sonhos... Ah tempo bom... Hoje amo X-Men, sou apaixonada no Wolverine e no seu jeito largado... Pode, na minha idade, fantasiando com filmes? Que poder estas revistas e a criação deste senhor... Beijão!

Anônimo disse...

Como assim "ninguém lia o que eu escrevia no ano passado"? Até comentei este texto teu em um almoço. Não vai cobrar copyright, não, né?

Anônimo disse...

Mano Marco

A inserção das letrinhas musicais foi um verdadeiro serviço que prestastes à nossa memória púbere. Já havia desrelembrado de algumas.

Tanto quanto a jovialidade do Homem-Aranha,Stan Lee nunca foi mais moço do que hoje,pois quem se dedicou a criar fantásticas fantasias adolescentes nunca envelhecerá. O seu toque de humor e as imperfeições humanas introjetadas nos seus personagens,os tornam menos semi-deuses do que pura carne mortal...

Grato,amigo,por estares sempre ressuscitando o deslumbrante pretérito,sem tendência a superestimar o passado,porém tão-somente trazê-lo à tona com os olhos rasos d'água pelo romantismo que foi e não é mais.

Tenha um sábado bem cordial.

PS: no dia em que registrares tuas ternuras num livro,certamente que elas bailarão etéreas no teu estilo pessoal e intrasnsferível,ou seja: absolutamente leve e saboroso.

Y. Y. disse...

Oii! Sabe q eu adoooooooooro o Stan Lee e a Marvel neh, apesar de preferir a DC.
Um bjooooo

Anônimo disse...

Tá estranho: o Marco não respondeu nenhum dos comentários e ainda rolou um corte!!! O que aconteceu amigo Ternurinha?

Anônimo disse...

Puts...

que legal tudo o que li,
infelismente não me lembro da musica não, até porque ...seus heróis são bem moleques ( rs...coisa de menino) e nós meninas...coisas de meninas.
Bons tempos meu amigo.
Me inspirou até a contar um pouquinho da minha infância, lá no oxigênio.
Um beijo enorme no coração.

Dilberto L. Rosa disse...

Rapaz, que saudade dos meus tempos de criança (ainda que eu continue com a machista opinião de que o nome "antigas ternuras" não soe bem... Rsrs!), quando eu assistia àquelas versões inanimadas que você citou - infelizmente, só me lembro do tema do Aranha! Que bom que temos mais este gosto em comum, nem é preciso dizer o quanto sempre gostei de quadrinhos e o quanto minha vida cultural foi influenciada por eles! Mais: tenho centenas de personagens, alguns mais desenvolvidos que outros, mas todos desenhados e numa caixinha, esperando uma visitinha do Velho Stan Lee, ré, ré! Rapaz, a gente deveria conversar pelo MSN tudo isso: aqui vai o meu hotmail - dilbertolrosa@hotmail.com, adiciona aí!

E você não está saudosista ou moralista quando evidencia as mudanças no posicionamento das revistas nas bancas, estás certíssimo: quando criança, as edições de nu feminino eram coisa clandestina, só quando o pai saía para escarafuncharmos no seu guarda-roupa onde estavam as preciosidades - imagina olhar isso exposto pela casa ou na frente de nossos heróis na banca?!?! Nunca! O mais engraçado é que noutro dia, passei por algo engraçado: de cara soube as capas da Sexy e da Playboy (a linda Rita Guedes, que aproveitei e comprei, ré, ré! Mas isso não vem ao caso...), mas encontrar a edição do mês de X-Men foi luta, meu amigo!!!!!!!

Lá nos Morcegos tem post saudosista, do jeito que meu amigo gosta, sobre minhas experiências com a Sétima Arte: não deixe de conferir, afinal, você já é da família!!!! Abração!

Anônimo disse...

Meu querido Marco,
estou "boiando" mas li tudinho e aprendi um pouco,nunca li revistinhas daí a razão do meu desencontro,rs
Mas Antigas Ternuras é pura cultura e cá estou sorvendo um cadinho dela.
Sabe?me indicaram para concorrer a um prêmio[nunca gostei disso]e não pude recusar,vota em mim?leia mais sobre lá no meu cantinho.
Lindo seja seu domingo,
beijossssssssssss

Anônimo disse...

Eu vim aqui, li tudo. Li, e sai caladinha, porque todo esse post mexe um pouco comigo. Com a minha infancia (muito embora n lembre de nada disso que vc falou, nem conheça essas músicas), mas tive uma infancia onde eu lia muuuuito gibi, já te contei. Mas se é pra pensar nos heróis, que bom se eles fossem de verdade e pudessem enfim nos livras desses políticos. Ai eu diria, já pensando num dos heróis mais sem graça da atualidade, o chapolim colorado: e agora, quem irá nos defender?

Ei, onde vc tá?

Luiz Henrique Oliveira disse...

Gibis. Até os 11 anos, não era ligado neles. Mas depois, descobri a Marvel, a DC Comics e até mesmo os gibis da Disney. Fascinei. Hoje sou vidrado, só perde para a paixão frenética que tenho por cinema. E Stan Lee... o que dizer? Gênio é pouco.

Um abraço.


PS: na verdade, EU ficaria honrado se participasse do "Crônicas Cine Afetivas" de abril... seria uma honra!

ATé!

Anônimo disse...

Ei leitores, continuo preocupado. Será que Ternurinha foi à São Paulo resolver alguma questão sentimental? Cadê tu Mestre?

Anônimo disse...

Hehehehe... e pior que é verdade. Ainda mais quando a banca é dividida entre esses dois assuntos , como a que tem em frente à minha casa. Mas quando tem uma banca boa , vou direto pras revistas de música... :>D(ê vicio...)

Um abraço!

Anônimo disse...

Eu tb to preocupada, Ronie. Poxa, já vim aqui umas 380 vezes e nada? Onde andará a ternura?????? A gente não devia, mas se acostuma. E o Marco é um vício bom demais da conta.

Voltaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa, Marco!!!!!

Paulo Assumpção disse...

Ah, os gibis! Quantas saudades dos meus! Super-heróis eu lia esporadicamente, emprestados de primos e colegas. Na infância, eu colecionava os quadrinhos da Disney. Em especial, os que traziam histórias com o Tio Patinhas. Não tenho mais estas HQs materialmente, mas ainda as guardo com carinho em minhas memórias (ainda que tenha aprendido que muitas delas eram a mais pura propaganda imperialista). Grande abraço!

Marco disse...

Caraco! 19 comentários????? Pessoal, fui viver "as incríveis aventuras do carioca vegetariano num churrasco de Araraquara-SP". Por isso não respondi aos comentários, coisa que gosto tanto de fazer quanto escrever meus textos. Mas vamos ao que interessa que hoje tem muito trabalho. Vou até dividir minhas respostas para não ficar muito extenso:

Grande Ronie: Calma, parceiro. Estou de volta. Foi um final de semana bem agradável, mas voltei para o bom e velho Rio. Minha memória? É como eu escrevi. Não lembro o que comi ontem, mas estas coisas nunca saem da minha cabeça. A exclusão não foi da minha parte, foi do autor do comentário. Sou inocente, juro! Vamos ver essa carreira solo. Um abração!

Rubo, seja benvindo aqui na minha velha cristaleira de emoções! Vou te retribuir a visita, com certeza. O termo zapear para passar os canais no controle remoto não é privilégio dos cariocas. em São Paulo também se diz assim. Um forte abraço!

Minha doce Claudinha: A intenção deste blog é justamente levar os leitores ao Túnel do Tempo. Não imaginava que tanta gente gostasse destas antigas ternuras, fico mais que feliz por isso. Caramba! Eu também brincava de super-herói, e vivia dizendo que salvaria o mundo! Até parece que éramos da mesma turma... Continuo gostando demais de gibis, mas não tenho muito tempo para lê-los (também acho que ficaram muito diferentes da minha época). Serei sempre um batmaníaco. Um beijo grande.

Grande Lúcio: Como é que eu iria saber que você leu o "Carne Crua..."? Não teve nenhum comentário na época. Mas adorei saber que você me lia desde aquele tempo. Valeu, parceiro. Um abração.

Marco disse...

Paulinho, mano virtual: Na hora de lembrar das musiquinhas, eu cometi um pequeno engano com a do Hulk. Já acertei.
Mas aqueles desenhos (des)animados eram muito legais, não é? O Stan Lee sempre foi uma espécie de herói de carne e osso para a minha geração de gibizeiros. Eu me divirto esperando pela aparição dele nos filmes de super-heróis que fizeram recentemente. Eu o reconheci no Homem-Aranha, no Hulk, no Quarteto Fantástico, no Demolidor...É como a geração antes da minha ficava procurando pela aparição do Hitchcock em seus filmes. Essa entrevista que o Stan deu merecia uma reprise para eu poder gravar.
Um forte abraço e grato pelo sempre presente incentivo que você me dá.

Claire, minha querida: Puxa! Você gosta também de quadrinhos? Legal! Mais um tema para a gente papear. Eu também gosto muito do Homem-Aranha. Foi o primeiro herói com crise existencial dos quadrinhos. Nos primeiros gibis ele não era parrudão como os outros. O que aumentava a identificação com a gente. Confesso que os dois filmes do Homem-Aranha não me agradaram. Acho que a Kirstin Dunst não é nem sombra da Mary Jane, não me agradou nadinha terem matado o Dr. Octopus e otras cositas más...
OS valores que aprendíamos nos gibis para mim e para a minha geração foram muito importantes. Hoje a garotada não tem o hábito de ler. Nem gibi. O que é absolutamente lamentável. Beijo pra ti.

Yumi, querida voc~e também gosta do Stan Lee??? Olha, vou te confessar que não imaginava que tanta gente gostasse do velho Stan e de gibis de super-heróis...Que bom!
Entre a Marvel e a DC eu prefiro...as duas! Ré! Ré! Ré!...Beijão!

Claudia, meu doce: Eu já tinha percebido que o seu maravilhoso Oxigênio anda contando seus momentos de infância. Imaginei que fosse por conta do meu texto sobre momentos para levarmos para a eternidade. Que coisa curiosa: no meu tempo e na minha localidade, as meninas também gostavam de ver os desenhos da Marvel. Um beijo carinhoso!

Marco disse...

Grande Dilberto! Não sabia que você acha a expressão "antigas ternuras" coisa de bicha. Certamente não é pelo "Antigas". Mas o que é que tem de mais as "Ternuras"? Já expliquei aqui que me inspirei numa música do Tito Madi. E que não tem nada de boiola...(Ré! Ré! Ré!...)
Legal saber que você também curtia os desenhos da Marvel e também gibis. Rapaz! Você criou heróis? Que máximo! Bota isso no Morcegos! Fiquei curioso.
Embora eu também aprecie ver o pitéus das Playboys e Sexies da vida, me assusta um pouco ver a quantidade de revistas deste tipo e o espaço que ela ocupam nas bancas. Não tem essa de "nu artístico". É carne crua pendurada como nos açougues mesmo!
Pode deixar que eu vou te ler, assim que der. Já está na hora de eu fazer a minha ronda habitual pelos blogs amigos. Eu não tenho MSN, nem Orkut. Já passo muito tempo diante do computador. Se começar a entrar nessas comunidades, aí mesmo é que eu não vou sair da frente do monitor. Mas a gente pode trocar e-Mails.Um abração!

Querida Marcinha: Mesmo sem ter acompanhado esses heróis de collant, fico contente de que voc~e tenha gostado do texto. É claro que eu vou votar em você! Seu blog é leitura obrigatória pra mim e deveria ser para todo mundo que passa por aqui. Um beijo!

Minha querida Dira: Eu lembro da sua predileção por gibis, até o seu codinome blogueiro vem de um. Ah, se os super-heróis existissem de verdade! Os "Luthor", "Duende Verde", "Coringa" que a gente vê por aí nos jornais, metendo a mão no dinheiro público, destruindo a harmonia do meio ambiente, cometendo toda sorte de atrocidades iam ver o que é bom para a tosse! Beijão!

Luiz Henrique, que legal saber que você também gosta de gibis! Como você, também tenho quadrinhos e cinema como eternas paixões. Um abração! E eu me sinto honrado de participar com uma "crônica cine afetiva". Eu ando meio aperreado com muito trabalho e outros afazeres. Ando devendo respostas a e-Mails de amigos, textos que me encomendaram...Mas assim que as coisas sossegarem eu pago 'minhas dívidas". Um abração!

Grande Mutante! No meu tempo de adolescente, não tinham tantas revistas baseadas em música. Não que eu me lembre. Pelo menos isso é uma vantagem em relação aos tempos modernos. Abraço forte!

Grande Paulo! Eu lia todo tipo de gibis na minha infância/adolescência. Além dos heróis, adorava a linha Disney (Mickey, Tio Patinhas, Zé Carioca e Pato Donald) e ainda Brasinha, Riquinho, Bolota, Tom e Jerry, Gasparzinho...Até os de terror: Drácula, Vampirella... O que caísse nas mãos eu traçava! Um abração!

Anônimo disse...

ufa!!!! finalmente. descobri a duras penas que to viciada em vc. bom te ver de volta. ai ai.feliz por saber que o seu "sumiço" foi por uma excelente causa. Beijo. Boa semana pra vc.

Anônimo disse...

Querido, faz tanto tempo que não te visito e há tanto o que comentar que me limito a dizer que o sucesso do seu blog é exatamente estas coisas incríveis que você guarda aí na sua "arca arcaica", rsrsr... Não sei se fomos da mesma geração mas como uma boa Balzaquiana também me lembro dos incríveis desenhos e de algumas musiquinhas tipo "...não existe nada mais antigo do que cawboy que dá cem tiros de uma vez..." Além de Virgulóides, Irmãos gêmeos, Os incríveis, xiiiii!!! Deixe eu parar por aqui, estou me entregando...beijos de mim

Anônimo disse...

Obrigada pelo seu carinho.
linda seja sua semana,
beijosssssssssss

Anônimo disse...

Dira querida: que bom ler isso logo numa segunda-feira! Eu também sou viciado nos seus textos também, mulé! E preciso de overdoses da sua amizade! Beijo.

Querida Giovanna: Eu sinto falta da sua presença por aqui, como sinto dos seus textos tão maravilhosamente escritos. mas compreendo que você está envolvida num projeto que vai empolgar os seus legítimos fãs. E aguardo pacientemente você conclui-lo. Somos da mesma geração, sim. Posso ser um pouco mais, digamos, experiente que você mas não tenho idade para ser seu pai. Logo, somos comungantes das mesmas ternuras de infância. É muito bom recordar tudo isso, não é? Um beijo e bom trabalho!

Marcinha, querida: pra você também, uma ótima semana! Um beijo grande!

Anônimo disse...

Marcos, você captou direitinho as entrelinhas do conto. Desta vez fui econômico nas sátiras. Obrigado pelo prestígio. Volte mais vezes.
Abraços.

Desiree disse...

uau! que aula de quadrinhos, hein? adorei o post... eu já curti mais quadrinhos, depois fiquei preguiçosa... mas sandman e homem-aranha para mim são eternos!

Marco disse...

Voltarei, caro Rubo! Só me chame de Marco. Sou um só, no singular. Um forte abraço!

Desirée, querida: você viu que estive na sua página e a indiquei para a minha galera. E eles compareceram!
Você gosta do Sandman???????? Caraco! É o meu gibi favorito!
Beijo!

Anônimo disse...

Puxa vida, perdi essa entrevista! De resto, como disse um de seus leitores, "Que memória é esta?". Um abraço.

Marco disse...

Pois é, caro mestre. Deveria ter gravado. O especial se chama "Mutants, Monsters and heroes". Passou no HBO. Se repetir, vou gravar e aí lhe aviso. Minha memória só guarda esse tipo afetividades. Um abração.

Ítalo disse...

Olá, Marcos!
Descobri meio que sem querer esse blog "Antigas Ternuras" e achei muito interessante. Devaneando minha infância, lembrei-me da música Clube dos Heróis Marvel e vasculhei o Google e aqui estou eu...
Aproveitando a deixa, segue o complemento da mesma que os heróis em marcha cantavam: "...Levante-se bem cedo / Seja inteligente / Nunca tenha medo / Não fale mal do ausente / Aprenda a liderar / Que sempre irá notar / Que é melhor ser assim / Pois você é, você é, você é, você é mais um valente herói do Clube Marvel..." - e repetia tudo de novo. Bons tempos.