Dados recentemente divulgados pela ONU dão conta de que mais de um bilhão de pessoas, ou 1/6 da população do mundo não têm acesso à água potável. Por conta disto, cerca de três milhões morrem anualmente em decorrência de doenças provocadas pelo consumo de água poluída. Quase três bilhões de pessoas no planeta não tem acesso a água canalizada e vivem em lugares sem saneamento básico.
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Atualmente, o continente europeu passa por uma das maiores secas de sua história recente. Na França, inclusive, já está passando por sério racionamento de água. (Em tempos de fartura o francês já não é chegado a um banho, quanto mais em meio a racionamento! O banho semanal virou mensal. A inhaca deve ser daquelas de derreter a Torre Eiffel!!)
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O Brasil, ao lado do Canadá e da Rússia, é um dos países com maior abundância de água potável no mundo. Ainda assim, perto de 40 milhões de brasileiros não têm acesso à água limpa.
Recentemente, a Organização Não-Governamental ambientalista WWF encomendou ao Ibope uma pesquisa sobre o uso da água pela população. Alguns números são estarrecedores. Por exemplo: 12% dos brasileiros não estão nem aí para a eventual falta d’água e não estão a fim de mudar seus hábitos de consumo para economizar o precioso líquido.
Num expansão grosseira que eu fiz, dá cerca de 20 milhões de pessoas. Se cada uma desperdiçar um litro de água por dia, em um mês 600 milhões de litros estarão literalmente indo para o ralo. Ou seja: o consumo diário de uma cidade do porte de Vassouras, no Estado do Rio, ou Aparecida do Norte, no estado de São Paulo. Outra surpresa de estarrecer: as pessoas de maior instrução, maior poder aquisitivo são as menos dispostas a colaborar com medidas de economia e conservação de água.
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A pesquisa revela uma luz no fim do túnel: cerca de 65% dos entrevistados estão dispostos a participar de grupos para estudar e definir o uso da água ou mesmo atuarem voluntariamente em medidas relacionadas ao assunto.
Há medidas em estudo no sentido de se aumentar em dois centavos por metro cúbico de água consumida na conta doméstica para com o total arrecadado desenvolverem estudos de despoluição e aproveitamento de tecnologias para evitar desperdícios. Há, inclusive, estimativas que dão conta de que este volume de recursos chegue a 40 bilhões de reais e seja somente aplicado nas bacias de origem. O que se arrecadar no Rio de Janeiro, será gasto aqui; o que for arrecadado em São Paulo será investido lá e assim por diante.
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Algumas empresas já estão engajadas neste esforço pela economia do consumo de água. A Coca-Cola divulgou recentemente que em 2004 consumia em média 2,26 litros de água para fabricar um litro de seus refrigerantes. Há dez anos, era de 5,4 litros/litro de bebida.
Uma curiosidade: muita gente pensa que as indústrias são as maiores consumidoras de água, mas a pesquisa WWF/Ibope revelou que elas são responsáveis por 20% do consumo. Os domicílios chegam a 10% e a grande usuária é a agricultura, com os 70% restantes. E para complicar a equação só 5,9% das propriedades rurais utilizam métodos racionais de irrigação. O restante simplesmente “rega as plantas”, sem nenhum critério.
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Estou pressentindo que quando a guerra mundial pela água começar, eu ainda estarei vivo, uma vez que pretendo viver mais de 100 anos. A “Questão pela Água” vai estourar muito mais cedo do que nossa vã imaginação supõe... Daqui a pouco, uma garrafa de “Caxambu” sem gás, safra 2005, valerá mais que um “Romanée-Conti”, igual ao que o Duda Mendonça sorveu com o Luiz Ignóbil, digo, Luiz Ignácio, nos tempos em que a esperança tinha vencido o medo.
M.S.
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7 comentários:
Nada como a boa e velha água. Límpida e transparente como deve ser. Sinceramente, não acredito em uma guerra nos moldes tradicionais. Em uma guerra comercial sim. De repente, já está em curso e não notamos. Como não perco o hábito de espinafrar o Léo (desculpa aí Marco, mas já me sinto em casa), o governo do 'Cramunhão de Luziânia' está concluindo uma gigantesca obra em parceria com o governo de Goiás, que vai nos garantir água por mais uns cem anos, mantidos os atuais níveis de crescimento populacional. É ou não é de aplaudir? Independente das colorações ideológicas. Agora... o preço da obra, hum... isso tem que ser investigado.Ah... tem!
Pelo visto, o "Cramulhão de Luziânia" está na linha "rouba, mas faz". Não, Ronie, a guerra pela água ainda não começou. Embora milhões de pessoas não tenham mais acesso a água potável, estes são pobres. Quando começar a faltar na China, nos EUA, na Europa, aí é que o bicho vai pegar.
Claro que aqui você pode se sentir em casa, como eu me sinto no Modos Artificiais. Agora essa implicância entre você e o Leônio, hum, não sei não...
Qual é? Está me estranhando? O bacana é discordar de gente inteligente, tenho que ficar estudando pra bolar minhas respostas.
É de extrema importancia a represa de Corumba IV, mas precisamos também de ações educativas para que a população venha a saber lidar com a água que esta utilizando. A impressão que dá é que a abundância da água que será produzida poderemos gastar a vontade. Ele é do tipo que rouba e faz somente o que lhe convem pra lhe dar notoriedade, não faz o poderia fazer com a maquina administrativa que tem a sua disposição.
Isso aí: educação e eficiência administrativa. Definitivamente, é o que precisamos. Mas... se isso acontecer, já era o petismo e congêneres. Tirando a ideologia, seja lá o que for isso, os 'caras' não ganham mais nada!!!!
Infelizmente, quase TODO político só faz o que lhe interessa. Obras, só as que derem para colocar placa. Saneamento básico, que costuma ficar debaixo do chão, não dá IBOPE com essa gente.
Ei? tamo on-line! coloca teu msn aí!!!
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